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Evangelização, Cura e Desobsessão

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Archive for year: 2014

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > 2014

Considerações sobre a mediunidade curadora

celcArtigos da Revista Espírita - França 1858/186919 de maio de 2014 Leave a comment0
Revista Espírita, novembro de 1866 – Allan Kardec   Voltemos ao nosso assunto: as considerações gerais sobre a mediunidade curadora. Dissemos, e nunca seria demais repetir, que há uma diferença radical entre os médiuns curadores e os que obtêm prescrições médicas da parte dos Espíritos. Estes em nada diferem dos médiuns escreventes ordinários, a não ser pela especialidade das comunicações. Os primeiros curam só pela ação fluídica em mais ou menos tempo, às vezes instantaneamente, sem o emprego de qualquer remédio. O poder curativo está todo inteiro no fluido depurado a que servem de condutores. A teoria deste fenômeno foi suficientemente explicada para provar que entra na ordem das leis naturais e que nada há de miraculoso. É o produto de uma aptidão especial, tão independente da vontade quanto todas as outras faculdades mediúnicas; não é um talento que se possa adquirir. Não se faz um médium curador como se faz um médico. A aptidão para curar é inerente ao médium, mas o exercício da faculdade só tem lugar com o concurso dos Espíritos. De onde se segue que se os Espíritos não querem, ou não querem mais servir-se dele, é como um instrumento sem músico, e nada obtém. Pode, pois, perder instantaneamente a sua faculdade, o que exclui a possibilidade de transformá-la em profissão.   Um outro ponto a considerar é que sendo esta faculdade fundada em leis naturais, tem limites traçados pelas mesmas. Compreende-se que a ação fluídica possa dar a sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna um verdadeiro agente terapêutico. Mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a destruição de um órgão, o que seria um verdadeiro milagre. Assim, a vista poderá ser restaurada a um cego por amaurose, oftalmia, belida ou catarata, mas não a quem tivesse os olhos estalados. Há, pois, doenças fundamentalmente incuráveis, e seria ilusão crer que a mediunidade curadora vá livrar a humanidade de todas as suas enfermidades.   Além disso, há que levar em conta a variedade de nuanças apresentadas por esta faculdade, que está longe de ser uniforme em todos os que a possuem. Ela se apresenta sob aspectos muito diversos. Em razão do grau de desenvolvimento do poder, a ação é mais ou menos rápida, extensa ou circunscrita. Tal médium triunfa sobre certas moléstias em certas pessoas e, em dadas circunstâncias e falha completamente em casos aparentemente idênticos. Parece mesmo que em alguns a faculdade curadora se estende aos animais.   Opera-se neste fenômeno uma verdadeira reação química, análoga à produzida por certos medicamentos. Atuando o fluido como agente terapêutico, sua ação varia conforme as propriedades que recebe das qualidades do fluido pessoal do médium. Ora, devido ao temperamento e à constituição deste último, o fluido está impregnado de elementos diversos, que lhe dão propriedades especiais. Pode ser, para nos servirmos de comparações materiais, mais ou menos carregado de eletricidade animal, de princípios ácidos ou alcalinos, ferruginosos, sulfurosos, dissolventes, adstringentes, cáusticos, etc. Daí resulta uma ação diferente, conforme a natureza da desordem orgânica. Esta ação pode ser, pois, enérgica, muito poderosa em certos casos e nula em outros. É assim que os médiuns curadores podem ter especialidades: este curará as dores ou endireitará um membro, mas não dará a vista a um cego, e reciprocamente. Só a experiência pode dar a conhecer a especialidade e a extensão da aptidão. Mas, em princípio, pode dizer-se que não há médiuns curadores universais, por isso que não há homens perfeitos na Terra, e cujo poder seja ilimitado.   A ação é completamente diferente na obsessão e a faculdade de curar não implica a de libertar os obsedados. O fluido curador age, de certo modo, materialmente sobre os órgãos afetados, ao passo que na obsessão deve agir moralmente sobre o Espírito obsessor; é preciso ter autoridade sobre ele, para o fazer largar a presa. São, pois duas aptidões distintas, que nem sempre se encontram na mesma pessoa. O concurso do fluido curador torna-se necessário quando, o que é bastante freqüente, a obsessão se complica com afecções orgânicas. Pode, pois, haver médium curadores impotentes para a obsessão, e reciprocamente. A mediunidade curadora não vem suplantar a medicina e os médicos. Vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estudá-las. Que a natureza tem leis e recursos que eles ignoram; que o elemento espiritual, que eles desconhecem, não é uma quimera, e que, quando o levarem em conta, abrirão novos horizontes à Ciência e terão mais êxitos do que agora. Se esta faculdade fosse privilégio de um indivíduo, passaria inapercebida. Considerá-la-iam como uma exceção, um efeito do acaso – esta suprema explicação que nada explica – e a má-vontade facilmente poderia abafar a verdade. Mas quando se vêem os fatos se multiplicando, é-se forçado a reconhecer que não se podem produzir senão em virtude de uma lei. Que se homens ignorantes triunfam onde os cientistas falham, é que estes não sabem tudo. Isto em nada prejudica a Ciência, que será sempre a alavanca e a resultante do progresso intelectual. O amor-próprio dos que a circunscrevem nos limites de seu saber e da materialidade apenas pode sofrer com isto.   De todas as faculdades mediúnicas, a curadora vulgarizada é a que está chamada a produzir mais sensação, porque há, por toda a parte, doentes em grande número, e não é a curiosidade que os atrai, mas a necessidade imperiosa de alívio. Mais que qualquer outra, ela triunfará sobre a incredulidade, tanto quanto sobre o fanatismo, que vê em toda a parte a intervenção do diabo. A multiplicidade dos fatos forçosamente conduzirá ao estudo da causa natural! e, daí, á destruição das idéias supersticiosas de feitiçaria, do poder oculto, dos amuletos, etc. Se considerar o efeito produzido nos arredores do campo de Châlons por um só indivíduo, a multidão de pessoas sofredoras vindas de dez léguas de em torno, pode julgar-se o que isto seria se dez, vinte, cem indivíduos aparecessem nas mesmas condições, quer na França, quer em países estrangeiros. Se disserdes a esses doentes que são joguetes de uma ilusão, eles vos responderão mostrando a perna restaurada; que são vítimas de charlatães? Dirão que nada negaram e que não lhes renderam nenhuma droga. Que abusaram de sua confiança? Dirão que nada lhes prometeram. É também a faculdade que mais escapa à acusação de charlatanice e de fraude. Desafia a troça, pois nada há de visível num doente curado que a Ciência havia abandonado. O charlatanismo pode simular mais ou menos grosseiramente a maioria dos efeitos mediúnicos, e a incredulidade nele procura sempre os seus cordões. Mas onde encontrará os fios da mediunidade curadora? Podem ser dados golpes de habilidade para os efeitos mediúnicos e os efeitos mais reais, aos olhos de certa gente, podem passar por golpes hábeis, mas que daria quem tomasse indumento da qualidade de médium curador? De duas, uma: cura ou não cura. Não há simulacro que possa fornecer uma cura. Além disso, a mediunidade escapa completamente à lei sobre o exercício legal da medicina desde que não prescreve qualquer tratamento. Com que penalidade poderiam ferir aquele que cura só por sua influência, secundada pela prece que, ademais, nada pede como preço de seus serviços? Ora, a prece não é urna substância farmacêutica. É, em vossa opinião, uma tolice. Seja. Mas se a cura está no fim desta tolice, que direis vós? Uma tolice que cura vale bem os remédios que não curam. Puderam proibir o Sr. Jacob de receber os doentes no campo e de ir- à casa deles e se ele se submeteu, dizendo que não retomaria o exercício de sua faculdade senão quando a interdição fosse levantada oficialmente, é porque, sendo militar, quis mostrar-se escrupuloso observador da disciplina, por mais dura que fosse. Nisto agiu sabiamente porque provou que o Espiritismo não conduz à insubordinação. Mas há aqui um caso excepcional.

