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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Reformador > Saúde Mental

Saúde Mental

celcArtigos da Revista Reformador2 de maio de 2015 Leave a comment0

 

Marta Antunes Moura

A organização Mundial da Saúde (OMS) evita emitir definição específica de saúde mental por considerar a interferência transversal de vários fatores, como diferenças culturais, condições de vida, julgamentos subjetivos, educação familiar, entre outros. Considera também que a saúde mental “não será abordada em contraposição à saúde física ou biológica conforme o velho e o equivocado dualismo corpo//rnente”,’ A proposta é conciliar práticas de saúde e de educação que apresente visão integral do homem, considerando que

[…]  a visão sistêmica, a holística e a transdisciplinar são entendidas1 como abordagens que contemplam uma percepção complexa e integral de saúde, por entenderem-na como uma unidade formada pela dinâmica das esferas física, psíquica, emocional, espiritual, social e ambiental do ser humano. […] 2

De forma ampla, pode-se, então, afirmar que saúde ou sanidade mental é o mesmo que qualidade de vida cognitiva e emocional,’3  pois envolve condições que implicam o bem estar geral (espiritual-físico-mental-psicológico e emocional), as quais, por sua vez, refletirão o bom relacionamento social e familiar.

Importa, porém, não confundir qualidade de vida com padrão de vida, “uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis”,” 4

Diz-se que há qualidade de vida cognitiva quando os processos racionais (cognitivos) de aquisição do conhecimento (percepção, raciocínio, julgamento’ intuição e memória) funcionam normalmente.’ Mas a cognição não se restringe à simples aquisição do conhecimento.

A boa adaptação/interação do indivíduo no meio socioeconômico onde vive e com as pessoas que lhe compartilham a existência extrapolam a sua capacidade intelectual que, em princípio, está intimamente relacionada à qualidade de vida emocional. A despeito de a emoção ser uma experiência subjetiva, ela é poderosa porque fornece a base para a construção do temperamento, da personalidade, dos traços do caráter e da motivação. A emoção, contudo, pode ser controlada e aperfeiçoada pelo uso da razão.

A propósito, o Espírito André Luiz informa que […] se a criatura não está identificada com a lei de domínio emotivo, que manda selecionar as emissões mentais que chegam até nós, ambientará a força perturbadora dentro de si mesma, na intimidade das células orgânicas, com grande prejuízo para as zonas vulneráveis.” (Destaque nosso.)

Outra não é a razão de a Medicina entender que as manifestações emocionais indicam “paixões ou sensibilidades caracterizadas por mudanças físicas no corpo, como a alteração na frequência cardíaca e atividade respiratória, reações vasomotoras e alterações musculares”?

É ponto passivo do entendimento médico que o “estado mental de sensação, como o medo, ódio, amor, raiva, tristeza e alegria, é originado como uma experiência subjetiva e não por um esforço mental consciente”?

Para Psicologia, a “emoção está frequentemente associada a ações internas, de caráter impulsivo, no sentido de uma determinada forma de comportamento pessoal ou social'” 7

A saúde mental reflete-se visivelmente no corpo físico, segundo antigo aforismo do poeta romano Juvenal (55 ou 60 após 123 d.C): Mens sana in corpore sano (“mente sã em corpo são”), uma vez que os maiores agravos à saúde mental estão relacionados à destemperança, ao descontrole emocional, aos reflexos de faltas cometidas, ao indiferentismo, ao escasso desenvolvimento de virtudes, do que à carência de nutrientes e à manifestação de enfermidades orgânicas, propriamente ditos. Emmanuel esclarece a respeito:

A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação […], mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a repercutirem sobre a própria instrumentação. […]

A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa […).9

Os atuais conhecimentos das neurociências mostram que, existindo qualidade de vida cognitiva/emocional, o ser humano é portador de saúde mental.

Isto acontece porque ele aprendeu a desenvolver boas percepções em relação à realidade e às pessoas circundantes.

As boas percepções, por sua vez, encaminham o indivíduo à melhoria dos relacionamentos interpessoais.

A pessoa que compreende a importância de exercitar o auto controle e a compaixão passa a observar o outro com mais clareza, aceitando as próprias limitações e as do próximo com renovada tolerância e fraternidade, sem que com isto ocorra perda da própria identidade.

As boas leituras da realidade e a convivência social harmônica são indicadores de saúde mental.

