A Paciência
A PACIÊNCIA
“Vinde a mim, vós todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” ( Mateus 11:28) LE 625 Jesus é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para servir de guia e modelo.
E.S.E CAP. 9:7
A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais quando sofrerdes, pelo contrário, bendizei a Deus todo poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.
Sede paciente, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e conseqüentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.
A vida é difícil mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos…. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra. Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinham de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, paciente, sede cristãos: esta palavra resume tudo .
E.S.E Cap.6:4 … Mas como se achar feliz por sofrer, se não se sabe por que se sofre?
O Espiritismo mostra a causa nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem sofre as conseqüências do seu passado. Ele mostra o objetivo, no qual os sofrimentos são como crises salutares que levam à cura, e é a purificação que garante a felicidade nas existências futuras.
E.S.E Cap.3:4 ( Destinação da Terra ) ( 5 categorias )
….mundos primitivos, mundos de expiação e de provas, mundos regeneradores, mundos felizes, mundos celestes ou divinos… A Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e de provas e por isso o homem é alvo de tantas misérias.
E.S.E Cap.3:7
…. Num hospital vêem-se somente doentes ou estropiados; numa prisão, vêem-se todas as torpezas e todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes é pálida, fraca e enferma. Pois bem: que se considere a Terra como sendo um subúrbio, um hospital, uma penitenciária, uma região doentia, pois ela é ao mesmo tempo tudo isso, e então se compreenderá por que as aflições superam as alegrias.
Como poderemos habitar um mundo de regeneração sem adquirirmos a necessária paciência? Impossível imaginar um mundo de regeneração habitado por seres impacientes. Porque da impaciência nasce a ansiedade, que tantas vezes gera intolerância, que gera irritação e, a essas alturas, já estamos de novo na etapa de provas e expiações.
O CONSOLADOR 254 – Que é paciência e como adquiri-la?
A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação. Esse amor é a expressão fraternal que considera todas as criaturas como irmãos, em quaisquer circunstâncias,……É com a iluminação espiritual do nosso íntimo que adquirimos esses valores sagrados da tolerância esclarecida. E, para que nos edifiquemos nessa claridade divina, faz-se mister educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas, quais sejam as de abandonarmos o esforço próprio, de adotarmos a indiferença e de nos queixarmos das forças exteriores, quando o mal reside em nós mesmos.
Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos,……..
O adágio popular considera que “o hábito faz a segunda natureza” e nós devemos aprender que a disciplina antecede a espontaneidade.
O CONSOLADOR 253 – A virtude é concessão de Deus, ou é aquisição da criatura?
– A dor, a luta e a experiência constituem uma oportunidade sagrada concedida por Deus às suas criaturas, em todos os tempos? todavia, a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio.
(Redação Momento Espírita)
É comum ouvir-se dizer que alguém perdeu a paciência, sendo a paciência uma virtude parece estranha a idéia de que possa ser perdida.
Virtudes são conquistas do espírito que as incorpora em seu modo de ser.
É possível perder-se apenas o que se possui, mas não o que se é. Se uma característica nobre foi assimilada por alguém,ela não pode ser perdida Assim, quando alguém afirma que perdeu a paciência é porque nunca chegou a ser verdadeiramente paciente.
O teste para nossa fibra moral é suportar com serenidade grandes contrariedades ou provocações.
E.S.E – A LEI DE AMOR Cap.11:8
Na sua origem, o homem possui instintos; mais avançado e corrompido, possui sensações; mais instruído e purificado, possui sentimentos.
Paulo aos Coríntios, cap. 13: 4-7
A caridade é paciente, é doce e benigna; a caridade não é invejosa, não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho, não é desdenhosa; não procura seus próprios interesses; não se vangloria e não se irrita com nada; não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, e sim com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera e tudo sofre.
EX. “O CONFERENCISTA ATRIBULADO“
Aquela manha ensolarada de domingo, Gustavo Torres, em seu gabinete de estudo, alinhava preciosos conceitos sobre a arte de ajudar.
Espiritualista conciso, acreditava que a luta na terra era abençoada escola de formação de caráter e, por isso, atendendo às exigências do próprio ideal, enfileirava, tranqüilo, frase primorosas para o comentário evangélico que pretendia movimentar na noite seguinte.
Depois de renovadora prece, começou a escrever, sentidamente:
– O próximo, de qualquer procedência, é nosso irmão, credor de nosso melhor caminho.
– O caluniador é um teste de paciência.
– se alguém aparece, como instrumento de aflição em tua casa, não fujas
ao exercício da tolerância. – A calma tonifica o espírito. . . Nesse momento, a velha criada veio o trazer o chocolate, sobre o qual, sem que ela percebesse, pousara pequena mosca, encontrando a morte. Torres notou o corpo estranho, e, repentinamente indignado, bradou para a servidora: – Como se atreve a semelhante desconsideração? Acredita que eu deva engolir um mosquito deste tamanho? Impressionada com o golpe que o patrão vibrara na bandeja, a pobre mulher implorou: – Desculpe-me, senhor! A enfermidade ensombra os olhos. . . – Se é assim – falou áspero – fique sabendo que não preciso de empregados inúteis…
O conferencista da arte de julgar ainda não dera o incidente por terminado, quando o recinto foi invadido pelo estrondo de um desmoronamento. O condutor de um caminhão, num lance infeliz, arrojara a maquina sobre um dos muros da sua residência. O dono da casa desceu para a via publica, como se fora atingido por um raio.
Abeirou-se do motorista mal trajado e gritou, colérico. – Criminoso! Que fizeste? – Senhor – rogou o misero -, perdoe-me o desastre. Pagarei as despesas de reconstrução. Tenho a cabeça tonta com a moléstia de meu filhinho, que agoniza, há muitos dias . . . – Desgraçado! O problema é seu, mas o meu caso será entregá-lo a policia.