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Conselhos Sobre a Mediunidade Curadora

celcArtigos da Revista Espírita - França 1858/186919 de maio de 2014 Leave a comment0
    REVISTA ESPÍRITA – OUTUBRO DE 1867   Allan Kardec, na “Revista Espírita” de outubro de 1867, publicou três comunicações do Espírito Abade Príncipe de Hohenlohe, escritas através dos médiuns Sr. Desliens e Sr. Rul, tratando da mediunidade curadora. Os conselhos importantes ao médium curador, contidos nessas três dissertações, foram os seguintes:   FACULDADE COMUM A TODOS: Toda pessoa possui, mais ou menos, a faculdade curadora. Se cada pessoa quisesse consagrar-se seriamente ao estudo dessa faculdade, muitos médiuns que se ignoram poderiam prestar serviços úteis a seus irmãos em humanidade;   AÇÃO MORAL: A faculdade curadora não se presta apenas ao restabelecimento da saúde material; a faculdade curadora tem, também, a missão nobre e extensa de dar às almas toda a pureza moral de que são susceptíveis de obter;   DEFICIÊNCIA MORAL: O sofrimento tem, quase sempre, uma causa mórbida imaterial, residindo no estado moral do Espírito;   CAUSA VERDADEIRA: Se o médium curador só tenta curar o corpo, só atinge o efeito, pois o causa primeira está no estado moral do doente;   COMBATE À VERDADEIRA CAUSA MORAL: Se a causa primeira do mal continua, o efeito reaparece, quer sob a mesma forma anterior, quer sob qualquer outra aparência. Assim, muitas vezes, aí está uma das razões pelas quais tal doente, subitamente curado pela influência de um médium, reaparece com todos os seus acidentes, desde que a influência benéfica se afaste, porque a verdadeira causa, que é moral, não foi combatida;   TRATAMENTO DO CORPO E DA ALMA: Disso decorre que o paciente precisa ser tratado, ao mesmo tempo, do corpo e da alma;   PRÉ-REQUISITOS DO MÉDIUM CURADOR: Para ser um bom médium curador, é preciso que o corpo esteja apto a servir de canal aos fluídos materiais reparadores, e que a alma possua uma força moral adquirida com o próprio melhoramento moral;   PREPARAÇÃO: O bom médium curador não só se prepara através da prece, mas, também, pela depuração de sua alma, a fim de tratar fisicamente o corpo pelos meios físicos, e de influenciar a alma pela força moral;   ATUAÇÃO EM TODA PARTE: Na questão da saúde moral, há doentes em toda parte e em todas as classes sociais, de forma que o médium curador deve ir aonde o seu socorro for necessário;   TRATAMENTO MORAL E FÍSICO: A mediunidade curadora tem que cuidar do tratamento moral e do tratamento físico dos doentes, reunindo-os em um só;   DESENVOLVIMENTO MORAL: O desenvolvimento moral do homem tem por objetivo principal conduzir a Humanidade à felicidade, fazendo-a adquirir conhecimentos mais completos, desembaraçando-a das imperfeições de toda a natureza, que retardam a sua marcha ascensional;   DESTRUIÇÃO DA CAUSA MORAL: Melhorando o Espírito, atacando seus vícios e suas más inclinações, os homens doentes adquirem melhores condições para suportar seus sofrimentos físicos e para repararem as desorganizações físicas. Destruída a causa moral, o efeito não tem como se manifestar de novo;   ALÍVIO MATERIAL E MELHORIA MORAL: O apogeu da mediunidade curadora será atingido quando o médium cuidar do alívio material dos doentes e da melhora moral dos indivíduos;   ATUAÇÃO NA CAUSA E NO EFEITO: Quando a mediunidade curadora cuida do melhoramento moral e do alívio material, tanto a causa dos males quanto os seus efeitos são combatidos vitoriosamente;   DESOBSESSÃO: A mediunidade curadora pode levar ao tratamento dos Espíritos obsessores, com a participação de médiuns e de Espíritos sobre a personalidade desencarnada. Assim, a mediunidade curadora abarca ao mesmo tempo, a saúde moral e a saúde física, o mundo dos homens e o mundo dos Espíritos;   CURA DAS DORES FÍSICAS E DOS SOFRIMENTOS MORAIS: Conforme o estado da alma e as aptidões do organismo do médium curador, ele pode curar, se Deus o permitir, tanto as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos;   MELHORIA DO MÉDIUM CURADOR: Deus não pede a perfeição ao médium curador. Deus pede que ele se melhore, que faça esforços constantes para se purificar, e Deus leva em conta a sua boa vontade nesse sentido;   TUDO VEM DE DEUS: Quando o médium curador deseja aliviar as dores dos irmãos que sofrem física e moralmente, deve ter confiança e esperar que Deus lhe conceda esse favor;   SOCORRO SEM DISTINÇÃO: Todos os irmãos têm o direito ao socorro do médium curador, sejam ricos ou pobres, crentes ou incrédulos, bons ou maus;   ATRIBUIÇÕES DO MÉDIUM CURADOR: O médium curador deve curar quem quer que sofra; deve ensinar o doente a orar e a purificar a sua alma ainda mais sofredora; deve dedicar-se à sua obra de caridade e de amor; deve crer que o bem, embora retardado para uns, jamais fica perdido; deve melhorar-se pela prece e pelo amor a Deus e aos irmãos; deve acreditar que Deus lhe dá ocasiões freqüentes de exercer a sua faculdade mediúnica; deve orar feliz para agradecer e adorar ao Pai celeste, junto com os irmãos que obtiveram a cura; e deve elevar uma prece ao Criador, mesmo ante a ingratidão da alma endurecida que obteve a cura do corpo, porque quanto mais um doente sofre, mais cuidados lhe deve dar o médico;   CONDUTAS DO MÉDIUM CURADOR: O médium curador deve, ainda, ter coragem e esperança; deve orar sempre; deve progredir pela caridade moral e pela influência do exemplo; deve aproveitar a menor ocasião para esclarecer os seus irmãos; e deve, quando está junto dos irmãos que sofrem, aguardar,confiante em Deus que vela por todos, a ação dos bons Espíritos que o dirigem e o inspiram na aplicação da sua faculdade mediúnica.

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Da Homeopatia nas Doenças Morais

