Casamento
PALESTRA: CASAMENTO
ÍNDICE:
1) INTRODUÇÃO
2) CLASSIFICAÇÃO
3) CASAMENTO NO PLANO ESPIRITUAL
4) DIVÓRCIO
5) CONCLUSÃO
1 Introdução
Gênesis 1:26-28 – E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Gênesis 2:21-24 – Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne. LE – 200 Os Espíritos têm sexos? R: Não como o entendeis, pois, os sexos dependem do organismo. Entre eles há amor e simpatia baseados na identidade de sentimentos. LE – 201 O Espírito que animou o corpo de um homem, em nova existência, pode animar o de uma mulher, e vice-versa? R: Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres. LE – 202 Quando se é Espírito, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher? R: Isso pouco importa ao Espírito; ele escolhe segundo as provas que deve suportar. Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexos. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens. LE – 264 O que dirige o Espírito na escolha das provas que quer suportar? R: Ele escolhe as que podem ser para ele uma expiação, segundo a natureza de suas faltas, e o faça avançar mais rapidamente. Alguns se impõem uma vida de misérias e privações para tentar suportá-la com coragem. Outros querem se experimentar nas tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e mau uso que delas se pode fazer, e pelas más paixões que desenvolvem. Outros, enfim, querem experimentar-se pelas lutas que devem sustentar ao contato do vício. LE – 686 A reprodução dos seres vivos é uma lei da Natureza? R: Isso é evidente; sem a reprodução o mundo corporal pereceria. LE – 700 A igualdade numérica que, mais ou menos, existe entre os sexos, é um índice de proporção segundo o qual eles devem estar unidos? R: Sim, porque tudo tem um fim na Natureza. Livro Vida e Sexo (Emmanuel) Cap. 3 – Namoro: Possíveis causas do namoro
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu. LE – 85 Na ordem das coisas, qual dos dois é o principal, o mundo dos Espíritos ou o mundo corpóreo? R: O mundo espírita; ele preexiste e sobrevive a tudo. ESE – CAP 04 ITEM 20. O temor de que a parentela aumente indefinidamente, em conseqüência da reencarnação, é de fundo egoístico: prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas. Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único? Mas, tranqüilizem-se os egoístas: não há fundamento para semelhante temor. Do fato de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título. Nosso Lar (André Luiz) Cap 20 – Noções de Lar: André em conversa com a Sra Laura, pergunta: Mas a organização doméstica, em “Nosso Lar”, é idêntica à da Terra? R: O lar terrestre é que, de há muito, se esforça por copiar nosso instituto doméstico; mas os cônjuges por lá, com raras exceções, estão ainda a mondar o terreno dos sentimentos, invadido pelas ervas amargosas da vaidade pessoal, e povoado de monstros do ciúme e do egoísmo. Na maioria, os casais terrestres passam as horas sagradas do dia vivendo a indiferença ou o egoísmo feroz. Quando o marido permanece calmo, a mulher parece desesperada; quando a esposa se cala, humilde, o companheiro tiraniza… Quando o Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas horas de serviço são contadas em dobro, o que lhe pode dar idéia da importância do serviço maternal no plano terreno. Entretanto, quando isso não acontece, tenho meus deveres diuturnos nos trabalhos de enfermagem, com a semana de quarenta e oito horas de tarefa, pois oito horas de atividade no interesse coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 8 (2 Parte) Matrimônio e Divórcio: Entretanto, se o matrimônio expiatório ocorre em núpcias secundinas, o cônjuge liberado da veste física, quando se ajuste à afeição nobre, freqüentemente se coloca a serviço da companheira ou do companheiro na retaguarda, no que exercita a compreensão e o amor puro. Quanto à reunião no Plano Espiritual, é razoável se mantenha aquela em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas. Se os viúvos e as viúvas das núpcias efetuadas em grau menor de afinidade demonstram sadia condição de entendimento, são habitualmente conduzidos, depois da morte, ao convívio do casal restituído à comunhão, desfrutando posição análoga à dos filhos queridos junto dos pais terrenos, que por eles se submetem aos mais eloqüentes e multifários testemunhos de carinho e sacrifício pessoal para que atendam, dignamente, à articulação dos próprios destinos. Ninguém veja nisso inovação ou desrespeito ao sentimento alheio, porqüanto o lar terrestre enobrecido, se analisado sem preconceitos, permanece estruturado nessas mesmas bases essenciais, de vez que os pais humanos recebem, muitas vezes, no instituto doméstico, por filhos e filhas, aqueles mesmos laços do passado, com os quais atendem ao resgate de antigas contas… Livro Nosso Lar (André Luiz) Cap 38 – O Caso Tobias: Tobias, conversando com André Luiz personagem de nosso Lar explica que foi casado por duas vezes na terra, sendo a primeira esposa Hilda e a segunda Luciana e segue explicando: Há milhões de pessoas, nos círculos do planeta, em estado de segundas núpcias. Como resolver tão alta questão afetiva, considerando a espiritualidade eterna? Sabemos que a morte do corpo apenas transforma sem destruir. Os laços da alma prosseguem, através do Infinito. Como proceder? Condenar o homem ou a mulher que se casaram mais de uma vez? Encontraríamos, porém, milhões de criaturas nessas condições. – Mas, como solucionar aqui semelhante situação? – pergunta André Luiz. Tobias responde: os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar. Hilda sabendo que Tobias se casando com Luciana, passa a odiá-la e a obsidiar o casal, tentanto aniquilar Luciana, depois de certo tempo recebe no umbral a visita de sua avó que a esclerece e a leva para trabalhar em nosso lar, depois de certo tempo Hilda arrependida passa a enxegar em Luciana uma filha e a trabalhar pela harmonia do casal. Estando os três desencarnados, Tobias passa novamente a ser esposo de Hilda e recebem Luciana na posição de filha dentro do próprio lar. Para finalizar Tobias explica que Luciana está em pleno noivado espiritual. Seu nobre companheiro de muitas etapas terrenas precedeu-a há alguns anos, regressando ao círculo carnal. No ano