E quando Torres, possesso, usava o telefone, discando para o delegado de plantão, esmagando as plantação de cravos que lhe exigira imenso trabalho na véspera. Exasperado, avançou para as crianças ameaçando: – Vagabundos! Larápios! Rua, rua! . . . Fora daqui!. . . Fora daqui!. . . Dai instantes, policiais atenciosos cercavam-lhe o domicilio e Torres regressou ao gabinete, qual se estivesse acordando de um pesadelo. . . Da mesa, destacava-se minúsculo cartaz, em que releu o formoso dístico ai grafado por ele mesmo:
– “Quando Jesus domina o coração, a vida esta em paz. “ Atribulado, sentou-se. Deteve-se novamente, na frase preciosa que escrevera, reconheceu quão é fácil é ensinar com as palavras e qual difícil é instruir com os exemplos, e, envergonhado, passou a refletir. . . Irmão X – IDÉIAS E ILUSTRAÇÕES L.E 264. Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer? “Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem? outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos, pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem? muitos, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contacto com o vício.” ESE Cap.16:8 …A pobreza é para uns a prova da paciência e resignação: a riqueza é para outros a prova da caridade e abnegação.( ex. Condessa Paula Céu e Inferno) OBRAS PÓSTUMAS – pg. 216. INDIVIDUO, MEMBRO DE FAMÍLIA E CIDADÃO Em todo homem há três caracteres: o do indivíduo, do ser em si mesmo: o de membro de família, e, enfim, o de cidadão; sob cada uma dessas três faces pode ser criminoso ou virtuoso, quer dizer, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo que criminoso como cidadão, e reciprocamente; daí as situações especiais que lhe são dadas em suas existências sucessivas. Salvo exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que têm uma tarefa comum reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado o objetivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita. Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provas que não resultam de atos da vida presente, porque já vos foi dito que é a quitação de dívidas do passado; por que não ocorreria o mesmo com as provas coletivas? Dissestes que as infelicidades gerais atingem o inocente como o culpado; mas sabeis que o inocente de hoje pode ter sido o culpado de ontem? Que tenha sido atingido individualmente ou coletivamente, é que o mereceu. E, depois, como dissemos, há faltas do indivíduo e do cidadão; a expiação de umas não livra da expiação das outras, porque é necessário que toda dívida seja paga até o último centavo. As virtudes da vida privada não são as da vida pública; um, que é excelente cidadão, pode ser muito mau pai de família, e outro, que é bom pai de família, honesto em seus negócios, pode ser um mau cidadão, ter soprado o fogo da discórdia, oprimido o fraco, manchado as mãos em crimes de lesa-sociedade. São essas faltas coletivas que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de talião, ou ter a ocasião de repararem o mal que fizeram, provando o seu devotamento à coisa pública, socorrendo e assistindo aqueles que outrora maltrataram. O que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, sem a preexistência da alma, se torna claro e lógico pelo conhecimento dessa lei. A solidariedade, que é o verdadeiro laço social, não está, pois, só para o presente; ela se estende no passado e no futuro, uma vez que as mesmas individualidades se encontraram, se reencontram e se encontrarão para subirem juntas a escala do progresso, prestando-se concurso mútuo. Eis o que o Espiritismo faz compreender pela equitativa lei da reencarnação e a continuidade das relações entre os mesmos seres. EX: TRAGEDIA DO CIRCO Naquela noite, da época recuada de 177, o “concilium” de Lião regurgitava de povo. Não se tratava de nenhuma das assembléias tradicionais da Gália, junto ao altar do Imperador, e sim de compacto ajuntamento. Marco Aurélio reinava, piedoso, e, embora não houvesse lavrado qualquer rescrito em prejuízo maior dos cristãos, permitira se aplicassem na cidade, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles. A matança, por isso, perdurava, terrível. Ninguém examinava necessidades ou condições. Mulheres e crianças, velhos e doentes, tanto quanto homens válidos e personalidades prestigiosas, que se declarassem fiéis ao Nazareno, eram detidos, torturados e eliminados sumariamente. Através do espesso casario, a montante da confluência do Ródano e do Saône, multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo, levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena. As pessoas representativas do mundo lionês eram sacrificadas no lar ou barbaramente espancadas no campo, enviando-se os desfavorecidos da fortuna, inclusive grande massa de escravos, ao regozijo público. As feras pareciam agora entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguissedentas. Em razão disso, inventavam-se tormentos novos. Verdugos inconscientes ideavam estranhos suplícios. Senhoras cultas e meninas ingênuas eram desrespeitadas antes que lhes decepassem a cabeça, anciães indefesos viam-se chicoteados até a morte. Meninos apartados do reduto familiar eram vendidos a mercadores em trânsito, para servirem de alimárias domésticas em províncias distantes, e nobres senhores tombavam assassinados nas próprias vinhas. Mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas. … Naquela noite, a que acima nos referimos, anunciou-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do Imperador por se haver distinguido contra a usurpação do general Avídio Cássio, e que se inclinava agora a merecido repouso. Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter. Por esse motivo, enquanto lá fora se acotovelavam gladiadores e jograis, o patrício Álcio Plancus, que se dizia descendente do fundador da cidade, presidia a reunião, a pedido do Propretor, programando os festejos. – Além das saudações, diante dos carros que chegarão de Viena – dizia, algo tocado pelo vinho abundante –, é preciso que o circo nos dê alguma cena de exceção… O lutador Setímio poderia arregimentar os melhores homens; contudo, não bastaria renovar o quadro de atletas… – A equipe de dançarinas nunca esteve melhor – aventou Caio Marcelino, antigo legionário da Bretanha que se enriquecera no saque. – Sim, sim… – concordou Álcio – instruiremos Musônia para que os bailados permaneçam à altura… – Providenciaremos um encontro de auroques – lembrou Pérsio Níger. – Auroques! Auroques!