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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Reformador > Glândula pineal (Andre Luiz): antecipação de informações científicas

Glândula pineal (Andre Luiz): antecipação de informações científicas

celcArtigos da Revista Reformador7 de setembro de 2015 Leave a comment0

André Luiz e a glândula pineal: antecipação de informações científicas

Jorge Cecílio Daher Júnior

Revista Reformador 09/2015

Numerosas crenças e culturas descrevem a importância da glândula pineal e seu papel como mediadora da consciência. Místicos, filósofos, pensadores, figuras religiosas, tanto do Oriente quanto do Ocidente, associaram a pineal à capacidade de transcendência. Descartes considerou-a a porta da alma (SMITH, 1998), outros enxergaram a pineal como o local onde se escondia a “pedra da loucura” (CARDINALI, 2014).

O Espiritismo abordou o papel da glândula pineal através de livros escritos por Francisco Cândido Xavier, notadamente Missionários da luz, publicado em 1945 (XAVIER, 2015).

Tratando da glândula pineal, também chamada epífise, André Luiz antecipou-se a algumas descobertas científicas, em período que variou de poucos anos a algumas décadas.

Assim, o objetivo deste texto é relatar as informações de André Luiz, as quais podemos certamente considerar como antecipações de achados científicos. O autor espiritual utilizou em seus relatos linguagem coloquial, sem qualquer pretensão dos recursos da linguagem científica, todavia, fez descrições sobre a pineal com a segurança de quem tem pleno conhecimento e não como quem faz especulações. Em apenas dois capítulos trouxe volume impressionante de informações sobre a pineal e seu hormônio, em número superior ao  escrito pela ciência da época (www.pubmed.org,2015).

Descrição do hormônio da pineal

De acordo com André Luiz, a pineal “segrega hormônios psiquícos”. Esse conhecimento, em 1945, era uma especulação científica. A melatonina, hor mônio da pineal, somente foi isolada em 1958, por Lerner e colaboradores. (LERNER et al., 1958.)

Saúde mental

André Luiz trata a pineal como a glândula da vida mental. Citado por André Luiz, Alexandre descreve a atividade e função da pineal sobre a vida mental com as seguintes palavras:

– Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições – prosseguiu ele. – É a glândula da vida mental. (XAVIER, 2015.)

Os conhecimentos científicos atuais relacionam atividade da pineal com estados de humor e a utilização da melatonina como tratamento da depressão, bem como a prevenção do mal de Alzheimer tem sido objeto de pesquisas ((KALMAN e KALMAN, 2009; QUERA SALVA et al., 2011; QUERA SALVA e HARTLEY, 2012; COMAI e GOBBI, 2013; DE BERARDIS et al., 2013; WU et al., 2013).

Pineal e função endócrina

Relata André Luiz, ainda em Missionários da luz (ibid.) que “a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino”.

As evidências científicas sugerem que a glândula pineal exerce papel de integradora do sistema neuroendócrino (hormônios e neuropeptídeos que atuam no cérebro) (CARDINALI et al., 1979).

Pineal e consciência

André Luiz descreve a consciência do ser encarnado como a manifestação resultante da interação entre Espírito e cérebro, mediada pelo perispírito, ou corpo espiritual, conforme compreendemos com a leitura do livro No mundo maior, publicado em 1948 (XAVIER, 2013).

Nesta obra, o cérebro é descrito como a interação de três compartimentos distintos, representados pelo cérebro inicial, cérebro motor e lobos frontais. A consciência e o fluxo da consciência se manifestam utilizando os recursos cerebrais das três áreas.

Uma interface entre a mente e o cérebro aparece como proposta sustentada por Eccles (1995) que considera o cérebro estrutura capaz de fazer a ligação entre a consciência (chamada pelo autor de mente autoconsciente) e a realidade exterior, ou mundo físico.

Em Evolução em dois mundos, publicado em 1958, a relação entre pineal e consciência é descrita pelo autor com função de […] tradução e seleção dos estados mentais diversos, nos mecanismos da reflexão e do pensamento, da meditação e do discernimento […]. (XAVIER, 2014.)

Estudos sobre meditação, que utilizaram a técnica de Ressonância Magnética Funcional (fRMI) para pesquisar possível papel da glândula pineal, evidenciaram atividade glandular durante a meditação (LIOU et al., 2005, 2006, 2007, 2010), confirmando uma das funções antecipadas por André Luiz em Evolução em dois mundos.

As outras funções relacionando pineal e consciência parecem encontrar ressonância no conhecimento do papel da ordenação temporal sobre a memória, que é uma das atribuições importantes da consciência. Armazenamos as recordações de forma ordenada temporalmente e a região cerebral conhecida como hipocampo, que envolve diversas estruturas interligadas, é ativada toda vez que fazemos evocação da memória. A pineal, através de seu hormônio melatonina, tem papel fundamental na ordenação temporal dos fatos e ocorre ativação da glândula toda vez em que há evocação de memória (GORFINE e ZISAPEL, 2007).

Conclusão

André Luiz antecipou-se à Ciência trazendo informações sobre a glândula pineal. Não temos elementos para considerá-lo um “revelador” da Ciência, entretanto, as informações trazidas pelo Espírito, através de Chico Xavier, somente puderam ser avaliadas (e confirmadas) mais de quatro décadas após a publicação de Missionários da luz.

REFERÊNCIAS:

CARDINALI, D. P. Cincuenta años con la piedra de la locura: apuntes autobiográficos de un científico argentino. 2014.

CARDINALI, D. P. et al. [Neurohumoral control of the pineal gland. A model for the study of neuroendocrine integrative processes]. Acta Physiologica Latino Americana, ARGENTINA, v. 29, n. 6, p. 291-304, 1979. ISSN 0001-6764. Disponível em: <http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=mdc&AN=45453&lang=pt-br&site=ehost-live>.

COMAI, S.; GOBBI, G. Unveiling the role of melatonin MT receptors in sleep, anxiety and other neuropsychiatric diseases: a novel target in psychopharmacology. J Psychiatry Neurosci, v. 38, n. 5, p. 130009, Aug 27 2013. ISSN 1488-2434 (Electronic) 1180-4882 (Linking).

DE BERARDIS, D. et al. The melatonergic system in mood and anxiety disorders and the role of agomelatine: implications for clinical practice. Int J Mol Sci, v. 14, n. 6, p. 12458-83, 2013. ISSN 1422-0067 (Electronic) 1422-0067 (Linking).

ECCLES, J. C. A evolução do cérebro. Lisboa: Instituto Piaget: 1995. 424 ISBN 9789729295928.

GORFINE, T.; ZISAPEL, N. Melatonin and the human hippocampus, a time dependent interplay. J Pineal Res, v. 43, n. 1, p. 80-6, Aug 2007. ISSN 0742- 3098 (Print) 0742-3098 (Linking).

KALMAN, J.; KALMAN, S. [Depression as chronobiological illness]. Neuropsychopharmacol Hung, v. 11, n. 2, p. 69- -81, Jun 2009. ISSN 1419-8711 (Print) 1419-8711 (Linking).

LERNER, A. et al. Isolation of melatonin, the pineal gland factor that lightens melanocytes. Journal of the American Chemical Society, v. 80, n. 10, p. 2587-2587, 1958. ISSN 0002-7863.

LIOU C. H. et al. Correlation between pineal activation and religious meditation observed by functional magnetic resonance imaging. Nature Precedings, 2007.

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