celcHomeopatia19 de maio de 2014 Leave a comment0
  REVISTA ESPÍRITA -JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS – 10º ANO Nº. 3 – MARÇO 1867     Pode a homeopatia modificar as disposições morais? Tal é a questão que se colocam certos médicos homeopatas, e à qual eles não hesitam em responder afirmativamente, apoiando-se sobre os fatos. Tendo em vista a sua extrema gravidade, vamos examiná-la com cuidado de um ponto de vista a que nos parece ter sido negligenciado por esses senhores, todos Espiritualistas e mesmo Espíritas que são, sem dúvida, porque há bem poucos médicos homeopatas que não sejam um ou o outro. Mas, para a inteligência de nossas conclusões, algumas explicações preliminares, sobre as modificações dos órgãos cerebrais, são necessárias, sobretudo para as pessoas estranhas à fisiologia. Um princípio que a simples razão faz admitir, que a ciência constata cada dia, é que não há nada de inútil na Natureza, que, até nos mais imperceptíveis detalhes, tudo tem um objetivo, uma razão de ser, uma destinação. Este princípio é particularmente evidente pelo que se prende ao organismo dos seres vivos. De todos os tempos, o cérebro foi considerado como o órgão da transmissão do pensamento, e a sede das faculdades intelectuais e morais. É hoje reconhecido que certas partes do cérebro têm funções especiais, e são afetadas a uma ordem particular de pensamentos e sentimentos, ao menos no que concerne à generalidade; é assim que, instintivamente, coloca-se, na parte anterior, as faculdades que são do domínio da inteligência, e que uma fronte fortemente deprimida e estreita tem para todo o mundo um sinal de inferioridade intelectual. As faculdades afetivas, os sentimentos e as paixões, por isto mesmo, têm sua sede nas outras partes do cérebro. Ora, considerando-se que os pensamentos e os sentimentos são excessivamente múltiplos, e falando deste princípio de que tudo tem sua destinação e sua utilidade, é permitido concluir que, não só cada feixe fibroso do cérebro corresponde a uma faculdade geral distinta, mas que cada fibra corresponde à manifestação de uma das nuanças desta faculdade, como cada corda de um instrumento corresponde a um som particular. É uma hipótese, sem dúvida, mas que tem todos os caracteres da probabilidade, e cuja negação não infirmaria as conseqüências que deduziremos do princípio geral; ela nos ajudará em nossa explicação. O pensamento é independente do organismo? Não vamos discutir aqui esta questão, nem refutar a opinião materialista segundo a qual o pensamento é secreta do pelo cérebro, como a bile o é pelo fígado, nasce e morre com esse órgão; além de suas funestas conseqüências morais, esta doutrina tem contra si de nada explicar. Segundo as doutrinas espiritualistas, que são as da imensa maioria dos homens, a matéria, não podendo produzir o pensamento, este é um atributo do Espírito, do ser inteligente, que, quando está unido ao corpo, se serve dos órgãos especialmente destinados à sua transmissão, como se serve dos olhos para ver, dos pés para caminhar. O Espírito, sobrevivendo ao corpo, o pensamento também o segue. Segundo a Doutrina Espírita, não só o Espírito sobrevive, mas preexiste ao corpo; não é um ser novo; quando nasce, traz as idéias, as qualidades e as imperfeições que possuía; assim se explicam as idéias, as aptidões e as tendências inatas. O pensamento é, pois, preexistente e sobrevivente ao organismo. Este ponto é capital, e é por falta de telo reconhecido, que tantas questões permaneceram insolúveis. Todas as faculdades e todas as aptidões estando na natureza, o cérebro contém os órgãos, ou pelo menos o germe dos órgãos necessários à manifestação de todos os pensamentos. A atividade do pensamento do Espírito sobre um ponto determinado leva ao desenvolvimento da fibra, ou, querendo-se, do órgão correspondente; se uma faculdade não existe no Espírito, ou se, existindo, ela deve permanecer no estado latente, o órgão correspondente, estando inativo, não se desenvolve ou se atrofia. Se o órgão está atrofiado congenitamente, a faculdade não podendo se manifestar, o Espírito parece dela estar privado, se bem que a possua, em realidade, uma vez que lhe é inerente. Enfim, se o órgão primitivamente em seu estado normal, se deteriora no curso da vida, a faculdade, de brilhante que era, se ofusca, depois se apaga, mas não se destrói; não é senão um véu que a obscurece. Segundo os indivíduos, há faculdades, aptidões, tendências que se manifestam desde o próprio início da vida, outras se revelam em épocas mais tardias, e produzem as mudanças de caráter e de disposições que se notam em certas pessoas. Neste último caso, geralmente, não são disposições novas, mas aptidões preexistentes que dormitam até que uma circunstância venha estimular e despertar. Pode-se estar certo de que as disposições viciosas que se manifestam às vezes subitamente e tardiamente, tinham seu germe preexistente nas imperfeições do Espírito, porque este, caminhando sempre para o progresso, se for essencialmente bom, não pode se tornar mau, ao passo que, se for mau pode se tornar bom. O desenvolvimento ou a depressão dos órgãos cerebrais segue o movimento que se opera no Espírito. Essas modificações são favorecidas em toda idade, mas sobretudo na juventude, pelo trabalho íntimo de renovação que se opera incessantemente no organismo da maneira seguinte: Os principais elementos do organismo são, como se sabe, o oxigênio, hidrogênio, o azoto e o carbono que, pelas suas múltiplas combinações, formam o sangue, os nervos, os músculos, os humores, e as diferentes variedades de substâncias. Pela atividade das funções vitais, as moléculas orgânicas são incessantemente expulsas do corpo pela transpiração, pela exalação e todas as secreções, de sorte que se elas não forem substituídas. O corpo se enfraquece, acaba por perecer. A nutrição e a aspiração trazem, sem cessar, novas moléculas destinadas a substituir aquelas que dele se vão; de onde se segue que, num tempo dado, todas as moléculas orgânicas são inteiramente renovadas, e que numa certa idade, delas não existe mais uma única daquelas que formaram o corpo em sua origem. É o caso de uma casa da qual se arrancassem as pedras uma a uma, substituindo-as na medida por uma nova pedra da mesma forma e do mesmo tamanho, e assim por diante até a última. Ter-se-ia sempre a mesma casa, mas formada de pedras diferentes. Assim ocorre com o corpo, cujos elementos constitutivos são, dizem os fisiologistas, totalmente renovados a cada sete anos. As diversas partes do organismo subsistem sempre, mas os materiais são mudados. Destas mudanças, gerais ou parciais, nascem as modificações que sobrevêm, com a idade, no estado sanitário de certos órgãos, as variações que  sofrem os temperamentos, os gostos, os desejos que influem sobre o caráter. As aquisições e as perdas não estão sempre em perfeito equilíbrio. Se as aquisições se sobrepõem às perdas, o corpo cresce ou engrossa; se o contrário ocorre, o corpo diminui. Assim se explicam o crescimento, a obesidade, o emagrecimento, a decrepitude. A mesma causa produz a expansão ou aparada do desenvolvimento dos órgãos cerebrais, segundo as modificações que se operam nas preocupações habituais, das idéias e do caráter. Se as circunstâncias e as causas que agem diretamente sobre o Espírito, provocando o exercício de uma aptidão ou de uma paixão, permanecida até então no estado de inércia, a atividade que se produz no órgão correspondente, a ele faz afluir o sangue e com ele as moléculas constitutivas do órgão que cresce e toma da força em proporção dessa atividade. Pela mesma razão, a inatividade da faculdade produz o enfraquecimento do órgão; como também uma atividade muito grande e muito persistente pode conduzi-lo à desorganização ou ao enfraquecimento, por uma espécie de desgaste, assim como ocorre a uma corda muito esticada. As aptidões do Espírito são, pois, sempre uma causa, e o estado dos órgãos um efeito. Pode ocorrer, no entanto, que o estado dos órgãos seja modificado por uma causa estranha ao Espírito, tal como doença, acidente, influência atmosférica ou climática; então são os órgãos que reagem sobre o Espírito, não em alterando suas faculdades, mas em perturbando-lhe a manifestação. Um efeito semelhante pode resultar das substâncias ingeridas no estômago como alimentos ou medicamentos. Estas substâncias ali se decompõem, e os princípios essenciais que elas contêm, misturados ao sangue, são levados, pela corrente da circulação em todas as partes do corpo. Está reconhecido, pela experiência, que os princípios ativos de certas substâncias se dirigem mais particularmente sobre tal ou tal víscera: o coração, o fígado, os pulmões, etc., e ali produzem efeitos reparadores ou deletérios segundo sua natureza e suas propriedades especiais. Alguns, agindo desta maneira sobre o cérebro, podem exercer sobre o conjunto ou sobre partes determinadas, uma ação estimulante ou estupefaciente, segundo a dose e o temperamento, como por exemplo, as bebidas alcoólicas, o ópio e outros. Nós nos estendemos um pouco sobre os detalhes que precedem, a fim de fazer compreender o princípio sobre o qual se apoia, com uma aparência de lógica, a teoria das modificações do estado moral por meios terapêuticos. Este princípio é o da ação direta de  uma substância sobre uma parte do organismo cerebral tendo por função especial servir à manifestação de uma faculdade, de um sentimento ou de uma paixão, porque não pode vir ao pensamento de ninguém que essa substância possa agir sobre o Espírito. Estando, pois, admitido que o princípio das faculdades está no Espírito, e não na matéria, suponhamos que se lhe reconhecesse, a uma substância, a propriedade de modificaras disposições morais, de neutralizar um mau pendor, isto não poderia ser senão pela sua ação sobre o órgão correspondente a esse pendor, a ação que teria por efeito deter o desenvolvimento desse, de atrofiá-lo ou de paralisá-lo se está desenvolvido; torna-se evidente que, neste caso, não se suprime o pendor, mas a sua manifestação, absolutamente como se se tirasse a um músico o seu instrumento. Provavelmente, foram os efeitos dessa natureza que certos homeopatas observaram, e lhes fizeram acreditar na possibilidade de corrigir, com a ajuda de medicamentos apropriados, os vícios tais como o ciúme, o ódio, o orgulho a cólera, etc. Uma tal doutrina, se fosse verdadeira, seria a negação de toda responsabilidade moral, a sanção do materialismo, porque então a causa de nossas imperfeições estaria só na matéria; a educação moral se reduziria a um tratamento médico; o homem mais mau poderia tornar-se bom sem grandes esforços, e a Humanidade poderia ser regenerada com a ajuda de algumas pílulas. Se, ao contrário, como isto não parece duvidoso, as imperfeições são inerentes à própria inferioridade do Espírito, não se o melhoraria mais modificando seu envoltório carnal, do que não endireitando um corcunda, dissimulando sua disformidade sob o talhe de sua roupa. Não duvidamos, no entanto, que tais resultados tenham sido obtidos em alguns casos particulares, porque, para firmar um fato tão sério, é preciso ter observado; mas estamos convencidos de que se desprezou sobre a causa e sobre o efeito. Os medicamentos homeopáticos, por sua natureza etérea, têm uma ação de alguma sorte molecular; sem contradita, eles podem, mais do que outros, agir sobre as partes elementares e fluídicas dos órgãos, e modificar-lhes a constituição íntima. Se, pois, é racional admiti-lo, todos os sentimentos da alma têm sua fibra cerebral correspondente para a sua manifestação, um medicamento que agisse sobre esta fibra, seja para a paralisá-la, seja para exaltar-lhe a sensibilidade, paralisaria ou exaltaria por isto mesmo a expressão do sentimento, do qual seria o instrumento, mas o sentimento com isto não subsistiria menos. O indivíduo estaria na posição de um assassino ao qual se tirasse a possibilidade de cometer os crimes cortando-lhe os braços, mas que nisto não conservaria menos o desejo de matar. Seria, pois, um paliativo, mas não um remédio curativo. Não se pode agir sobre o ser espiritual senão pelos meios espirituais; a utilidade dos meios materiais, se o efeito acima fosse constatado, seria talvez de dominar mais facilmente o Espírito, de torná-lo mais flexível, mais dócil e mais acessível às influências morais; mas se embalaria de ilusões esperando-se de um medicamento qualquer um resultado definitivo e durável. Isto seria de outro modo tratando-se de ajudar à manifestação de uma faculdade existente. Suponhamos um Espírito inteligente encarnado, não tendo ao seu serviço senão um cérebro atrofiado, e não podendo, consequentemente, manifestar as suas idéias, seria para nós um idiota. Em admitindo, o que cremos possível à homeopatia mais do que a todo outro gênero de medicação, que se possa dar mais flexibilidade e sensibilidade às fibras cerebrais, o Espírito manifestaria seu pensamento, como um mudo ao qual teria se desamarrado a l íngua. Mas se o Espírito sendo idiota por si mesmo, tivesse a seu serviço o cérebro do maior gênio, com isto não seria menos idiota. Um medicamento qualquer não podendo agir sobre o Espírito, não poderia dar-lhe o que ele não tem, nem tirar-lhe o que ele tem; mas agindo sobre o órgão de transmissão do pensamento, pode facilitar esta transmissão sem que, por isto, nada seja mudado ao estado do Espírito. O que é difícil, o mais freqüentemente mesmo impossível no idiota de nascença, porque ele tem a parada completa e quase sempre geral do desenvolvimento nos órgãos, torna-se possível quando a alteração é acidental e parcial. Neste caso, não é o Espírito que se aperfeiçoa, são seus meios de comunicação.     