… – clamou a turba em aprovação. – Excelente lembrança! – falou Plancus em voz mais alta – mas, em consideração ao visitante, é imperioso acrescentar alguma novidade que Roma não conheça… Um grito horrível nasceu da assembléia: – Cristãos às feras! cristãos às feras! Asserenado o vozerio, tornou o chefe do conselho: – Isso não constitui novidade! E há desfavoráveis. Os leões recém-chegados da África estão preguiçosos… Sorriu com malícia e chasqueou: – Claro que surpreenderam, nos últimos dias, tentações e viandas que o próprio Lúculo jamais encontrou no conforto de sua casa… Depois das gargalhadas gerais, Álcio continuou, irônico: – Ouvi, porém, alguns companheiros, ainda hoje, e apresentaremos um plano que espero resulte certo. Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristãs, guardando-as nos cárceres… E, amanhã, coroando as homenagens, ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas festivamente em público, incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos jogos… Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão muitos lances inéditos… – Muito bem! Muito bem! – rugiu a multidão, de ponta a ponta do átrio. – Urge o tempo – gritou Plancus – e precisamos do concurso de todos… Não possuímos guardas suficientes… E erguendo ainda mais o tom de voz: – Levante a mão direita quem esteja disposto a cooperar. Centenas de circunstantes, incluindo mulheres robustas, mostraram destra ao alto, aplaudindo em delírio. Encorajado pelo entusiasmo geral, e desejando distribuir a tarefa com todos os voluntários, o dirigente da noite enunciou, sarcástico e inflexível: – Cada um de nós traga um… Essas pragas jazem escondidas por toda a parte… Caçá-las e exterminá-las é o serviço da hora… Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subseqüente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria. Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento… Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo. Irmão X Fonte: XAVIER, Francisco C. Cartas e Crônicas. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002, cap. 6, p. 29-33. O CONSOLADOR 125 – Reconhecendo que os nossos amigos do plano espiritual estão sempre ao nosso lado, em todos os trabalhos e dificuldades, quais os maiores obstáculos que a sua bondade encontra em nós, para que recebamos o seu socorro indireto, afetuoso e eficiente? – Os maiores obstáculos psíquicos, antepostos pelo homem terrestre aos seus amigos e mentores da espiritualidade, são oriundos da ausência de humildade sincera nos corações, para o exame da própria situação de egoísmo, rebeldia e necessidade de sofrimento LIVRO DOS ESPÍRITOS 491 – Qual a missão do Espírito protetor? “A de um pai com relação aos filhos? a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.” Observação: O otimismo, a paciência e a ausência de irritação são também características obrigatórias dos espíritos protetores, a quem chamamos de anjos da guarda… Como imaginar um protetor impaciente? Um protetor que se irrite com o seu protegido por este demorar a aprender ou a cada pequena bobagem que ele cometa? Consolador 390 (ninguém vale na terra senão pela expressão de misericórdia divina que o acompanha) LE – 459 Os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A esse respeito sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem. (os maus influem pela distração e irritação) VELHO TESTAMENTO – ECLESIASTES CAP. 3 1 Tudo tem o seu tempo determinado,… 2 há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar 3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de edificar; 4 tempo de chorar e tempo de rir; … 5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar … 6 tempo de buscar e tempo de perder … 7 … tempo de estar calado e tempo de falar; 8 tempo de guerra e tempo de paz EX: “TUDO PASSARÁ” Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: ‘ISSO TAMBÉM PASSA’. Aí perguntaram para ele o porquê disso. E ele sem titubear disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos ruins, que eles iriam embora. Que iriam passar. E que ele teria que passar por aquilo por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis também viriam novamente. E é exatamente disso que a vida é feita: MOMENTOS. Momentos os quais temos que passar sendo eles bom ou não, para o nosso próprio aprendizado. “NADA É POR ACASO”. Absolutamente nada. Por isso, temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da melhor forma possível. VELHO TESTAMENTO – ECLESIÁSTICO Cap. 2; v.1- 6 Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; Humilha teu coração espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; Na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, E os homens agradáveis a Deus, pelo caminho da humilhação. 2ªCARTA CORINTIOS 12:7 “Para que eu não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, foi-me dada uma doença dolorosa como se fosse um espinho na carne”. O CONSOLADOR 381: Muita gente procura o Espiritismo, queixando-se de perseguições do Invisível. Os que reclamam contra essas perturbações estão, de algum modo, abandonados de seus guias espirituais? A proteção da Providência Divina estende-a a todas as criaturas. A perseguição de entidades sofredoras e perturbadas justifica-se no quadro das provações redentoras, mas os que reclamam contra o assédio das forças inferiores dos planos adstritos ao orbe terrestre devem consultar o próprio coração antes de formularem as suas queixas, de modo a observar se o Espírito perturbador não está neles mesmos. Há obsessores terríveis do homem, denominados “orgulho”, “vaidade”, “preguiça”, “avareza”, “ignorância” ou “má-vontade”, e convém examinar se não se é vítima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de trabalho, fé, esforço e boa-vontade. LM 245 ….Os motivos da obsessão variam segundo o caráter dos Espíritos…como sofre, quer fazer os outros sofrerem, se comprazem em atormenta-los…além disso a impaciência que se demonstra os excita, porque é o seu objetivo, ao passo que desiste pela paciência……tenho necessidade muito grande de atormentar alguém;uma pessoa razoável me repeliria, eu me ligo a um idiota que não me opõe nenhuma virtude. LIVRO CELEIRO DE BENÇÃOS / Joanna de Angelis/ Divaldo P. Franco. “A paciência é de relevante importância para os cometimentos expressivos a que te propões. Sem ela, a irritação comanda os feixes nervosos, e de desequilíbrios imprevisíveis que irrompem na máquina física, comprometendo toda e qualquer realização.