Neste sentido, os modernos cuidados de atenção à saúde, assim como as medidas psicoterápicas, procuram compreender o nível de sofrimento (sofrimento psíquico) do paciente, analisando as possíveis causas geradoras. Assim, a busca pela saúde mental deve levar em consideração o Espírito imortal, o ser psíquico, em processo de crescimento intelectual e moral, não uma pessoa pronta, completa. Aliás, Emmanuel afiança que:

[…] o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto. A maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. […]10

O Ministério da Saúde orienta os profissionais da saúde a incluir em suas rotinas critérios para identificar e compreender o sofrimento do enfermo, ou de quem se coloca como tal.

[…] Porém, compreendemos sobremaneira que o sofrimento psíquico não é reservado àqueles que receberam algum diagnóstico específico, mas sim algo presente na vida de todos, que adquirirá manifestações particulares a cada um, e nenhum cuidado será possível se não procurarmos entender como se dão as causas do sofrimento em cada situação e para cada pessoa, singularmente. Além disso, compreendemos [que] as doenças mentais -nos casos em que possam receber tal denominação muitas vezes caracterizam-se como doenças crônicas, ou seja, como algo com que o sujeito precisará conviver ao longo da vida, como é o caso de diabetes ou doenças degenerativas. A experiência nos mostra que o cuidado focado no sofrimento de pessoas liberta os profissionais de aporias, de becos sem saída, e promove abertura a inúmeras possibilidades de cuidado […].’

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda, guardando sintonia com a ciência médica e psicológica da atualidade, enfatiza que “no estudo da complexidade do homem, a saúde mental possui caráter de alta magnitude, constituindo um capítulo relevante”.11 Acrescenta, igualmente:

Imprescindível que se estabeleça em caráter de urgência uma psicoterapia preventiva.para a saúde mental, iniciando-se a programação através do estudo dos valores ético-morais que devem ser incorporados pelos indivíduos, mediante o cultivo do otimismo, das conversações e leituras salutares, da convivência fraternal motivadora de solidariedade, de afirmação e valorização da vida, elementos esses que propiciam a renovação interior e a preservação da paz como do equilíbrio, indispensáveis para que seja estabelecida essa saúde  mental, decisiva para o progresso do homem. 11

 

REFERÊNCIAS:

1 MELO, Eduardo Alves e KINOSHITA, Roberto Tykanon (coordenação). TRINO,Alexandre Teixeira, FRANCO,Camila Maia e MACHADO,Marcelo Pedra Martins (organizadores). Cadernos de atenção básica: Saúde mentaL. Ministério da Saúde. Brasília: Editora MS, 2013, p. 14 e 15, respectivamente. Disponívet em: <http://189.28.128.100/ da b/ docs/ por taldab/publicações/caderno_34.pdf>.

2  BOLLA, Kelly Daiane Savariz. Saúde integral sob o enfoque do paradigma transdisciplinar holístico: uma visão emergente. Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense [Unesc]. Criciúma/ SC, 2009. Resumo, p. 6. Disponível em: <http://goo.gl/4jFWmP>.

3  SAÚDE MENTAL. Disponível em: <http://goo.gl/m2g7jd>. Acesso em: 13 fevereiro de 2015.

4 QUALIDADEDE VIDA. Disponível em: http://goo.gLlR5ffi. Acesso em: 13 fevereiro de 2015. para a saúde mental, iniciando-se a programação através do estudo dos valores ético-morais que devem ser incorporados pelos indivíduos, mediante o cultivo do otimismo, das conversações e leituras salutares, da convivência fraternal motivadora de solidariedade, de afirmação e valorização da vida, elementos esses que propiciam a renovação interior e a preservação da paz como do equilíbrio, indispensáveis para que seja estabelecida essa saúde mental, decisiva para o progresso do homem. II

5 THOMAS,Clayton (coordenador). Dicionário médica enciclopédica taber. Fernando Gomes do Nascimento. 17. ed. São Paulo: Manole, 2000, p. 360.

6  XAVIER, Francisco C. Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. 45. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2015. cap. 14, p.249.

7 THOMAS,Clayton (coordenador). Dicionário médico enciclopédico taber. Trad. Fernando Gomes do Nascimento. 17. ed. São Paulo: Manole, 2000. p. 572. 8 CABRAL,Álvaro e NICK, Eva. Dicionário técnico de psicologia. 11. ed. São Paulo: Cultrix, 2001. p. 91-92.

9  XAVIER,Francisco C. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 19. ed. 1. imp. Brasília: FEB,2013. capo 15, p. 63.

10 _ o Vinha e Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 7. imp. Brasília: FEB, 2014. capo 157, p. 327.

11  FRANCO,Divaldo P. Temas da vida e da morte. Pelo Espírito Manuel P. de Miranda. 7. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2013. capo Saúde mental, p. 115, 120, respectivamente. Abril de 2015 I

 

Reformador 4/2015

 

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