DA HOMEOPATIA NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS MORAIS. Junho 1867 (Ver o no de março de 1867, página 65.)   O artigo que publicamos no número de março sobre a ação da homeopatia nas doenças morais nos valeu, de um dos mais ardentes partidários deste sistema, e ao mesmo tempo um dos mais fervorosos adeptos do Espiritismo, o doutor Charles Grégory, a carta seguinte que nos fazemos um dever inserir, em razão da luz que a discussão pode trazer à questão. “Caro e venerado mestre, ‘Vou tratar de vos explicar como compreendo a ação da homeopatia sobre o desenvolvimento das faculdades morais. “Admitis, como eu, que todo homem, com saúde, possui os rudimentos de todas as faculdades e de todos os órgãos cerebrais necessários à sua manifestação. Admitis também que certas faculdades vão sempre se desenvolvendo, ao passo que outras, as que não são, sem dúvida, senão rudimentares, depois de terem apenas dado alguns clarões, parecem se extinguir inteiramente. No primeiro caso, segundo vós, os órgãos cerebrais estando de acordo com as faculdades em pleno desenvolvimento, teriam sua livre manifestação, ao passo que aqueles que são rudimentares, e que, o mais freqüentemente, estão de acordo também com aptidões rudimentares, se atrofiam completamente com o progresso da idade, por falta de atividade vital. “Se, pois, por meio de medicamentos apropriados, eu atuo sobre os órgãos imperfeitos, se neles desenvolvo um acréscimo de atividade vital, se lhes peço uma nutrição mais poderosa, é bem claro que, aumentando o volume, permitirão à faculdade rudimentar se manifestar melhor, e que, pela transmissão das idéias e dos sentimentos que terão haurido, pelos sentidos, no mundo exterior, imprimirão à faculdade correspondente uma influência salutar e a desenvolverão, a seu turno, porque tudo se liga e se prende no homem; a alma influi sobre o físico, como o corpo influi sobre a alma. Portanto, já, por isto mesmo, primeira influência dos medicamentos por meio do aumento dos órgãos sobre as faculdades correspondentes da alma; portanto, possibilidade de aumentar o homem por forças tiradas do mundo material, de aumentá-lo, digo eu, em virtudes e aptidões. “Agora, não me está de todo provado que nossas pequenas doses chegadas a um estado de sublimação e de sutileza que ultrapassam todos os limites, não tenham nelas alguma coisa de espiritual, de alguma sorte, que age, a seu turno, sobre o Espírito. Nossos medicamentos, dados no estado de divisão que a arte lhes faz sofrer, não são mais substâncias materiais, mas bem forças que devem, necessariamente, na minha opinião, ao menos, agir sobre as faculdades da alma que, elas também, são forcas. “E depois, como creio que o Espírito do homem, antes de se encarnar na humanidade, sobe todos os graus da escala e passa pelo mineral, a planta e o animal e na maioria dos tipos de cada espécie onde preludia seu completo desenvolvimento como ser humano, quem me diz que, dando-lhe medicamente o que não é mais nem o mineral, nem a planta, nem o animal, mas o que se poderia chamar a sua essência, de alguma sorte seu espírito, não se atua sobre a alma humana composta dos mesmos elementos? Porque, é preciso dize-lo, o espírito é bem alguma coisa, e uma vez que se desenvolveu e se desenvolve sem cessar, precisou tomar esses elementos de alguma parte. ‘Tudo o que posso dizer é que nós não agimos sobre a alma, com nossa 200ª  e 600ª diluições, materialmente, mas virtualmente e, de alguma sorte, espiritualmente. “Agora, os fatos aí estão, fatos numerosos, bem observados, e que poderão bem demonstrar que não estou completamente errado. Para citara mim mesmo, embora não goste muito das questões pessoais, direi que, experimentando em mim, há trinta anos, os remédios homeopáticos, de alguma sorte, criei em mim novas faculdades, rudimentares sem dúvida, masque, em minha mais luxuriante juventude, não tinha conhecido, quando eu ignorava a homeopatia, e que hoje, com cinqüenta e dois anos, acho bem desenvolvidas: o sentimento da cor e das formas. “Acrescentaria ainda que, sob a influência de nossos meios, vi caracteres mudarem completamente; à leviandade sucederam a reflexão e a solidez do julgamento; à lubricidade, a continência; à maldade a benevolência; ao ódio, a bondade e o perdão das injúrias. Evidentemente, este não é o assunto de alguns dias; é preciso bem alguns anos  de cuidados, mas chega-se a esses belos resultados por meios tão cômodos, que não há nenhuma dificuldade em nele decidir os clientes que vos são devotados, e um médico os tem sempre. Eu mesmo notei que os resultados obtidos por nossos meios eram adquiridos para sempre, ao passo que aqueles que nos dão a educação, os bons conselhos, as exortações seguidas, os livros de moral, não se obtêm quase diante da possibilidade de satisfazer uma paixão ardente, e as tentações relacionadas com as nossas fraquezas, antes adormecidas e entorpecidas do que curadas. Se os triunfes, neste último caso se manifestam, não é sem lutas violentas que não bastam para prolongá-los por muito tempo. Eis, caro mestre, as observações que tinha a vos submeter sobre essa questão tão grave da influência da homeopatia sobre o moral humano. “Para concluir: que seja pelo cérebro que o medicamento atue sobre as faculdades, ou que atue ao mesmo tempo e sobre a fibra cerebral e sobre a faculdade correspondente, não o está menos demonstrado por mim, por centenas de fatos, que a ação sutil e profunda de nossas doses sobre o moral humano é muito real. Além disso, me está demonstrado, que a homeopatia deprime certas faculdades, certos sentimentos ou certas paixões muito exaltadas, para levantar de novo outras muito abatidas, e como paralisadas, e, por isto mesmo, conduz ao equilíbrio e à harmonia, de onde: melhoria real e progresso do homem em todas as suas aptidões, e facilidade para vencer a si mesmo. “Não creiais que esse resultado aniquile a responsabilidade humana, e que se chegue a esse progresso tão desejado sem sofrimentos e sem combates; não basta tomar um medicamento e dizer-se: “Vou triunfar de minha tendência à cólera, ao ciúme, à luxúria.” Oh! não! O remédio apropriado, uma vez introduzido no organismo, nele leva a uma modificação profunda que ao preço de violentos sofrimentos morais e físicos, e, freqüentemente, de longa e muito longa duração. – sofrimentos que é preciso repetir várias vezes, variando os medicamentos e as doses, e isto durante meses, e algumas vezes anos, querendo-se chegar a resultados concludentes. Está aí o salário ao qual é preciso pagar a sua melhoria moral; está aí a prova e a expiação pelas quais tudo se resgata neste baixo mundo, e eu vos confesso que não é coisa fácil se corrigir, mesmo pela homeopatia. Não sei se, pelas angústias interiores que se sofre, não se paga mais caro esse progresso do que pela modificação mais lenta, é verdade, mas seguramente mais branda e mais suportável da ação puramente moral de todos os dias, pela observação de si mesmo e o desejo ardente de se vencer. “Termino aqui; mais tarde, vos contarei numerosos fatos que poderão muito vos convencer. “Recebei, etc.”   Esta carta não modifica em nada a opinião que emitimos sobre a ação da homeopatia no tratamento das doenças morais, e que vêm confirmar, ao contrário, os próprios argumentos do Sr. doutor Grégory. Persistimos, pois, em dizer que: se os medicamentos homeopáticos podem ter uma ação sobre o moral, é agindo sobre os órgãos das manifestações, o que pode ter a sua utilidade em certos casos, mas não sobre o Espírito; que as qualidades, boas ou más, e as aptidões são inerentes ao grau de adiantamento ou de inferioridade do Espírito, e que não é com um medicamento qualquer que se pode fazê-lo avançar mais depressa, nem lhe darás qualidades que não pode adquirir senão sucessivamente e pelo trabalho; que uma tal doutrina, fazendo as disposições morais dependerem do organismo, tira ao homem toda a responsabilidade, o que quer disso diga o Sr. Grégory, e o dispensa de todo trabalho sobre si mesmo para se melhorar, uma vez que se poderia torná-lo bom, com seu desconhecimento, administrando-lhe tal ou tal remédio; que se, com a ajuda dos meios materiais, podem-se modificar os órgãos das manifestações, o que admitimos perfeitamente, esse meio não pode mudar as tendências instintivas do Espírito, não mais do que em cortando a língua a um tagarela não lhe lhe tira o desejo de falar. Um uso do Oriente vem confirmara nossa afirmação por um fato material muito conhecido. O estado patológico influi certamente sobre o moral em certos aspectos, mas as disposições que têm essa origem são acidentais, e não constituem o fundo do caráter do Espírito; são aquelas, sobretudo, que uma medicação apropriada pode modificar. Há pessoas que não são benevolentes senão depois de haverem jantado, e a quem não é preciso nada pedir quando estão em jejum; disto é preciso concluir que um bom jantar é um remédio contra o egoísmo? Não, porque essa benevolência, provocada pela plenitude da satisfação sensual, é um efeito do próprio egoísmo; não é senão uma benevolência aparente, um produto deste pensamento: “Agora que não tenho mais necessidade de nada, posso me ocupar um pouco com os outros.” Em resumo, não contestamos que certos medicamentos, e a homeopatia mais do que qualquer outra, não produzem alguns dos efeitos indicados, mas não lhes contestamos mais senão os resultados permanentes, e sobretudo tão universais que alguns o pretendem. Um caso em que a homeopatia, sobretudo, pareceria particularmente aplicável com sucesso, é o da loucura patológica, porque aqui a desordem moral é a conseqüência da desordem física, e que está constatado agora, pela observação dos fenômenos espíritas, que o Espírito não é louco; não se tem o que modificá-lo, mas dar-lhe os meios de se manifestar livremente. A ação da homeopatia pode ser aqui tanto mais eficaz quanto ela atue principalmente, pela natureza espiritualizada de seus medicamentos, sobre o perispírito, que desempenha um papel preponderante nesta afecção. Teríamos mais de uma objeção a fazer sobre algumas das proposições contidas nesta carta; mas isto nos levaria muito longe; contentamo-nos, pois, em colocar as duas opiniões em frente. Como em tudo, os fatos são mais concludentes do que as teorias, e são eles, em definitivo, que confirmam ou derrubam estas últimas, desejamos  ardentemente que o Sr. o doutor Grégory publique um tratado especial prático da homeopatia aplicada ao tratamento das moléstias morais, a fim de que a experiência possa se generalizar e decidir a questão. Mais do que qualquer outro, ele nos parece capaz para fazer esse trabalho ex-professo.