Todo homem pode e deve cultivar a paciência. Diante das enfermidades , através de contínuos esforços consegue resignação ante a dor, que é uma das mais expressivas manifestações da paciência. Mediante exercícios regulares de reflexão e contenção dos impulsos da personalidade inferior, plasmarás condicionamentos íntimos, que imprimem calma e equilíbrio, culminando em harmonia interior, geradora da paciência. Não te deixes amargar pela revolta interior ou esmagar pela irritabilidade. Recorre à paciência, sempre e em qualquer situação, e ela te ajudará a servir, amar e aguardar amanhã o que hoje se te afigura improvável ou irreversível…
A paciência é, também, irmã da fé, porquanto, todo aquele que crê, espera e confia tranqüilamente. Não adianta ficar pensando “ah, depois que eu morrer, tudo vai mudar”. Ninguém muda depois de desencarnar. Só muda a vibração, a personalidade continua a mesma. Se eu não tenho paciência nesta vida como irei adquiri-la, da noite para o dia, no mundo espiritual? É nosso dever aproveitar cada pequena oportunidade que a vida nos oferece para fortalecer a nossa capacidade de tolerância. A fila do banco, o trânsito, parentela, a sala de espera do consultório médico etc. Convite à paciência é também o dinheiro que não dá para comprar tudo o que gostaríamos… Ao invés de nos irritarmos, devemos pensar: “que bom, estou tendo hoje mais uma oportunidade de exercitar a minha paciência”. Mesmo porque, a ciência já comprova, a cólera faz mal à saúde. ( A irritação demora de 5 a 6 horas para sair do organismo) EX: “O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA” Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido. Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar. Trataram de todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião… Assim que iniciou o jantar, como entrada, foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito. A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa. Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o. Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a copeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha. Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação. Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?… Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa. Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!… Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos… Todos pensaram que ele iria brigar… Suspense e silêncio total… Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!… Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura. Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente. O protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas. Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça. Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão. Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério. Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante. A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena a si mesma. E.S.E Cap. 9: 6 … Quem consegue se sentir bem depois de uma crise de cólera? Se nesses momentos pudesse o homem observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima”. O CONSOLADOR 181 – Como entender o sentimento da cólera nos trâmites da vida humana? – A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras. OS MENSAGEIROS – ANDRÉ LUIZ cap.44 pg 271 e 272 … Narcisa dizia ”André meu amigo, nunca te negues quanto possível, a auxiliar os que sofrem. Ao pé dos enfermos, não olvides que o melhor remédio é a renovação da esperança: se encontrares os falidos e os derrotados da sorte, fala-lhes do divino ensejo do futuro; se fores procurado, algum dia,pelos espíritos desviados e criminosos, não profiras palavras de maldição. Anima, eleva, educa, desperta, sem ferir os que ainda dormem. Deus opera maravilhas por intermédio do trabalho de boa vontade. ENCONTRO MARCADO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – EMMANUEL Quantos perderam as melhores oportunidades da reencarnação, unicamente por se haverem abraçado com o desespero! A impaciência é comparável à força negativa que, muitas vezes, inclina o enfermo para a morte, justamente no dia em que o organismo entra em recuperação para a cura. Não queremos dizer que será mais justo que te acomodes à inércia. Desejamos asseverar que impaciência é precipitação e precipitação redunda em violência. A casa nasce dos alicerces, mas, para completar-se, pede atividades e esforços de acabamento. Não te irrites. ALMAS EM DESFILE – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas… Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges……Então terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma. Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir. RUMO CERTO – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – EMMANUEL Nas horas que nos conscientizamos, acerca dos erros que nos sejam próprios, acalmemo-nos para pensar, ao invés de lastimar-nos sem proveito. Devemos examinar-nos com paciência e coragem que nos induzam a melhoria. Reconheçamos com sinceridade os obstáculos, mutilações morais, conflitos e deficiências que ainda nos caracterizam o modo de ser o que comumente nos fazem cair no chão do arrependimento. (falar sem pensar,ofender) Paulo I Corintios 11:28 Examine-se o homem a si mesmo. Entretanto, não nos permitamos permanecer estirados em angústia vazia e, sim, compreendendo os tesouros do tempo de que a Divina Providência nos enriqueceu, procuremos reerguer-nos, trabalhar, corrigir-nos e burilar-nos, tantas vezes quantas se nos façam necessárias, porque a impaciência, de qualquer modo, de nada nos serve e nem ajuda a ninguém. (sentimento de culpa) EX : PACIÊNCIA TEM RECOMPENSA No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem. Ela disse: Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador. Respondeu o homem – Um bonito garoto – e completou: – Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha. Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha. – Melissa, o que você acha de irmos? Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos! O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração. Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha: – Hora de irmos, agora? Mas, outra vez Melissa pediu: – Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos! O homem sorriu e disse: – Está certo! – O senhor é certamente um pai muito paciente – comentou a mulher ao seu lado. O homem sorriu e disse: – O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar… Em tudo na vida estabelecemos prioridades. Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável! “Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos.” (Provérbio Turco) JESUS NO LAR – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – NÉIO LÚCIO Naquela noite, Simão Pedro trazia à conversação o espírito ralado por extremo desgosto. Agastara-se com parentes descriteriosos e rudes. Velho tio acusara-o de dilapidador dos bens da família e um primo ameaçara esbofeteá-lo na via pública. Guardava, por isso, o semblante carregado e austero. Quando o Mestre leu algumas frases dos Sagrados Escritos, o pescador desabafou. Descreveu o conflito com a parentela e Jesus o ouviu em silêncio. Ao término do longo relatório afetivo, indagou o Senhor: E que fizeste, Simão, ante as arremetidas dos familiares incompreensivos? Sem dúvida, reagi como devia! — respondeu o apóstolo, veemente. – Coloquei cada um no lugar próprio. Anunciei, as más qualidades de que são portadores. Meu tio é raro exemplar de sovinice e meu primo é mentiroso contumaz. Provei, perante numerosa assistência, que ambos são hipócritas, e não me arrependi do que fiz. O Mestre refletiu por minutos longos e falou, compassivo: Pedro, que faz um carpinteiro na construção de uma casa? Naturalmente, trabalha — redargüiu o interpelado, irritadiço. Com quê? — tornou o Amigo Celeste, bem-humorado. Usando ferramentas. Após a resposta breve de Simão, o Cristo continuou: As pessoas com as quais nascemos e vivemos na Terra são os primeiros e mais importantes instrumentos que recebemos do Pai, para a edificação do Reino do Céu em nós mesmos. Quando falhamos no aproveitamento deles, que constituem elementos de nossa melhoria, é quase impossível triunfar com recursos alheios, porque o Pai nos concede os problemas da vida, de acordo com a nossa capacidade de lhes dar solução. A ave é obrigada a fazer o ninho, mas não se lhe reclama outro serviço. A ovelha dará lã ao pastor; no entanto, ninguém lhe exige o agasalho pronto. Ao homem foram concedidas outras tarefas, quais sejam as do amor e da humildade, na ação inteligente e constante para o bem comum, a fim de que a paz e a felicidade não sejam mitos na Terra. Os parentes próximos, na maioria das vezes, são o martelo ou o serrote que podemos utilizar a benefício da construção do templo vivo e sublime, por intermédio do qual o Céu se manifestará em nossa alma. Enquanto o marceneiro usa as suas ferramentas, por fora, cabe-nos aproveitar as nossas, por dentro. Em todas as ocasiões, o ignorante representa para nós um campo de benemerência espiritual; o mau é desafio que nos põe a bondade à prova; o ingrato é um meio de exercitarmos o perdão; o doente é uma lição à nossa capacidade de socorrer. Aquele que bem se conduz, em nome do Pai, junto de familiares endurecidos ou indiferentes, prepara-se com rapidez para a glória do serviço à Humanidade, porque, se a paciência aprimora a vida, o tempo tudo transforma.: Se não ajudamos ao necessitado de perto, como auxiliaremos os aflitos, de longe? Se não amamos o irmão que respira conosco os mesmos ares, como nos consagraremos ao Pai que se encontra no Céu? ALGUNS SEGUNDOS – WALDO VIEIRA O caminheiro solitário seguia, com fome, à margem do rio. Nervoso e impaciente, ia censurando a tudo e a todos, por achar-se em penúria. Caminhava devagar, quando viu algo na estrada chamando-lhe a atenção. Uma cédula! Abaixou-se e colheu o achado. Uma nota de mil cruzeiros, enrolada e manchada.. Contudo, para surpresa sua, era. somente a metade da cédula, que, apesar de nova, fora inexplicavelmente cortada. Ainda mais irritado, amarfanhou o papel e atirou-o à correnteza do rio, blasfemando. Deu mais alguns passos à frente, quando surpreendeu outro fragmento de papel no solo. Inclinou-se, de novo, e apanhou-o. Era a outra metade da cédula que, enervado e contrafeito, havia projetado nas águas. O vento separara as duas partes; ele, porém, não tivera a paciência de esperar alguns segundos, apenas… Há sempre socorro às nossas necessidades. No entanto, até para receber o auxílio da Divina Bondade, ninguém prescinde da calma e da paciência. PERDÃO E AUTOPERDÃO – JOANNA DE ÂNGELIS /DIVALDO P. FRANCO Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados conflitos que a mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente causa. Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade em torno dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem. Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar, inquietação, insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta. A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, e deve ser enfrentada com serenidade e altivez.. Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e naturalidade, enquanto que, noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem distúrbios e reações imprevisíveis. Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se, não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram. Uma reflexão em torno da humanidade de que cada qual é possuidor permitir-lhe-á entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria agir, a revidar, quando seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe cumpriria fazer o bem… A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo. Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha-se em estado de paz interior. O autoperdão é essencial para uma existência emocional tranqüila. Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso. Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver. Em face do autoperdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz. Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade. Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao mesmo nível em que ele se encontra. O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à Agricultura do seu país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir a odiá-lo. Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade. Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral constituem o antídoto para o ódio de fácil irrupção. são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e auto-realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua faixa moral inferior… Deixa que a compaixão tome os teus sentimentos e envolve-os na lã da misericórdia, quanto gostarias que assim fizessem contigo.Perceberás que um sentimento de compreensão, embora não de conivência com o seu erro, tomará conta de ti, impulsionando-te a seguir adiante, sem que te perturbes. Ninguém escapa, na Terra, aos processos de sofrimento infligido por outrem, em face do estágio espiritual em que se vive no Planeta e da população que o habita O eminente sábio da Grécia, Sólon, costumava dizer que nada pior do que o castigo do tempo, referindo-se às ocorrências inesperadas e inevitáveis da sucessão dos dias. Nunca se sabe o que irá acontecer logo mais e como se agirá. Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja cometido contra ti. O problema será sempre de quem erra, jamais da vítima, que se depura e se enobrece. Pilatos e Jesus defrontaram-se em níveis morais diferentes. A astúcia e a soberba num, a sua glória mentirosa e a sua fatuidade desmedida. A humildade real, a grandeza moral e a sabedoria profunda no outro, que era superior ao biltre representante do poder terreno de César. Covarde e pusilânime, Pilatos não lhe viu culpa, mas não o liberou, porque estava embriagado de ilusão sensorial, lavando as mãos, em torno da Sua vida, porém, não se liberando da responsabilidade na consciência. Estóico e consciente Jesus aceitou a imposição arbitrária e infame, deixando-se erguer numa cruz de madeira tosca, a fim de perdoar a todos e amá-los uma vez mais, convidando-os à felicidade. Perdoa, pois, e autoperdoa-te ! MUNDO MAIOR CAP.4 pg.74: Jesus Cristo tinha sobradas razões recomendando-nos o amor aos inimigos e a oração pelos que nos perseguem e caluniam. Não é isto mera virtude, senão Principio Científico de Libertação do Ser, de Progressão da Alma, de Amplitude Espiritual: . Época virá em que o amor, a fraternidade e a compreensão, definindo estados do espírito, serão tão importantes para a mente encarnada quanto o pão, a água, o remédio; é questão de tempo. MUNDO MAIOR Cap. 16 pg. 259 …“Quase podemos afirmar que noventa em cem dos casos de loucura, exceto aqueles que se originam da incursão microbiana sobre a matéria cinzenta, começam nas conseqüências das faltas graves que praticamos, com a impaciência ou com a tristeza, isto é por intermédio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos ao caminho daqueles que as acolhem e alimentam. Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a desintegração da harmonia mental; esta por vezes perdura, não só uma existência, mas várias delas. EX: O SÁBIO SAMURAI Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se. Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós? Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai. A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. — Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir! MÉDICO ESPIRITUAL 21/12 Quando estiver perdendo a paciência, achando que não tem mais jeito,… espere mais um pouquinho… A paciência amplia nossas forças. BRILHE VOSSA LUZ (André Luiz) “A resignação tem o poder de anular o impacto do sofrimento”. Aceita os outros como são a fim de que te aceitem como és, porquanto, de todos os patrimônios da vida, nenhum se compara à paz de quem procura fazer sempre o melhor, embora consciente de que esse melhor deixe muito a desejar. EX: ACEITE-ME COMO SOU Esta é a história de um soldado que, finalmente voltava para casa, depois de ter lutado no Vietnã. Ele ligou para os pais em São Francisco: – Mamãe, Papai, estou voltando para casa, mas antes quero pedir um favor à vocês. Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo. – Claro, eles responderam. Nós adoraríamos conhecê-lo também! Há algo que vocês precisam saber antes, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar. – Nossa!!! Sinto muito em ouvir isso, filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar para morar! – Não mamãe, eu quero que ele possa morar na nossa casa! – Filho, disse o pai, você não sabe o que está pedindo? Você não tem noção da gravidade do problema? A mãe concordando com o marido reforçou: Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. Temos nossas próprias vidas e não queremos uma coisa como essa interfira em nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo! Nesse momento o filho bateu o telefone e nunca mais os pais ouviram uma palavra dele. Alguns dias depois, os pais receberam um telefonema da polícia, informando que o filho deles havia morrido ao cair de um prédio. A polícia porém acreditava em suicídio. Os pais, angustiados voaram para a cidade onde o filho se encontrava e foram levados para o necrotério para identificar o corpo. Eles o reconheceram e, para o seu terror e espanto, descobriram algo que desconheciam: “O FILHO DELES TINHA APENAS UM BRAÇO E UMA PERNA!” Os pais nessa história são como nós, achamos fácil amar aqueles que são perfeitos, bonitos, saudáveis, divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou não nos fazem sentir confortáveis.Esta noite, antes de dormir, façamos uma prece a Deus, para que nos dê as forças que precisamos para aceitar, sem restrições, as pessoas como elas são, mesmo que diferentes de nós. Peçamos Deus para nos dar paciência. Deus responderá: Paciência é um subproduto das tribulações; Ela não é dada, é aprendida. Deus nos dá bênçãos; Felicidade depende de nós. Não peçamos a Deus para nos livrar da dor. Sofrer nos leva para longe do mundo e nos aproxima de Deus, Peçamos a Deus para nos ajudar a AMAR os outros, como Ele nos ama. “Para o mundo você pode ser uma pessoa, mas para uma pessoa você pode ser o mundo” André Luiz: A Paz é fruto do equilíbrio da Fé em Deus e confiança em si mesmo. FRANCISCO DE ASSIS: Senhor concede-me a SERENIDADE para aceitar as coisas que não posso modificar, CORAGEM para modificar aquelas que eu posso e SABEDORIA para perceber a diferença.