próximo, ela seguirá igualmente ao seu encontro. Creio que o momento feliz será em São Paulo… André Luiz: pergunta, mas como se processa o casamento aqui? – Pela combinação vibratória – esclareceu Tobias, atencioso -, ou então, para ser mais explícito -, pela afinidade máxima ou completa… LE 290 – Os parentes e os amigos reúnem-se sempre depois da morte? R: Isso depende da sua elevação e do caminho que seguem para seu progresso. Se um deles está mais avançado e caminha mais depressa que outro, não poderão ficar juntos: poderão ver-se algumas vezes, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem marchar lado a lado ou quando tiverem alcançado a igualdade na perfeição. Assim, a privação de ver seus parentes e seus amigos é, algumas vezes, uma punição. Os Mensageiros (André Luiz) Cap 30 – Em palestra afetuosa: Voltávamo-nos em conversação para as belezas de “Nosso Lar”, quando Aldonina interveio, acrescentando: — Alguns membros de nossa família visitam a cidade de vocês, de tempos a tempos. Nossa irmã Isaura, que se casou em “Campo da paz” há três anos, lá reside em companhia do esposo que é funcionário dos Serviços de investigação do Ministério do Esclarecimento. Percebendo-nos a curiosidade, prosseguiu: — Morava ele conosco, mas, desde tempo, foi convocado a serviços por lá, indo, mais tarde, buscar a noiva. Vicente, que se mantinha em atitude séria, exclamou: — Tocamos num assunto que muito me tem despertado, desde que regressei aos círculos terrenos. Não tinha, no mundo, nenhuma idéia de que pudéssemos cogitar de uniões depois da morte do corpo. Quando assisti a festividades dessa natureza, em “Nosso Lar’ confesso que minha surpresa ralou pela estupefação. Cecília, vivaz, acentuou, sorrindo: se o casamento humano é um dos mais belos atos da existência na Terra, porque deixaria de existir aqui, onde a beleza é sempre mais quintessenciada e mais pura? E, além do mais, é imprescindível ponderar que não vivemos à revelia de leis sábias e justas. — E como são felizes os que se casam em nossos planos! Para possuirmos aqui essa ventura, é preciso ter amado na Terra, movimentando os mais nobres impulsos do espírito. — Continuem falando-nos da irmã que se mudou para “Nosso Lar”. Estimaria saber como se realizou o consórcio. Se você, Cecilia, está aguardando um prêmio de visita à nossa cidade, como se casou ela, transferindo-se para lá definitivamente? Cecilia sorriu e retrucou: — Isto é outro caso. Isaura não poderia correr atrás do noivo, porque estava em situação inferior à dele, mas Antônio, como superior, poderia descer a buscá-la. Mesmo assim Isaura foi aconselhada por seu superior a se preparar para ascender a regiões mais nobres ele a aconselhou que trabalhasse por seis anos consecutivos em campo da paz, o que ela cumpriu integralmente sem questionar. Nosso Lar (André Luiz) Cap 21 – Continuando a Palestra: André Luiz continua perguntando a Dona Laura: R: Como se encara o problema da propriedade na colônia? Esta casa, por exemplo, pertence-lhe? Ela sorriu e esclareceu: – Tal como se dá na Terra, a propriedade aqui é relativa. Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus hora, no fundo, é o nosso dinheiro. As construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria; cada família espiritual, porém, pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando trinta mil bônus-hora, o que se pode conseguir com algum tempo de serviço. Nossa morada foi conquistada pelo trabalho perseverante de meu esposo, que veio para a esfera espiritual muito antes de mim. E a Vida Continua – André Luiz / Chico Xavier – Cap 17 – Assuntos do Coração: Evelina pergunta ao instrutor Ribas: A união conjugal de duas criaturas que se amam, quando interrompida pela morte no mundo, pode ser reatada aqui? Ribas, expressivo: — Perfeitamente, se os cônjuges realmente se amam… E a Vida Continua – André Luiz / Chico Xavier – Cap 26 – E a Vida Continua: Ernesto Fantini e Evelina Serpa, após trabalharem arduamente pelo reajuste dos respectivos ex-companheiros terrenos e ajudarem no reencarne de ambos, recebem de Ribas e seus superiores, autorização para se casarem no plano espiritual, em função de estarem desvinculados de compromissos conjugais com outros espíritos. 4 DIVÓRCIO LE – 697 A indissolubilidade absoluta do casamento está na lei natural ou somente na lei humana? R: É uma lei humana muito contrária à lei natural. Mas os homens podem mudar suas leis: só as da Natureza são imutáveis. ESE CAP 22 – ITEM 5. O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina… Livro: Vida e Sexo / Autor: Emmanuel – Cap 8 – Divórcio: …Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas. É aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se operam burilamentos e reconciliações endereçados à precisa sublimação da alma… Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça. Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas. Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face dos empeços que se lhe desdobram à frente. Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através de menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação moral de que é vítima. Compelidos, muita vez, às últimas fronteiras da resistência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a sofrimento indébito, se valha do divórcio por medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes complicariam ainda mais o destino. Nesses lances da experiência, surge a separação à maneira de bênção necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o apoio moral da auto-aprovação para renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo ou não nova companhia para a jornada humana. Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em tempo algum, competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração ou expiação que rogaram antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim. é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas. O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica… Ação e Reação – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 14 Resgate interrompido: Conta o caso de Ildeu um homem de 35 anos casado com Marcela, que tinham 03 filhos, duas meninas que eram adoradas pelo pai e um menino, o qual o pai não o suportava. Ildeu envolvido por outra mulher decide matar Marcela, pois não suportava mais o casamento, quando decide por em prática o ato numa madrugada. Marcela pelo estava nesta existência sob os cuidados da “Mansão Paz” (Escola do plano espiritual localizada entre a Suíça e a Itália) a qual era filiada por laços espirituais de compromissos anteriores, onde pelo seu merecimento em função dos seus esforços como mãe dedicada e esposa abnegada, estava sob o amparo desta instituição, a qual designou 02 “guardas espirituais” 24hrs, para sua proteção contra o Marido. Nesta noite em que tentava colocar em prática o seu ato, uma de suas filhas acorda inspirada pelos referidos vigias e sai gritando para que o Pai não fizesse aquilo, no que Marcela acordando com a gritaria vê o marido com a arma em punho e inocentemente, acha que iria se suicidar e diz que preferiria que ele a abandonasse e fosse viver com a amante do que vê-lo morto. Após todo o ocorrido Silas (instrutor espiritual) esclarece: 1 – Ildeu aumentou os próprios débitos, pois é alto o preço cobrado pela deserção do resgate que lhe é próprio. 2 – Marcela receberia um amparo maior do plano espiritual para continuar sozinha a criação dos filhos, por não ter sido ela a desertora. 3 – O homem, ou a mulher, desse modo, podem provocar o divórcio e obtê-lo, como sendo o menor dos piores males que lhes possam acontecer… Ainda assim, não se liberam da dívida em que se acham incursos, cabendo-lhes voltar ao pagamento respectivo, tão logo seja oportuno. 4 – Marcela, é senhora de si e, com a deserção do esposo, é chamada a encargos duplos. Desejamos sinceramente que ela seja forte e se sobreponha às vicissitudes da existência, mas se resvalar para delituosos desequilíbrios, que lhe comprometam a estabilidade doméstica, na qual os filhos devem crescer para o bem, mais complicado e mais extenso se fará o débito de Ildeu, porqüanto as falhas que ela venha a cometer serão atenuadas pelo injustificável abandono em que a lançou o marido. Quem se faz responsável por nossas quedas, experimenta em si mesmo a ampliação dos próprios crimes. 5 – Caso Marcela e os filhos vençam os desafios que virão a enfrentar e conquistem suas evoluções a quem pagará Ildeu o montante das dívidas em que se agrava? Caso Marcela e os filhinhos se ergam, um dia, a plenos céus, e na hipótese de guardar-se nosso amigo mergulhado na Terra, vê-los-á Ildeu na própria consciência, sofredores como os deixou e pagará em serviço a outras almas da senda evolutiva o débito que lhe onera o Espírito. Isso quer dizer que, se Ildeu, mais tarde, desejar reunir-se a Marcela, Roberto, Sônia e Márcia, então redimidos nas Esferas Superiores, deverá possuir uma consciência tão dignificada e sublime quanto a deles, de modo a não se envergonhar de si mesmo, considerando-se a probabilidade de triunfo para a esposa e os filhinhos nas provas árduas que o porvir lhes reserva, pois quem se retarda por gosto não pode queixar-se de quem avança. “A cada um segundo as suas obras”, ensinou o Divino Orientador, e ninguém no Universo conseguirá fugir à Lei. Sexo e Destino (André Luiz / Chico Xavier) Cap 10 – 2º Parte …Em se reconhecendo que todos os matrimônios terrestres, entre as pessoas de evolução respeitável, se efetuam na base dos programas de trabalho, previamente estabelecidos, seja em questões de benefício geral ou de provas legítimas, o divórcio é dificultado, nas esferas superiores, por todos os meios lícitos; contudo, em muitos casos, é permitido ou prestigiado, sob pena de transformar-se a justiça em prepotência contra vitimas de crueldades sociais que a legislação na Terra, por enquanto, não consegue remediar, nem prever. Surgido o problema, o companheiro ou a companheira, responsável pela ruptura da confiança e da estabilidade da união conjugal, passa à condição de julgado… é induzida à generosidade e à benevolência, através De recursos que a Espiritualidade Superior consiga veicular… Em razão disso, alcançam a Pátria Espiritual, na condição de enobrecidos filhos de Deus, as grandes mulheres e os grandes homens, justificadamente considerados grandes, quando suportam, sem queixa, as infidelidades e as violências do parceiro ou da parceira de reduto doméstico, esquecendo incompreensões e ultrajes recebidos, por amor às tarefas que os Desígnios do Senhor lhes colocaram nos corações e nas mãos, seja no amparo moral à família consangüínea ou na sustentação das boas obras, Os que possuem semelhante comportamento dignificam todos os grupos espirituais a que se entrosam e venham dessa ou daquela religião, desse ou daquele clima do mundo, são acolhidos sob galardões de heróis verdadeiros, por haverem abraçado sem revolta os que lhes espancavam a alma, sem repelir-lhes a afeição e a presença. No entanto, os que patenteiam incapacidade de perdoar as afrontas, conquanto se lhes lastime a ausência de grandeza íntima, são igualmente amparados, no desejo de separação conjugal que revelem, adiando-se-lhes os débitos para resgates futuros e concedendo-se-lhes as modificações que requeiram. Chegados a esse ponto, o homem ou a mulher continuam recolhendo o apoio espiritual que lhes seja preciso, segundo o merecimento e a necessidade de cada um, atribuindo-se tanta liberdade e tanto respeito ao homem quanto à mulher, no que tange à renovação de companhia e caminho, com as responsabilidades naturais que lhes decorram das decisões. Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 8 (2 Parte) Matrimônio e Divórcio: …Quanto ao divórcio, segundo os nossos conhecimentos no Plano Espiritual, somos de parecer não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum… Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores …Entretanto, é imprescindível que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do casal, sabendo-se, porém, que os devedores de hoje voltarão amanhã ao acerto das próprias contas. Revista Reformador (outubro / 2010) – Terapeutas e Psicólogos, com bases em pesquisas bem orientadas, constataram que o casamento dura quando um admite que o outro tem qualidades e defeitos, hipótese em que é necessário aprender a renunciar e suportar as imperfeições do outro e que um dos momentos mais marcantes na relação duradoura é aquele em que, conscientemente ou não o casal abdica do mito do parceiro ideal. 5 Conclusão Lucas 8:1-3 E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele,