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Médicos médiuns

celcArtigos da Revista Espírita - França 1858/186919 de maio de 2014 Leave a comment0
  Revista Espírita, outubro de 1867   A sra. Condessa de Clérambert, da qual falamos no artigo anterior, oferecia uma das variedades da faculdade de curar, que se apresenta sob uma infinidade de aspectos e de nuanças, apropriadas às aptidões especiais de cada indivíduo. Em nossa opinião, era o tipo do que poderia ser entre muitos médicos, de que muitos poderão ser, sem dúvida, quando entrarem na via da espiritualidade, que lhes abre o Espiritismo, porque muitos verão desenvolver-se em si faculdades intuitivas, que lhes serão um precioso auxílio na prática. Dissemos, e repetimo-lo, seria um erro crer que a mediunidade curadora venha destronar a medicina e os médicos. Ela vem lhes abrir uma nova via, mostrar-lhes, na natureza, recursos e forças que ignoravam e com as quais podem beneficiar a ciência e os doentes, numa palavra, provar-lhes que não sabem tudo, desde que há pessoas que, fora da ciência oficial, conseguem o que eles mesmos não conseguem. Assim, não temos a menor dúvida de que um dia haja médicos-médiuns, como há médiuns-médicos que, à ciência adquirida, juntarão o dom de faculdades mediúnicas especiais. Apenas como essas faculdades só tem valor efetivo pela assistência dos Espíritos, que podem paralisar os seus efeitos pela retirada de seu concurso, que frustam à sua vontade os cálculos do orgulho e da cupidez, é evidente que não prestarão sua assistência aos que os renegarem e entenderem servir-se deles secretamente, em proveito de sua própria reputação e de sua fortuna. Como Espíritos trabalham para a humanidade e não vêm para servir a interesses egoístas individuais; como, em tudo o que fazem, agem em vista da propagação das doutrinas novas, são-lhes necessários soldados corajosos e devotados, e nada têm que fazer com poltrões, que tem medo da sombra da verdade. Assim, secundarão os que, sem resistência e sem premeditação, colocarem suas aptidões ao serviço da causa que se esforçam por fazer prevalecer. O desinteresse material, que é um dos atributos essenciais da mediunidade curadora, será, também, uma das condições da medicina mediúnica? Então, como conciliar as exigências da profissão com uma abnegação absoluta? Isto requer algumas explicações, porque a posição não é a mesma. A faculdade do médium curador nada lhe custou. Não lhe exigiu estudo, nem trabalho, nem despesas. Recebeu-a gratuitamente, para o bem dos outros, e deve usá-la gratuitamente. Como antes de tudo é preciso viver, se, por si mesmo, não tem recursos que o tornem independente, deve achar os seus meios no seu trabalho ordinário, como o teria feito antes de conhecer a mediunidade. Não dá ao exercício de sua faculdade senão o tempo que lhe pode consagrar materialmente. Se tira esse tempo de seu repouso e se emprega em tornar-se útil aos seus semelhantes o que teria consagrado a distrações mundanas, é o verdadeiro devotamento, e nisto só tem mais mérito. Os Espíritos não pedem mais e não exigem nenhum sacrifício desarrazoado. Não se poderia considerar devotamento e abnegação o abandono de seu trabalho para entregar-se a um trabalho menos penoso e mais lucrativo. Na proteção que eles concedem, os Espíritos, aos quais a gente não se pode impor, sabem perfeitamente distinguir os devotamentos reais dos devotamentos fictícios. Muito outra seria a posição dos médicos-médiuns. A medicina é uma das carreiras sociais que se abraça para dela fazer uma profissão, e a ciência médica só se adquire a título oneroso, por um trabalho assíduo, por vezes penoso. O saber do médico é, pois, uma conquista pessoal, o que não é o caso da mediunidade. Se, ao saber humano, os Espíritos juntam seu concurso pelo dom de uma aptidão mediúnica, é para o médico um meio a mais para se esclarecer, para agir mais segura e eficazmente, pelo que deve ser reconhecido, mas não deixa de ser sempre médico; é a sua profissão, que não deixa para fazer-se médium. Nada há, pois, de repreensível em que continue a dela viver, e isto com tanto mais razão quanto a assistência dos Espíritos por vezes é inconsciente, intuitiva, e sua intervenção se confunde, às vezes, com o emprego dos meios ordinários de cura. Porque um médico tornou-se médium e é assistido por Espíritos no tratamento de seus doentes, não se segue que deva renunciar a toda remuneração, o que o obrigaria a procurar os meios de subsistência fora da medicina e, assim, renunciar sua profissão. Mas se for animado do sentimento das obrigações que lhe impõe o favor que lhe é concedido, saberá conciliar seus interesses com os deveres de humanidade. Não se dá o mesmo com o desinteresse moral que, em todos os casos, pode e deve ser absoluto. Aquele que, em vez de ver na faculdade mediúnica um meio a mais de tornar-se útil aos seus semelhantes, nela só procurasse uma satisfação ao amor-próprio; que considerasse um mérito pessoal os sucessos obtidos por esse meio, dissimulando a causa verdadeira, faltaria ao seu primeiro dever. Aquele que, sem renegar os Espíritos, não visse em seu concurso, direto ou indireto, senão um meio de suplementar a deficiência de sua clientela produtiva, com alguma aparência filantrópica que se cobre aos olhos dos homens, faria, por isso mesmo, ato de exploração. Num caso, como no outro, tristes decepções seria a sua conseqüência inevitável, porque os simulacros e as saídas falsas não podem enganar os Espíritos, que 1êem no fundo do pensamento. Dissemos que a mediunidade curadora não matará a medicina nem os médicos, mas não pode deixar de modificar profundamente a ciência médica. Sem dúvida haverá sempre médiuns curadores, porque sempre os houve, e esta faculdade está na natureza, mas serão menos numerosos e menos à medida que aumentar o número de médicos-médiuns, e quando a ciência e a mediunidade se prestarem mútuo apoio. Ter-se-á mais confiança nos médicos quando forem médiuns, e mais confiança nos médiuns quando forem médicos. Não podem ser contestadas as virtudes curativas de certas plantas e de outras substâncias que a Providência pôs ao alcance do homem, colocando o remédio ao lado do mal. O estudo dessas propriedades é do campo da medicina. Ora, como os médiuns curadores só agem por influência fluídica, sem o emprego de medicamentos, se um dia devessem suplantar a medicina, resultaria que, dotando as plantas de propriedades curativas, Deus teria feito uma coisa inútil, o que é inadmissível. Há, pois, que considerar a mediunidade curadora como um modo especial e não como meio absoluto de cura. O fluido, como um novo agente terapêutico aplicável em certos casos e vindo juntar um novo recurso à medicina. Por conseqüência, a mediunidade curadora e a medicina como devendo de agora em diante marchar concurrentemente, destinadas a se auxiliarem mutuamente, a se suplementar e a se completar uma a outra. Eis porque se pode ser médico sem ser médium curador, e médium curador sem ser médico. Então porque esta faculdade hoje se desenvolve quase que exclusivamente nos ignorantes, em vez de nos homens de ciência? Pela razão muito simples que, até agora, os homens de ciência a repelem. Quando a aceitarem, vê-la-ão desenvolver-se entre si, como entre os outros. Aquele que hoje a possuísse iria proclamá-la? Não: oculta-la-ia com o maior cuidado. Desde que ela é inútil em suas mãos, porque lha dar? Seria o mesmo que dar um violão a um homem que não sabe e não quer tocar. A este estado de coisas junta-se outro motivo capital. Dando aos ignorantes o dom de curar males que os sábios não podem curar, é para provar e estes que nem tudo sabem, e que há leis naturais além das que a ciência reconhece. Quando maior a distância entre a ignorância e o saber, mais evidente é o fato. Quando se produz naquele que nada sabe, é uma prova certa de que ali em nada participou o saber humano. Mas como a ciência não pode ser um atributo da matéria, o conhecimento do mal e dos remédios por intuição, como a faculdade de vidência, só podem ser atribuídos ao Espírito. Elas provam no homem a existência do ser espiritual, dotado de percepções independentes dos órgãos corporais e, muitas vezes, de conhecimentos adquiridos anteriormente, numa precedente existência. Esses fenômenos tem pois, ao mesmo tempo, a conseqüência de serem à humanidade, e de provar a existência do princípio espiritual.  