SEGUNDA CARTA DE PEDRO 1:5 “Por isso mesmo façam o possível para juntar à bondade à fé que vocês tem À bondade juntem o conhecimento Ao conhecimento, o domínio próprio Ao domínio próprio, juntem a perseverança e À perseverança, a piedade. À piedade juntem a paciência e À paciência, juntem o amor. Pois são essas as qualidades que vocês precisam ter. BOA NOVA CAP. 8 BOM ÂNIMO Apóstolo Bartolomeu eratriste… não quero senão acender o bom ânimo no espírito dos meus discípulos A vida terrestre é uma estrada pedregosa, O trabalho é a marcha. A luta comum é a caminhada de cada dia: Na atividade ou no descanso físico, a oportunidade de uma hora, de uma leve ação, de uma palavra humilde, é o convite de Nosso Pai para que semeemos as suas bênçãos sacrossantas ..(Bartolomeu) o Evangelho exige de nós a fortaleza permanente? Jesus: A verdade não exige: transforma, O Evangelho não poderia reclamar estados especiais de seus discípulos; porém, é preciso considerar que a alegria, a coragem e a esperança devem ser traços constantes de suas atividades em cada dia. Mestre: não será justificável a tristeza quando perdemos um ente amado? (mãe) Quem estará perdido, se Deus é o Pai de todos nós?… Ninguém fica verdadeiramente órfão sobre a Terra, como nenhum ser está abandonado, porque tudo é de Deus e todos somos seus filhos. Eis por que todo discípulo do Evangelho tem de ser um semeador de paz e de alegria!… BOA NOVA – A LIÇÃO DA VIGILÂNCIA CAP.21 …..Quem dizeis que eu sou?Simão Pedro respondeu:: Tu és o Cristo, o Salvador, o Filho de Deus Vivo. Bem-aventurado sejas tu, Simão – disse-lhe Jesus, porque não foi a carne que te revelou estas verdades, mas meu Pai que está nos céus. Neste momento, entregaste a Deus o coração e falaste a sua voz. … Está escrito que eu padeça, e não fugirei ao testemunho. Foi aí que Simão Pedro, modificando a atitude mental do primeiro momento e deixando-se conduzir na esteira das concepções falíveis do seu sentimento de homem, falou Mestre, convém não exagerardes as vossas palavras.. Onde estaria Deus, então, com a justiça dos céus? Pedro, retira essas palavras! – exclamou Jesus, com serenidade enérgica. Aparta-te de mim, pois neste instante falas pelo espírito do mal!. … Vigia o teu espírito ao longo do caminho. Basta um pensamento de amor para que te eleves ao céu; mas, na jornada do mundo, também basta, às vezes, uma palavra fútil ou uma consideração menos digna, para que a alma do homem seja conduzida ao estacionamento e ao desespero das trevas, por sua própria imprevidência! Nesse terreno, Pedro, o discípulo do Evangelho terá sempreimenso trabalho a realizar, porque, pelo Reino de Deus, é preciso resistir às tentações dos entes mais amados na Terra, os quais, embora ocupando o nosso coração, ainda não podem entender as conquistas santificadas do céu. EX: O AVÔ E OS LOBOS Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça: “Deixe-me contar-lhe uma historia. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que ‘aprontaram’ tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos”. E ele continuou: “É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta.” “Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! “Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito”. O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence, vovô?” O avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento mais frequentemente”. É difícil pensar em amar alguém que você não gosta, amar quem o prejudica ou alguém que o ofendeu. Mas por mais que tentemos, ou que queiramos, a verdade é que o ódio corrói nosso espírito, e somos os maiores prejudicados. Pense em como você pode amar a nosso semelhante, não importando o que ele fez, ou qualquer que tenha sido a atitude dele. Afinal, só o amor constrói. BOA NOVA CAP.15 – JOANA DE CUSA Marido alto funcionário de Herodes. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. É leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho. Amarrados a um poste o filho pedia para ela abjurar. Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus! … as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana de Cusa contemplou com serenidade. Os algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira: O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? … perguntou um dos verdugos. Não apenas a morrer, mas também a vos amar!… Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível: tem bom ânimo!… Joana Eu estou aqui!… FINAL UMA CRISE E UM DESAFIO : Carlos Abranches Revista Reformador Agosto de 2010 Quanto estão pagando pela vida ? Um dos grandes sinais da crise ética do ser humano, que se encontra atolado em uma psicosfera coletiva de estresse e de falta de paciência, é a ausência de tempo para consolidar algumas convicções éticas a cerca do que é viver. O resultado mais doentio e imediato dessa falta de habito em refletir sobre a existência é o desprezo e indiferença para ela. Mata-se qualquer pessoa por míseros dinheiros, o suficiente para garantir a droga do dia; destrói-se a arvore sem o menor escrúpulo de consciência; arranca-se a vida do animal pelo prazer mórbido de vê-lo esvair-se em sangue, no meio da rua. Rompimentos amorosos? Cuidado com eles. Aumenta a cada dia a quase incapacidade de homens e mulheres suportarem o fim do namoro ou do casamento,anunciado pelo parceiro. Este é o resultado dramático de uma geração que cresce sem saber ouvir “nãos” na hora certa. Raramente seus desejos foram impedidos de ser expressos. Quase nunca essas adultas-crianças aprenderam que a vida nem sempre reponde com um :sim” ou que elas gostariam de fazer imediatamente. São filhos do “quero já”, do “não foi educada pra esperar”. E a pressa imposta pelo prazer a todo custo acaba gerando uma carga de desvinculações, de sofrimentos a mais para quem acaba desgastando as emoções. é por isso que a gente vê cada vez mais pessoas que revelam em si mesma os defeitos das perdas sutis de sensibilidade amorosa. Dores da alma, que quem só cuida do corpo e de sua sensações não consegue entender nem apreender. Na contrapartida do caos, uma postura nova para o ser. No final da década de 1970, uma ioguina indiana, Dadi Janki, de 86 anos, foi considerada pelo Instituto de