E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. Livro Boa Nova (Humberto de Campos / Chico Xavier) Cap. 15 Joana de Cusa – Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores. Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas, porque seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em perene contacto com os representantes do Império, repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranqüilidade fácil e rendosa. Joana confessou ao Mestre os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo suas amarguras em face das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro. Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou: – Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Entre o sincero discípulo do Evangelho e os erros milenários do mundo, começa a travar-se o combate sem sangue da redenção espiritual. Agradece ao Pai o haver-te julgado digna do bom trabalho, desde agora. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. Leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Falas-me de teus receios e de tuas dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Além disso, não poderemos colher uvas nos abrolhos, mas podemos amanhar o solo que produziu cardos envenenados, a fim de cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida. Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima satisfação que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas, patenteando todo o seu estado dalma, interrogou: – Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios? Agindo assim, não estarei reformando o meu esposo para o céu e para o vosso reino? O Cristo sorriu serenamente e retrucou: – Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou aquele que ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da inconstância ou da indolência do espírito? Quanto à imposição das idéias – continuou Jesus, acentuando a importância de suas palavras -, por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos tiranos da Terra? Por que não fulmina com um raio o conquistador desalmado que espalha a miséria e a destruição, com as forças sinistras da guerra? A sabedoria celeste não extermina as paixões: transforma-as. Aquele que semeou o mundo de cadáveres desperta, às vezes, para Deus, apenas com uma lágrima. O Pai não impõe a reforma a seus filhos: esclarece-os no momento oportuno. Joana, o apostolado do Evangelho é o de colaboração com o céu, nos grandes princípios da redenção. Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. …No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho… CO 404 – Deve o médium sacrificar o cumprimento de suas obrigações no trabalho cotidiano e no ambiente sagrado da família, em favor da propaganda doutrinária? R: O médium somente deve dar aos serviços da Doutrina a cota de tempo de que possa dispor, entre os labores sagrados do pão de cada dia e o cumprimento dos seus elevados deveres familiares. A execução dessas obrigações é sagrada e urge não cair no declive das situações parasitárias, ou do fanatismo religioso. No trabalho da verdade, Jesus caminha antes de qualquer esforço humano e ninguém deve guardar a pretensão de converter alguém, quando nas tarefas do mundo há sempre oportunidade para o preciso conhecimento de si mesmo. Que médium algum se engane em tais perspectivas. Antes sofrer a incompreensão dos companheiros, que transigir com os princípios, caindo na irresponsabilidade ou nas penosas dívidas de consciência. LE – 302 A identidade necessária para a simpatia perfeita consiste na semelhança de pensamentos e de sentimentos ou, também, na uniformidade de conhecimentos adquiridos? R: Na igualdade dos graus de elevação. Ação e Reação – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 15 Anotações Oportunas: …Pela energia criadora do amor que assegura a estabilidade de todo o Universo, a alma, em se aperfeiçoando, busca sempre os prazeres mais nobres. Temos, assim, o prazer de ajudar, de descobrir, de purificar, de redimir, de iluminar, de estudar, de aprender, de elevar, de construir e toda uma infinidade de prazeres, condizentes com os mais santificantes estágios do Espírito. Encontramos, desse modo, almas que se amam profundamente, produzindo inestimáveis valores para o engrandecimento do mundo, sem jamais se tocarem umas nas outras, do ponto de vista fisiológico… Sem dúvida, o lar digno, santuário em que a vida se manifesta, na formação de corpos abençoados para a experiência da alma, é uma instituição venerável, sobre a qual se concentram as atenções da Providência Divina; entretanto, junto dele, dispomos igualmente das associações de seres que se aglutinam uns aos outros, nos sentimentos mais puros, em favor das obras da caridade e da educação. As faculdades do amor geram formas sublimes para a encarnação das almas na Terra, mas também criam os tesouros da arte, as riquezas da indústria, as maravilhas da Ciência, as fulgurações do progresso… E ninguém amealha os patrimônios da evolução a sós… Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 12 (2 Parte) Diferenciação dos Sexos: Não podemos esquecer, porém, que o trabalho evolutivo no aperfeiçoamento fisiológico das criaturas terrestres ainda não foi terminado, prosseguindo, como é natural, no espaço e no tempo. Quanto à perda dos característicos sexuais, estamos informados de que ocorrerá, espontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador. É imperioso reconhecer, contudo, que não podemos, ainda, em nossa posição evolutiva, formular qualquer pensamento concreto acerca da natureza e dos atributos dos Anjos, nem ajuizar quanto ao sistema de relações que cultivam entre si. ESE CAP 14 – ITEM 8. Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (LE – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec) (CO – O Consolador –Chico Xavier) (ESE – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec) 29/5/13 CELC – Flavio