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A Intervenção dos Parentes nas Curas

celcArtigos da Revista Espírita - França 1858/186919 de maio de 2014 Leave a comment0

REVISTA ESPÍRITA – JUNHO DE 1867

Allan Kardec, na “Revista Espírita” de junho de 1867, publicou uma carta do Grupo Curador de Marmande, que cuidava dos obsidiados e dos doentes com a moralização e com os fluídos.  

Os bons Espíritos desse

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Ensáio Teórico das Curas Instantâneas

celcArtigos da Revista Espírita - França 1858/186919 de maio de 2014 Leave a comment0
  REVISTA ESPÍRITA  Jornal de Estudos Psicológicos  publicada sobre a direção de Allan Kardec, Ano XI – Março de 1868 – Vol. 3   De todos os fenômenos espíritas, um dos mais extraordinários é, sem qualquer dúvida, o das curas instantâneas. Compreende-se as curas produzidas pela ação continuada de um bom fluido. Mas pergunta-se como esse fluído pode  operar uma transformação súbita no organismo e, sobretudo, porque o indivíduo que possui essa faculdade não tem acesso sobre todos os que são atingidos pela mesma moléstia, admitindo que haja especialidades. A simpatia dos fluídos é uma razão, sem dúvida, mas não satisfaz completamente, porque nada tem de positivo, nem de científico. Entretanto, as curas instantâneas são um fato, que se não poderia por em dúvida. Se não tivesse em apoio senão os exemplos dos tempos remotos, poder-se-ia, com alguma aparência de fundamento, considerá-los como lendários ou, pelo menos, como ampliados pela credulidade; mas quando os mesmos fenômenos se reproduzem aos nossos olhos, no século mais céptico, a respeito das coisas sobrenaturais, a negação já não é possível, e se é forçado a neles ver, não um efeito miraculoso, mas um fenômeno que deve ter sua causa nas leis da natureza, ainda desconhecidas.   A explicação seguinte, deduzida das indicações fornecidas por um médium em sonambulismo espontâneo, está baseada em considerações fisiológicas, que nos parecem jogar luz nova sobre a questão. Ela foi dada por ocasião de uma pessoa atingida por graves enfermidades e que perguntava se um tratamento fluídico poderia ser-lhe salutar.   Por mais racional que nos pareça esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo, até que tenha recebido a dupla sanção da lógica e da opinião geral dos Espíritos, único controle válido das doutrinas espíritas e que possa assegurar-lhe a perpetuidade. Na medicação terapêutica são necessários remédios apropriados ao mal. Não podendo o mesmo remédio ter virtudes contrárias: ser, ao mesmo tempo, estimulante e calmante, aquecer e esfriar, não pode convir a todos os casos. É por isto que não existe um remédio universal.   Dá-se o mesmo com o fluído curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem. Há fluídos que super excitam e outros que acalmam, fluídos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças. Conforme as suas qualidades, em certos casos, ineficaz e até prejudiciais em outros; de onde se segue que a cura depende, em principio, da adequação das qualidades do fluído à natureza e à causa do mal. Eis o que muitas pessoas não compreendem e porque se admiram que um curador não cure todos os males. Quando às circunstâncias que influem nas qualidades intrínsecas dos fluídos, foram suficientemente desenvolvidas no Cap. XIV da Gênese, para que seja supérfluo aqui as relembrar. A esta causa inteiramente física das não-curas, há que acrescentar uma, inteiramente moral, que o Espiritismo nos dá a conhecer. É que a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujasconseqüências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim. Este princípio é um motivo de resignação para o doente, mas não deve ser uma excusa para que o médico procurasse, na necessidade da provação, um meio cômodo de abrigar a sua ignorância.   Consideradas unicamente do ponto de vista fisiológico, as doenças tem duas causas, que até hoje não foram distinguidas, e que não podiam ser apreciadas antes de novos conhecimentos, trazidos pelo Espiritismo. É da diferença destas duas causas que ressalta a possibilidade das curas instantâneas, em casos especiais, e não em todos.   Certas doenças tem sua causa original na alteração mesma dos tecidos orgânicos; é a única admitida pela ciência até hoje. E como, para a remediar, até hoje só conhece as substâncias medicamentosas tangíveis, não compreende a ação de um fluído impalpável, tendo a vontade como propulsor. Entretanto, aí estão os curadores magnéticos, para provar que não é uma ilusão. Na cura das moléstias desta natureza, pelo influxo fluídico, há substituição das moléculas orgânica mórbidas por moléculas sadias. É a história de casa velha, cujas pedras carcomidas são substituídas por boas pedras: tem-se sempre a mesma casa, mas restaurada e consolidada. A torre Saint-Jacques e Notre-Dame de Paris acabam de sofrer um tratamento deste gênero.   A substância fluídica produz um efeito análogo ao da substância medicamentosa, com a diferença que, sendo maior a sua penetração, em razão da tenuidade de seus princípios constitutivos, age mais diretamente sobre as moléculas primeiras do organismo do que o podem fazer as moléculas maisgrosseiras das substâncias materiais. Em segundo lugar, sua eficácia é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, ao passo que as da matéria são fixas e invariáveis não se podem aplicar senão a casos determinados.   Tal é, em tese geral, o princípio sobre o qual repousam os tratamentos magnéticos. Ajuntemos sumariamente, e de memória, pois não podemos aqui aprofundar o assunto, que a ação dos remédios homeopatas em doses infinitesimais, é baseada no mesmo princípio; a substância medicamentosa, levada pela divisão ao estado atômico, até certo ponto adquire as propriedades dos fluídos, menos, entretanto, o princípio anímico, que existe nos fluídos animalizados e lhes dá qualidades especiais.   Em resumo, trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução, na economia, de materiais sãos, substituindo materiais deteriorados ordinários in natura; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão homeopática; enfim pelo fluído magnético, que não é senão matéria  espiritualizada. São três modos de elementos reparadores, ou melhor, de introdução e de assimilação dos elementos reparadores: todos os três estão igualmente na natureza, e tem sua utilidade, conforme os casos especiais, o que explica porque um tem êxito onde outro fracassa, porque seria parcialidade negar os serviços prestados pela medicina ordinária. Em nossa opinião, são três ramos da arte de curar, destinados a se suplementar e se completar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito de se julgar a panacéia universal do gênero humano.   Cada um dos meios poderá, pois, ser eficaz, se empregado a propósito e adequado a especialidade do mal; mas, seja qual for, compreende-se que a substituição molecular, necessária ao restabelecimento do equilíbrio, só se pode operar gradualmente, e não por encanto e por um golpe de batuta; se possível, a cura não pode deixar de ser senão o resultado de uma ação contínua e perseverante, mais ou menos longa, conforme a gravidade dos casos.   Entretanto as curas instantâneas são um fato, e como não podem ser mais miraculosas que as outras, é preciso que se realizem em circunstâncias especiais. O que o prova é que não se dão indistintamente para todas as doenças, nem para todos os indivíduos. É, pois, um fenômeno natural, cuja lei há que buscar. Ora, eis, a explicação que se lhe dá. Para a compreender, era preciso ter o ponto de comparação que acabamos de estabelecer. Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não tem como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluído, que as desagrega, por assim dizer, e perturba a sua economia.   Há aqui como num relógio, cujas peças todas estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira; nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do movimento basta purgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar. Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluídos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deixe expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam o seu curso.   Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, por sua natureza destinados a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico. Assim, a medicina ordinária é inoperante em todas as doenças causadas por fluídos viciados, e alas são numerosas. À matéria pode opor-se a matéria, mas a um fluído mau há que opor um fluído melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão a medicina fluídica falha onde há que opor matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente ter êxito nas afecções que poderiam chamar-se mistas. Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém estar na posse exclusiva da  verdade; de onde há que concluir que todas têm sua utilidade, e que o essencial é as aplicar adequadamente. Não temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual esse tratamento por vezes pode ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma ação continuada.