E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Gênesis 2:21-24 – Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne. LE – 200 Os Espíritos têm sexos? R: Não como o entendeis, pois, os sexos dependem do organismo. Entre eles há amor e simpatia baseados na identidade de sentimentos. LE – 201 O Espírito que animou o corpo de um homem, em nova existência, pode animar o de uma mulher, e vice-versa? R: Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres. LE – 202 Quando se é Espírito, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher? R: Isso pouco importa ao Espírito; ele escolhe segundo as provas que deve suportar. Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexos. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens. LE – 264 O que dirige o Espírito na escolha das provas que quer suportar? R: Ele escolhe as que podem ser para ele uma expiação, segundo a natureza de suas faltas, e o faça avançar mais rapidamente. Alguns se impõem uma vida de misérias e privações para tentar suportá-la com coragem. Outros querem se experimentar nas tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e mau uso que delas se pode fazer, e pelas más paixões que desenvolvem. Outros, enfim, querem experimentar-se pelas lutas que devem sustentar ao contato do vício. LE – 686 A reprodução dos seres vivos é uma lei da Natureza? R: Isso é evidente; sem a reprodução o mundo corporal pereceria. LE – 700 A igualdade numérica que, mais ou menos, existe entre os sexos, é um índice de proporção segundo o qual eles devem estar unidos? R: Sim, porque tudo tem um fim na Natureza. Livro Vida e Sexo (Emmanuel) Cap. 3 – Namoro: Possíveis causas do namoro
- Inteligências que traçaram entre si a realização de empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual;
- Criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em estâncias passadas;
- Corações que se acumpliciaram em delinqüência passional noutras eras;
- Almas inesperadamente harmonizadas na complementação magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros, em todos os lugares da Terra.
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu. LE – 85 Na ordem das coisas, qual dos dois é o principal, o mundo dos Espíritos ou o mundo corpóreo? R: O mundo espírita; ele preexiste e sobrevive a tudo. ESE – CAP 04 ITEM 20. O temor de que a parentela aumente indefinidamente, em conseqüência da reencarnação, é de fundo egoístico: prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas. Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único? Mas, tranqüilizem-se os egoístas: não há fundamento para semelhante temor. Do fato de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título. Nosso Lar (André Luiz) Cap 20 – Noções de Lar: André em conversa com a Sra Laura, pergunta: Mas a organização doméstica, em “Nosso Lar”, é idêntica à da Terra? R: O lar terrestre é que, de há muito, se esforça por copiar nosso instituto doméstico; mas os cônjuges por lá, com raras exceções, estão ainda a mondar o terreno dos sentimentos, invadido pelas ervas amargosas da vaidade pessoal, e povoado de monstros do ciúme e do egoísmo. Na maioria, os casais terrestres passam as horas sagradas do dia vivendo a indiferença ou o egoísmo feroz. Quando o marido permanece calmo, a mulher parece desesperada; quando a esposa se cala, humilde, o companheiro tiraniza… Quando o Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas horas de serviço são contadas em dobro, o que lhe pode dar idéia da importância do serviço maternal no plano terreno. Entretanto, quando isso não acontece, tenho meus deveres diuturnos nos trabalhos de enfermagem, com a semana de quarenta e oito horas de tarefa, pois oito horas de atividade no interesse coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 8 (2 Parte) Matrimônio e Divórcio: Entretanto, se o matrimônio expiatório ocorre em núpcias secundinas, o cônjuge liberado da veste física, quando se ajuste à afeição nobre, freqüentemente se coloca a serviço da companheira ou do companheiro na retaguarda, no que exercita a compreensão e o amor puro. Quanto à reunião no Plano Espiritual, é razoável se mantenha aquela em que prevaleça a conjunção dos semelhantes, no grau mais elevado da escala de afinidades eletivas. Se os viúvos e as viúvas das núpcias efetuadas em grau menor de afinidade demonstram sadia condição de entendimento, são habitualmente conduzidos, depois da morte, ao convívio do casal restituído à comunhão, desfrutando posição análoga à dos filhos queridos junto dos pais terrenos, que por eles se submetem aos mais eloqüentes e multifários testemunhos de carinho e sacrifício pessoal para que atendam, dignamente, à articulação dos próprios destinos. Ninguém veja nisso inovação ou desrespeito ao sentimento alheio, porqüanto o lar terrestre enobrecido, se analisado sem preconceitos, permanece estruturado nessas mesmas bases essenciais, de vez que os pais humanos recebem, muitas vezes, no instituto doméstico, por filhos e filhas, aqueles mesmos laços do passado, com os quais atendem ao resgate de antigas contas… Livro Nosso Lar (André Luiz) Cap 38 – O Caso Tobias: Tobias, conversando com André Luiz personagem de nosso Lar explica que foi casado por duas vezes na terra, sendo a primeira esposa Hilda e a segunda Luciana e segue explicando: Há milhões de pessoas, nos círculos do planeta, em estado de segundas núpcias. Como resolver tão alta questão afetiva, considerando a espiritualidade eterna? Sabemos que a morte do corpo apenas transforma sem destruir. Os laços da alma prosseguem, através do Infinito. Como proceder? Condenar o homem ou a mulher que se casaram mais de uma vez? Encontraríamos, porém, milhões de criaturas nessas condições. – Mas, como solucionar aqui semelhante situação? – pergunta André Luiz. Tobias responde: os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar. Hilda sabendo que Tobias se casando com Luciana, passa a odiá-la e a obsidiar o casal, tentanto aniquilar Luciana, depois de certo tempo recebe no umbral a visita de sua avó que a esclerece e a leva para trabalhar em nosso lar, depois de certo tempo Hilda arrependida passa a enxegar em Luciana uma filha e a trabalhar pela harmonia do casal. Estando os três desencarnados, Tobias passa novamente a ser esposo de Hilda e recebem Luciana na posição de filha dentro do próprio lar. Para finalizar Tobias explica que Luciana