Esta diferença se deve à mesma natureza e à causa primeira do mal. Duas afecções que apresentam, na aparência, sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânica e, neste caso, é necessário reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por outras sãs, operação que só se pode fazer gradualmente; a outra

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Suicídio moral

celcCURA19 de maio de 2014 Leave a comment0
 

Suicídio moral

“Pois o que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos, 8:36.)

Suicidar-se é causar a própria ruína.

Indagados, sabiamente por Kardec, se seria suicida o homem que perece vítima de paixões que ele sabia lhe haviam de apressar o fim, os Espíritos responderam:

“É um suicídio moral.”1

Na interrogação seguinte, para situar a gravidade deste

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Os problemas estão nos excessos

celcCURA19 de maio de 2014 Leave a comment0

 

Diógenes de Sínope, discípulo de Antístenes de Atenas, foi filósofo grego que viveu em aproximadamente 430 a.C. a 323 a.C. Desprezava as convenções humanas e tinha total indiferença pelo poder, costumava dizer que a felicidade está baseada em não ser amarrado pelos desejos. Criou o cosmopolitismo ao afirmar que era um cidadão do mundo e não de um estado ou de uma cidade em particular. Certa vez, Diógenes jantava seu habitual prato de lentilhas,  quando foi abordado por Arístipos de Cirene, também filósofo e  famoso por pregar o prazer como bem absoluto da vida, disse ele a Diógenes: – Se soubesses bajular o rei,  certamente não estarias a jantar apenas esse mísero prato de lentilhas. Diógenes, sereno, lhe respondeu: – Se soubesses se contentar apenas com este mísero prato de lentilhas,  não precisarias bajular o rei para viver. Notável a visão do filósofo!   A sociedade contemporânea, tenta de todas as formas nos impulsionar a acreditar que muitas coisas são necessárias para nossa existência e felicidade. A mídia ao vender uma imagem de que aquele que tem grande poder de consumo é alguém que venceu na vida, admirado e  elogiado por todos,  tendo poderes de comprar o que bem entender, auxilia a criar essa cultura de que a vida se resume a ter em detrimento do ser. O supérfluo passa a ser considerado necessário para grande número de pessoas que deixam se enfeitiçar pelos poderes do marketing. Ah, o marketing! Comerciais exaltando maravilhas… Produtos de qualidade duvidável sendo içados ao patamar de salvação da “lavoura”… O vício sendo propagado aos quatro ventos pelos meios de comunicação que pensam apenas na melhor forma de melhor vender seu produto… Dinheiro sendo vendido a peso de ouro em propagandas do tipo: “Faça seu financiamento em leves parcelas de R$.xx em até 48 meses” Alguns distraídos endividam-se apenas para mostrar aos outros que também podem ter, outros tantos, infelizmente por imperativos da vida se vêem obrigados a cair nessa armadilha que visa exclusivamente o lucro exagerado. A simplicidade dá lugar a ostentação sem limites. E iludidas por essa ficção,  muitas criaturas valorizam em demasia esses bens efêmeros. Outros, chegam mesmo a depositar a responsabilidade de sua infelicidade no fato de não terem grande poder aquisitivo. A coisa se complica quando essas questões tomam proporções maiores e acabam por afligir toda a família. Casais que discutem infinitamente transformando o lar em palanque de impropérios porque um ou outro exagerou na dose do consumo. A lista é infindável e dá assunto para calorosos debates. Uma existência calcada somente em valores materiais, chumba-nos ao solo da futilidade e nos deixa criaturas vazias,  sem maiores aspirações como espíritos em estágio evolutivo. E um dos grandes males de nossa sociedade é justamente esse: Preocupação em excesso com assuntos de pouca relevância. Enquanto grande parte da população mundial não tem sequer como viver dignamente, alguns inclusive vivendo em um sub mundo, onde faltam recursos básicos de alimentação e higiene, outros tantos, desligados dessa realidade,  descabelam-se por supérfluos. Alguns com excessos, outros sem o necessário, são as discrepâncias próprias de um planeta que se orienta sob a égide do egoísmo.   Em o Livro dos Espíritos , na questão de nº 712 e 712 a, Kardec questiona os mentores espirituais:   P – 712 Por que Deus colocou o atrativo do prazer na posse e uso dos bens materiais? R – Para estimular o homem ao cumprimento de sua missão e experimentá-lo por meio da tentação. P – 712 a Qual é o objetivo dessa tentação? R – Desenvolver sua razão, que deve preservá-lo dos excessos.   Segue comentário de Kardec: Se o homem tivesse considerado o uso dos bens da Terra somente pela utilidade que eles têm, sua indiferença poderia comprometer a harmonia do universo: Deus lhe deu o atrativo do prazer para o cumprimento dos seus desígnios. Mas pelo que possa representar esse atrativo quis, por outro lado, prová-lo por meio da tentação que o arrasta para o abuso do qual sua razão deve defendê-lo. As afirmações de Diógenes vem de encontro a Doutrina Espírita e  ambos nos convidam a considerar grave aspecto: Nossa felicidade jamais se fará com excessos! O universo preza pela harmonia e ela se fará em plenitude quando dosarmos dois ingredientes na medida exata: vontade por conquistar com desprendimento para não se algemar. Ao lutar pela posse dos bens materiais exercitamos inúmeras aptidões; criatividade, iniciativa, perseverança, trabalho, ou seja, evoluímos, aprendemos… Portanto, é justo que busquemos a melhoria também do ponto de vista material, todavia, tomando o cuidado para não fazermos deste objetivo o altar de nossas vidas, pelo simples motivo de que esse altar não está ligado ao santuário sagrado de nosso espírito, ele é apenas o caminho para trazer progresso a nós e aqueles que caminham conosco. Muitos que se orientam apenas sob essa ótica acabam por inverter valores e não raro ludibriam, bajulam, vendem-se, mentem… São provados na tentação e acabam por sucumbir, em realidade são reféns de uma ganância desmedida que os impede de raciocinar com clareza. Diógenes propõe que não nos algememos a bens efêmeros, a Doutrina Espírita, por sua vez,  nos instrui que o melhor é ter prudência para que assim que conseguirmos as conquistas materiais, evitemos os excessos. Vale a pena estudarmos com atenção esses assuntos.   Wellington Balbo  

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Enquanto o braço corre (Cura na Federação)

celcCURA19 de maio de 2014 Leave a comment0

 

Trecho sobre espiritismo incluído no livro As Religiões do rio, escrito em 1904 pelo cronista carioca Paulo Barreto, o João do Rio1     Nas rodas mais elegantes, entre sportsmen inteligentes, lavra o desespero das comunicações espíritas, como em Paris o automobilismo. Ainda há alguns meses senhores de tom, ao voltarem do Lírio, encasacados e de gardênia ao peito, comunicaram-se no Hotel dos Estrangeiros com as  almas do outro mundo, por intermédio de uma cantora, médium ultra-assombroso.   À tarde na Colombo, esses senhores combinavam a partie de plaisir  (expressão que significava que combinavam “o que fazer à noite”) e à noite nos corredores do Lírico, enquanto Caruso rouxinoleava corpulentamente para encanto das almas sentimentais, eles prelibavam as revelações sonambúlicas da médium musical. Esses fatos são raros, porém, e as experiências assombrosas multiplicam-se. Os médiuns curam criatura a morrer. Leôncio de Albuquerque, que trata caridosamente a Saúde em peso, anuncia, sem tocar no doente, o primeiro caso de peste bubônica, e cada vez mais aumenta o número de crentes. O meu amigo dizia-me: _ Nunca se viu uma crença que com tal rapidez assombrasse crentes. Se o Figaro dava para Paris cem mil espíritas, o Rio deve ter igual soma de fiéis. O Brasil, pela junção de uma ração de sonhadores como os portugueses com a fantasia dos negros e o pavor indiano do invisível, está fatalmente à beira dos abismos de onde se entrevê o além. A Federação2 publicou uma estatística de jornais espíritas no mundo inteiro. Pois bem: existem no mundo 96 jornais e revistas, sendo que 56 em toda a Europa e 19 só no Brasil. (…)   A Federação fica na Rua do Rosário, 97. É um grande prédio, cheio de luz e claridade. Cumprem-se aí os preceitos da ortodoxia espírita; não há remuneração de trabalho e nada se recebe pelas consultas. A diretoria gasta parte do dia a servir os irmãos, tratando da contabilidade, da biblioteca, do jornal, dos doentes. A instalação é magnífica. No primeiro pavimento ficam a biblioteca, a sala de entrega do receituário, a secretaria, o salão de espera dos consultantes e os consultórios. Seis médiuns psicográficos prestam-se duas horas por dia a receitar, e as salas conservam-se sempre cheias de uma multidão de doentes, mulheres, homens, crianças, figuras dolorosas com um laivo de esperança no olhar.   A casa está sonora do rumor contínuo, mas tudo é simples, caridoso e sem espalhafato. Quando entramos não se lhe altera a vida nervosa. A Federação parece um banco de caridade, instalado à beira do outro mundo. Os homens agitam-se, andam, conversam, os doentes esperam que os espíritas venham receitar pelo braço os médiuns [sic.], e os médiuns, sob a ação psicográfica, falam e conversam enquanto braço corre. Atravessamos a sala dos clientes, entramos no consultório do Sr. Richard.3 Há uma hora que esse honrado cavalheiro, espírita convencido, escreve e já receitou para 47 pessoas.  _ Há curas? _ perguntamos nós, olhando as fileiras dos doentes.  _ Muitas. Nós, porém, não tomamos nota.  _ Mas o senhor não se lembra de ter curado ninguém?  _ A mim me dizem que pus boa uma pessoa da família do general Argollo. Mas não sei nem devo dizer. É o preceito de Deus. Deixamo-lo receitando, já perfeitamente normalizados com aquele ambiente estranho, e interrogamos. Há milhares de curas. A Sra. Georgina, esposa do Sr. César Pacheco, depois de louca e cega, ficou boa em dez dias; D. Jesuína de Andrade, viúva, quase tísica, em trinta dias salva, e outros, outros muitos.   Quer valor tem essas declarações? Os doentes enfileirados parecem crer e o Sr. Richard é a fé em pessoa. É o que basta talvez.     1Fonte: Reportagem “O Novo Espiritismo”, de Martha Mendonça, publicada na revista Época, no. 424, de 3 de julho de 20906,p.66-74 2Nota de Reformador: O autor faz referencia à Federação Espírita Brasileira. 3Nota de reformador: Pedro Richard serviu `FEB por cerca de 40 anos    Revista Reformador  08/2006    