está em pleno noivado espiritual. Seu nobre companheiro de muitas etapas terrenas precedeu-a há alguns anos, regressando ao círculo carnal. No ano próximo, ela seguirá igualmente ao seu encontro. Creio que o momento feliz será em São Paulo… André Luiz: pergunta, mas como se processa o casamento aqui? – Pela combinação vibratória – esclareceu Tobias, atencioso -, ou então, para ser mais explícito -, pela afinidade máxima ou completa… LE 290 – Os parentes e os amigos reúnem-se sempre depois da morte? R: Isso depende da sua elevação e do caminho que seguem para seu progresso. Se um deles está mais avançado e caminha mais depressa que outro, não poderão ficar juntos: poderão ver-se algumas vezes, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem marchar lado a lado ou quando tiverem alcançado a igualdade na perfeição. Assim, a privação de ver seus parentes e seus amigos é, algumas vezes, uma punição. Os Mensageiros (André Luiz) Cap 30 – Em palestra afetuosa: Voltávamo-nos em conversação para as belezas de “Nosso Lar”, quando Aldonina interveio, acrescentando: — Alguns membros de nossa família visitam a cidade de vocês, de tempos a tempos. Nossa irmã Isaura, que se casou em “Campo da paz” há três anos, lá reside em companhia do esposo que é funcionário dos Serviços de investigação do Ministério do Esclarecimento. Percebendo-nos a curiosidade, prosseguiu: — Morava ele conosco, mas, desde tempo, foi convocado a serviços por lá, indo, mais tarde, buscar a noiva. Vicente, que se mantinha em atitude séria, exclamou: — Tocamos num assunto que muito me tem despertado, desde que regressei aos círculos terrenos. Não tinha, no mundo, nenhuma idéia de que pudéssemos cogitar de uniões depois da morte do corpo. Quando assisti a festividades dessa natureza, em “Nosso Lar’ confesso que minha surpresa ralou pela estupefação. Cecília, vivaz, acentuou, sorrindo: se o casamento humano é um dos mais belos atos da existência na Terra, porque deixaria de existir aqui, onde a beleza é sempre mais quintessenciada e mais pura? E, além do mais, é imprescindível ponderar que não vivemos à revelia de leis sábias e justas. — E como são felizes os que se casam em nossos planos! Para possuirmos aqui essa ventura, é preciso ter amado na Terra, movimentando os mais nobres impulsos do espírito. — Continuem falando-nos da irmã que se mudou para “Nosso Lar”. Estimaria saber como se realizou o consórcio. Se você, Cecilia, está aguardando um prêmio de visita à nossa cidade, como se casou ela, transferindo-se para lá definitivamente? Cecilia sorriu e retrucou: — Isto é outro caso. Isaura não poderia correr atrás do noivo, porque estava em situação inferior à dele, mas Antônio, como superior, poderia descer a buscá-la. Mesmo assim Isaura foi aconselhada por seu superior a se preparar para ascender a regiões mais nobres ele a aconselhou que trabalhasse por seis anos consecutivos em campo da paz, o que ela cumpriu integralmente sem questionar. Nosso Lar (André Luiz) Cap 21 – Continuando a Palestra: André Luiz continua perguntando a Dona Laura: R: Como se encara o problema da propriedade na colônia? Esta casa, por exemplo, pertence-lhe? Ela sorriu e esclareceu: – Tal como se dá na Terra, a propriedade aqui é relativa. Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus hora, no fundo, é o nosso dinheiro. As construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria; cada família espiritual, porém, pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando trinta mil bônus-hora, o que se pode conseguir com algum tempo de serviço. Nossa morada foi conquistada pelo trabalho perseverante de meu esposo, que veio para a esfera espiritual muito antes de mim. E a Vida Continua – André Luiz / Chico Xavier – Cap 17 – Assuntos do Coração: Evelina pergunta ao instrutor Ribas: A união conjugal de duas criaturas que se amam, quando interrompida pela morte no mundo, pode ser reatada aqui? Ribas, expressivo: — Perfeitamente, se os cônjuges realmente se amam… E a Vida Continua – André Luiz / Chico Xavier – Cap 26 – E a Vida Continua: Ernesto Fantini e Evelina Serpa, após trabalharem arduamente pelo reajuste dos respectivos ex-companheiros terrenos e ajudarem no reencarne de ambos, recebem de Ribas e seus superiores, autorização para se casarem no plano espiritual, em função de estarem desvinculados de compromissos conjugais com outros espíritos. 4 DIVÓRCIO LE – 697 A indissolubilidade absoluta do casamento está na lei natural ou somente na lei humana? R: É uma lei humana muito contrária à lei natural. Mas os homens podem mudar suas leis: só as da Natureza são imutáveis. ESE CAP 22 – ITEM 5. O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina… Livro: Vida e Sexo / Autor: Emmanuel – Cap 8 – Divórcio: …Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas. É aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se operam burilamentos e reconciliações endereçados à precisa sublimação da alma… Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça. Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas. Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face dos empeços que se lhe desdobram à frente. Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através de menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação moral de que é vítima. Compelidos, muita vez, às últimas fronteiras da resistência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a sofrimento indébito, se valha do divórcio por medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes complicariam ainda mais o destino. Nesses lances da experiência, surge a separação à maneira de bênção necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o apoio moral da auto-aprovação para renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo ou não nova companhia para a jornada humana. Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em tempo algum, competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração ou expiação que rogaram antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim. é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas. O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica… Ação e Reação – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 14 Resgate interrompido: Conta o caso de Ildeu um homem de 35 anos casado com Marcela, que tinham 03 filhos, duas meninas que eram adoradas pelo pai e um menino, o qual o pai não o suportava. Ildeu envolvido por outra mulher decide matar Marcela, pois não suportava mais o casamento, quando decide por em prática o ato numa madrugada. Marcela pelo estava nesta existência sob os cuidados da “Mansão Paz” (Escola do plano espiritual localizada entre a Suíça e a Itália) a qual era filiada por laços espirituais de compromissos anteriores, onde pelo seu merecimento em função dos seus esforços como mãe dedicada e esposa abnegada, estava sob o amparo desta instituição, a qual designou 02 “guardas espirituais” 24hrs, para sua proteção contra o Marido. Nesta noite em que tentava colocar em prática o seu ato, uma de suas filhas acorda inspirada pelos referidos vigias e sai gritando para que o Pai não fizesse aquilo, no que Marcela acordando com a gritaria vê o marido com a arma em punho e inocentemente, acha que iria se suicidar e diz que preferiria que ele a abandonasse e fosse viver com a amante do que vê-lo morto. Após todo o ocorrido Silas (instrutor espiritual) esclarece: 1 – Ildeu aumentou os próprios débitos, pois é alto o preço cobrado pela deserção do resgate que lhe é próprio. 2 – Marcela receberia um amparo maior do plano espiritual para continuar sozinha a criação dos filhos, por não ter sido ela a desertora. 3 – O homem, ou a mulher, desse modo, podem provocar o divórcio e obtê-lo, como sendo o menor dos piores males que lhes possam acontecer… Ainda assim, não se liberam da dívida em que se acham incursos, cabendo-lhes voltar ao pagamento respectivo, tão logo seja oportuno. 4 – Marcela, é senhora de si e, com a deserção do esposo, é chamada a encargos duplos. Desejamos sinceramente que ela seja forte e se sobreponha às vicissitudes da existência, mas se resvalar para delituosos desequilíbrios, que lhe comprometam a estabilidade doméstica, na qual os filhos devem crescer para o bem, mais complicado e mais extenso se fará o débito de Ildeu, porqüanto as falhas que ela venha a cometer serão atenuadas pelo injustificável abandono em que a lançou o marido. Quem se faz responsável por nossas quedas, experimenta em si mesmo a ampliação dos próprios crimes. 5 – Caso Marcela e os filhos vençam os desafios que virão a enfrentar e conquistem suas evoluções a quem pagará Ildeu o montante das dívidas em que se agrava? Caso Marcela e os filhinhos se ergam, um dia, a plenos céus, e na hipótese de guardar-se nosso amigo mergulhado na Terra, vê-los-á Ildeu na própria consciência, sofredores como os deixou e pagará em serviço a outras almas da senda evolutiva o débito que lhe onera o Espírito. Isso quer dizer que, se Ildeu, mais tarde, desejar reunir-se a Marcela, Roberto, Sônia e Márcia, então redimidos nas Esferas Superiores, deverá possuir uma consciência tão dignificada e sublime quanto a deles, de modo a não se envergonhar de si mesmo, considerando-se a probabilidade de triunfo para a esposa e os filhinhos nas provas árduas que o porvir lhes reserva, pois quem se retarda por gosto não pode queixar-se de quem avança. “A cada um segundo as suas obras”, ensinou o Divino Orientador, e ninguém no Universo conseguirá fugir à Lei. Sexo e Destino (André Luiz / Chico Xavier) Cap 10 – 2º Parte …Em se reconhecendo que todos os matrimônios terrestres, entre as pessoas de evolução respeitável, se efetuam na base dos programas de trabalho, previamente estabelecidos, seja em questões de benefício geral ou de provas legítimas, o divórcio é dificultado, nas esferas superiores, por todos os meios lícitos; contudo, em muitos casos, é permitido ou prestigiado, sob pena de transformar-se a justiça em prepotência contra vitimas de crueldades sociais que a legislação na Terra, por enquanto, não consegue remediar, nem prever. Surgido o problema, o companheiro ou a companheira, responsável pela ruptura da confiança e da estabilidade da união conjugal, passa à condição de julgado… é induzida à generosidade e à benevolência, através De recursos que a Espiritualidade Superior consiga veicular… Em razão disso, alcançam a Pátria Espiritual, na condição de enobrecidos filhos de Deus, as grandes mulheres e os grandes homens, justificadamente considerados grandes, quando suportam, sem queixa, as infidelidades e as violências do parceiro ou da parceira de reduto doméstico, esquecendo incompreensões e ultrajes recebidos, por amor às tarefas que os Desígnios do Senhor lhes colocaram nos corações e nas mãos, seja no amparo moral à família consangüínea ou na sustentação das boas obras, Os que possuem semelhante comportamento dignificam todos os grupos espirituais a que se entrosam e venham dessa ou daquela religião, desse ou daquele clima do mundo, são acolhidos sob galardões de heróis verdadeiros, por haverem abraçado sem revolta os que lhes espancavam a alma, sem repelir-lhes a afeição e a presença. No entanto, os que patenteiam incapacidade de perdoar as afrontas, conquanto se lhes lastime a ausência de grandeza íntima, são igualmente amparados, no desejo de separação conjugal que revelem, adiando-se-lhes os débitos para resgates futuros e concedendo-se-lhes as modificações que requeiram. Chegados a esse ponto, o homem ou a mulher continuam recolhendo o apoio espiritual que lhes seja preciso, segundo o merecimento e a necessidade de cada um, atribuindo-se tanta liberdade e tanto respeito ao homem quanto à mulher, no que tange à renovação de companhia e caminho, com as responsabilidades naturais que lhes decorram das decisões. Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 8 (2 Parte) Matrimônio e Divórcio: …Quanto ao divórcio, segundo os nossos conhecimentos no Plano Espiritual, somos de parecer não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum… Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores …Entretanto, é imprescindível que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do casal, sabendo-se, porém, que os devedores de hoje voltarão amanhã ao acerto das próprias contas. Revista Reformador (outubro / 2010) – Terapeutas e Psicólogos, com bases em pesquisas bem orientadas, constataram que o casamento dura quando um admite que o outro tem qualidades e defeitos, hipótese em que é necessário aprender a renunciar e suportar as imperfeições do outro e que um dos momentos mais marcantes na relação duradoura é aquele em que, conscientemente ou não o casal abdica do mito do parceiro ideal. 5 Conclusão Lucas 8:1-3 E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele,
E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. Livro Boa Nova (Humberto de Campos / Chico Xavier) Cap. 15 Joana de Cusa – Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores. Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas, porque seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em perene contacto com os representantes do Império, repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranqüilidade fácil e rendosa. Joana confessou ao Mestre os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo suas amarguras em face das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro. Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou: – Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Entre o sincero discípulo do Evangelho e os erros milenários do mundo, começa a travar-se o combate sem sangue da redenção espiritual. Agradece ao Pai o haver-te julgado digna do bom trabalho, desde agora. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. Leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Falas-me de teus receios e de tuas dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Além disso, não poderemos colher uvas nos abrolhos, mas podemos amanhar o solo que produziu cardos envenenados, a fim de cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida. Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima satisfação que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas, patenteando todo o seu estado dalma, interrogou: – Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios? Agindo assim, não estarei reformando o meu esposo para o céu e para o vosso reino? O Cristo sorriu serenamente e retrucou: – Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou aquele que ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da inconstância ou da indolência do espírito? Quanto à imposição das idéias – continuou Jesus, acentuando a importância de suas palavras -, por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos tiranos da Terra? Por que não fulmina com um raio o conquistador desalmado que espalha a miséria e a destruição, com as forças sinistras da guerra? A sabedoria celeste não extermina as paixões: transforma-as. Aquele que semeou o mundo de cadáveres desperta, às vezes, para Deus, apenas com uma lágrima. O Pai não impõe a reforma a seus filhos: esclarece-os no momento oportuno. Joana, o apostolado do Evangelho é o de colaboração com o céu, nos grandes princípios da redenção. Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. …No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho… CO 404 – Deve o médium sacrificar o cumprimento de suas obrigações no trabalho cotidiano e no ambiente sagrado da família, em favor da propaganda doutrinária? R: O médium somente deve dar aos serviços da Doutrina a cota de tempo de que possa dispor, entre os labores sagrados do pão de cada dia e o cumprimento dos seus elevados deveres familiares. A execução dessas obrigações é sagrada e urge não cair no declive das situações parasitárias, ou do fanatismo religioso. No trabalho da verdade, Jesus caminha antes de qualquer esforço humano e ninguém deve guardar a pretensão de converter alguém, quando nas tarefas do mundo há sempre oportunidade para o preciso conhecimento de si mesmo. Que médium algum se engane em tais perspectivas. Antes sofrer a incompreensão dos companheiros, que transigir com os princípios, caindo na irresponsabilidade ou nas penosas dívidas de consciência. LE – 302 A identidade necessária para a simpatia perfeita consiste na semelhança de pensamentos e de sentimentos ou, também, na uniformidade de conhecimentos adquiridos? R: Na igualdade dos graus de elevação. Ação e Reação – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 15 Anotações Oportunas: …Pela energia criadora do amor que assegura a estabilidade de todo o Universo, a alma, em se aperfeiçoando, busca sempre os prazeres mais nobres. Temos, assim, o prazer de ajudar, de descobrir, de purificar, de redimir, de iluminar, de estudar, de aprender, de elevar, de construir e toda uma infinidade de prazeres, condizentes com os mais santificantes estágios do Espírito. Encontramos, desse modo, almas que se amam profundamente, produzindo inestimáveis valores para o engrandecimento do mundo, sem jamais se tocarem umas nas outras, do ponto de vista fisiológico… Sem dúvida, o lar digno, santuário em que a vida se manifesta, na formação de corpos abençoados para a experiência da alma, é uma instituição venerável, sobre a qual se concentram as atenções da Providência Divina; entretanto, junto dele, dispomos igualmente das associações de seres que se aglutinam uns aos outros, nos sentimentos mais puros, em favor das obras da caridade e da educação. As faculdades do amor geram formas sublimes para a encarnação das almas na Terra, mas também criam os tesouros da arte, as riquezas da indústria, as maravilhas da Ciência, as fulgurações do progresso… E ninguém amealha os patrimônios da evolução a sós… Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 12 (2 Parte) Diferenciação dos Sexos: Não podemos esquecer, porém, que o trabalho evolutivo no aperfeiçoamento fisiológico das criaturas terrestres ainda não foi terminado, prosseguindo, como é natural, no espaço e no tempo. Quanto à perda dos característicos sexuais, estamos informados de que ocorrerá, espontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador. É imperioso reconhecer, contudo, que não podemos, ainda, em nossa posição evolutiva, formular qualquer pensamento concreto acerca da natureza e dos atributos dos Anjos, nem ajuizar quanto ao sistema de relações que cultivam entre si. ESE CAP 14 – ITEM 8. Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (LE – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec) (CO – O Consolador –Chico Xavier) (ESE – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec) 29/5/13 CELC – Flavio