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Enfermidades: lições valiosas para os que as adquirem

celcCURA19 de maio de 2014 Leave a comment0

 

  Ouvindo isso, seus discípulos, muito espantados, perguntaram: Quem pode então ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse: Impossível é isto para os homens, mas para Deus tudo é possível. (Mateus, 19:25-26.)   O diálogo destacado acima, entre Jesus e seus seguidores, também registrado por Marcos (10:26-27) e Lucas (18:26–27), enaltece a essência da misericórdia divina ao dizer que para Deus tudo é possível; confere-nos a certeza de que todos os recursos indispensáveis, para nossa edificação espiritual, serão oferecidos por Ele, facultando-nos condições para vencermos todos os óbices que precisamos superar em nossa marcha evolutiva na Terra. A passagem evangélica nos traz infinitas esperanças e convida-nos a meditar sobre o tema. As doenças físicas são contingência natural da maioria dos seres reencarnados em processo de aprendizado no orbe terreno. Decorreriam elas dos reflexos das mentes que se desajustam? Esses transtornos da mente seriam capazes de impor ao veículo orgânico efeitos doentios indefiníveis, que lhe propiciariam a derrocada ou a morte? Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz (1853-1937), distinto médico e denodado batalhador do Espiritismo, em estudos espirituais sobre o assunto, elucida: Todos os nossos pensamentos definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos. Assim sendo, é indispensável curar de nossas próprias atitudes, na autodefesa e no amparo aos semelhantes, porquanto a cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade  e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada percentagem de agentes […], de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós […], suscetíveis de fixar-nos, por tempo indeterminado, em deploráveis labirintos da desarmonia mental. Em muitas ocasiões, nossa conduta pode ser a nossa enfermidade, tanto quanto o nosso comportamento pode representar a nossa restauração e a nossa cura.1   Igualmente, o Espírito Emmanuel, em análise sobre o problema, observa que “ninguém poderá dizer que toda enfermidade, a rigor, esteja vinculada aos processos de elaboração da vida mental”, mas garante “que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças”,2 e reconhece que os descontroles psíquicos geram “zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência”.3 Donde se conclui que os pensamentos residem na base de todas as nossas ações. Os médicos, a partir dos avanços científicos obtidos, no decorrer dos séculos, associaram certas doenças, a exemplo do câncer, às causas psíquicas.4 Ao nos depararmos com o surgimento da doença, somos tomados por sentimentos de incertezas e dúvidas, não querendo aceitar a difícil realidade que nos aguarda, sobretudo nos processos de tratamento indispensáveis para eliminar os seus efeitos e sintomas. Não temos suficiente serenidade para analisar a própria situação e, segundo as leis que nos regem, para vivenciar provas e sofrimentos apropriados às nossas necessidades de melhoria espiritual.   O filósofo espírita León Denis (1846-1927), defensor ardoroso na luta em proveito da causa do Espiritismo, identifica na dor “uma lei de equilíbrio e educação”. 5 Diz ele: […] Sem dúvida, as falhas do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições de nosso destino. O sofrimento não é, muitas vezes, mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas, mas sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condições do progresso. Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo, mas somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos. […]5 As provas desenvolvem a inteligência e nos ensinam a exercitar a paciência e a resignação.Ao considerarmos as enfermidades como formas de retificação dos comportamentos desequilibrados, devemos, portanto, aceitar os sofrimentos sem nos lamentar e lutar para suplantar as dificuldades que surgem dos graves problemas de saúde, que não nos sejam possíveis evitar. Algumas vezes, podem ser provas buscadas pelo Espírito com o intuito de ativar o seu progresso espiritual, suportando, sem esmorecer, os reveses da vida material. Hermínio C. Miranda (2008), em seus estudos espíritas, centrado, sobretudo, na análise das curas promovidas pela homeopatia, desenvolve interessante tese sobre a importância da dor, tanto nos males físicos como nos espirituais, e considera que “as mais esclarecidas correntes da medicina moderna admitem hoje a origem psicossomática de inúmeras doenças”.6 É pertinente ressaltar algumas de suas anotações sobre o assunto: Assim como a doença orgânica resulta de abusos que geram desarmonias ou desafinamentos no sistema biológico, assim também as dissonâncias e desarmonias espirituais criam doenças mentais e emocionais gravíssimas resultantes de abusos de natureza ética. […] No caso das mazelas espirituais, o “tratamento”, às vezes um tanto rude, mas sempre justo, que as leis divinas nos prescrevem, consiste em nos fazer experimentar dores, angústias, aflições e carências que impusemos ao semelhante. Somente assim estaremos em condições de avaliar com lucidez  a extensão e profundidade do sofrimento que causamos ao nosso irmão, ou seja, sentindo-o na “própria pele”. […]7   O autor, contudo, admite que os mecanismos das leis espirituais não exigem o sofrimento a qualquer preço, tornando-se inclementes e inflexíveis. Ao contrário, a comiseração divina haverá de favorecer-nos em todas as ocasiões, concedendo-nos meios de sobrepujar infortúnios e angústias. A carne não prevalece sobre o Espírito, a quem cabe a responsabilidade moral de todos os atos. Os abusos são decorrentes das tendências nocivas que passamos a cultivar ao longo de nossas intermináveis reencarnações, transigindo com os vícios e excessos de toda ordem, em prejuízo do veículo físico. Não devemos, pois, maldizer as doenças do corpo; elas servem para sarar as nossas almas, de modo a não reincidirmos nos mesmos erros cometidos. Além disso, é possível buscar todos os recursos ao nosso alcance para o equilíbrio orgânico, sem prescindir dos médicos e demais equipes da área de saúde, submetendo-nos às orientações clínicas, cirúrgicas ou terapêuticas. O importante é não nos entregarmos ao desânimo, apegados, erroneamente, a um determinismo irremediável, não aceitando as soluções da medicina que nos proporcionariam alívio e bem-estar. Façamos fervorosas preces suplicando a assistência dos benfeitores espirituais para que se tornem conselheiros e mestres dos esculápios terrenos, permitindo-lhes as condições necessárias para bem interpretar as intuições que advenham do Plano Maior, estando aptos, conforme o conhecimento científico que conquistaram, para agirem com competência no tratamento das doenças que adquirimos e, dessa maneira, diminuir ou extinguir os padecimentos que ainda não conseguimos afastar. É preciso desenvolver o nosso esforço, tendo como recurso de êxito, em benefício da cura, o exercício equilibrado do livre-arbítrio. Deus zela por nós; e tudo é possível para aquele que crê na sua infinita compaixão!   Referências: 1XAVIER, Francisco C. Instruções psicofônicas. Por diversos Espíritos. 9. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 19, p. 98-99. 2______. Pensamento e vida. 18. ed. 1. reimp. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 28. 3Idem, ibidem. Cap. 15, p. 65-66. 4SERVAN-SCHREIBER, Davi. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. Trad. Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 164. 5DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 3, As potências da alma, item 27, p. 520. 6MARCUS, João (pseudônimo de Hermínio C. Miranda). Candeias na noite escura. 4. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 39, p. 202. 7______. ______. p. 202-203.                                                                                   Reformador Março 2010

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