Pesquisas Médicas e Cientifica da Universidade do Texas, como a mente mais estável do mundo porque mesmo testada em situações tensas e perigosas, seu eletroencefalograma marcou a presença constante de ondas delta, as ondas mais positivas e lentas produzidas pela atividade cerebral. Ela recebeu da ONU o título muito raro de ser concedido, de Guardiã do Planeta, por seu trabalho em prol de mentes mais livres e pacificas. Quando lhe perguntaram em sua visita a São Paulo, a receita de uma mente tão tranquila e sem pesos, ela respondeu : “muito Amor no coração por todos e nenhum apego por ninguém, tentar não prejudicar pessoa alguma e eliminar da mente qualquer pensamento negativo, fazendo um exercício diário e ter a certeza de que não estamos aqui à toa, mas para cumprir o destino da evolução. Que somos caminhantes, sem dependência ou estabilidades (…)” Dadi Jank afirmou ainda que aquele que “não percebe isso se torna escravo do desnecessário e polui a mente”. A questão da sintonia é tema recorrente nas reflexões espíritas. Emmanuel propõe o seguinte, a esse respeito: Quando colérico e irritadiço, agressivo e ásperos para com os outros, criamos por atitude reflexa o desalento e a intemperança, a crueldade e a secura para nós mesmos, e quando generosos e compreensivos, prestimosos e úteis para com aqueles que nos cercam, criamos,consequentemente, a alegria e a tranquilidade, a segurança e o bom animo para nos próprios. Meu desejo, com este artigo, é lembrar que precisamos colocar alguma coisa no lugar da confusão em que se pode transformar a mente e o coração do ser humano. Em vez das guerrilhas mentais contra as adversidades, a disciplina da meditação suave e generosa, através da prece e da leitura evangélico-doutrinária. Alguns minutos por dia, todos os dias. Na contramão da impaciência, a mudança do padrão respiratório. Ser mais pleno e intenso no uso dos pulmões, todos os dias. Ao contrario da raiva, experiências pequeninas e progressivas como o perdão. Um pouco a cada dia. Todos os dias. O desafio esta posto. O que nos falta para começar? TEXTO SOBRE A DEPRESSÃO – Dr. Miguel Chalub Uma das maiores autoridades brasileiras em depressão, o médico diz que, hoje, qualquer tristeza é tratada como doença psiquiátrica. E que prefere-se recorrer aos remédios a encarar o sofrimento. Chalub afirma que muitos médicos se rendem aos laboratórios farmacêuticos e indicam antidepressivos sem necessidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema. Para o psiquiatra mineiro Miguel Chalub, 70 anos, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. “Não se pode mais ficar triste, entediado, porque isso é imediatamente transformado em depressão”, disse em entrevista à ISTOÉ. “Hoje, brigar com o marido, sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Mas o sofrimento não significa depressão“Há a tendência de achar que o medicamento vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade”. A que se deve essa mudança? Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz. Muitas vezes, a depressão, por exemplo, é ansiedade. Mas as pessoas não querem conviver com a ansiedade, que é uma coisa desagradável, mas que também faz parte da nossa humanidade. Felicidade, para mim, é estar bem consigo mesmo e com o outro. Estar bem consigo mesmo é também aceitar limitações, sofrimento, incompetências, fracassos. Ou seja, felicidade também é ficar triste de vez em quando. Bauru, 26/01/2011 Pesquisa realizada por Sueli Padilha /Centro Espírita Dr.Leocádio Correa
ao exercício da tolerância. – A calma tonifica o espírito. . . Nesse momento, a velha criada veio o trazer o chocolate, sobre o qual, sem que ela percebesse, pousara pequena mosca, encontrando a morte. Torres notou o corpo estranho, e, repentinamente indignado, bradou para a servidora: – Como se atreve a semelhante desconsideração? Acredita que eu deva engolir um mosquito deste tamanho? Impressionada com o golpe que o patrão vibrara na bandeja, a pobre mulher implorou: – Desculpe-me, senhor! A enfermidade ensombra os olhos. . . – Se é assim – falou áspero – fique sabendo que não preciso de empregados inúteis…
O conferencista da arte de julgar ainda não dera o incidente por terminado, quando o recinto foi invadido pelo estrondo de um desmoronamento. O condutor de um caminhão, num lance infeliz, arrojara a maquina sobre um dos muros da sua residência. O dono da casa desceu para a via publica, como se fora atingido por um raio.
Abeirou-se do motorista mal trajado e gritou, colérico. – Criminoso! Que fizeste? – Senhor – rogou o misero -, perdoe-me o desastre. Pagarei as despesas de reconstrução. Tenho a cabeça tonta com a moléstia de meu filhinho, que agoniza, há muitos dias . . . – Desgraçado! O problema é seu, mas o meu caso será entregá-lo a policia.
E quando Torres, possesso, usava o telefone, discando para o delegado de plantão, esmagando as plantação de cravos que lhe exigira imenso trabalho na véspera. Exasperado, avançou para as crianças ameaçando: – Vagabundos! Larápios! Rua, rua! . . . Fora daqui!. . . Fora daqui!. . . Dai instantes, policiais atenciosos cercavam-lhe o domicilio e Torres regressou ao gabinete, qual se estivesse acordando de um pesadelo. . . Da mesa, destacava-se minúsculo cartaz, em que releu o formoso dístico ai grafado por ele mesmo:
– “Quando Jesus domina o coração, a vida esta em paz. “ Atribulado, sentou-se. Deteve-se novamente, na frase preciosa que escrevera, reconheceu quão é fácil é ensinar com as palavras e qual difícil é instruir com os exemplos, e, envergonhado, passou a refletir. . . Irmão X – IDÉIAS E ILUSTRAÇÕES L.E 264. Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer? “Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem? outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos, pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem? muitos, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contacto com o vício.” ESE Cap.16:8 …A pobreza é para uns a prova da paciência e resignação: a riqueza é para outros a prova da caridade e abnegação.( ex. Condessa Paula Céu e Inferno) OBRAS PÓSTUMAS – pg. 216. INDIVIDUO, MEMBRO DE FAMÍLIA E CIDADÃO Em todo homem há três caracteres: o do indivíduo, do ser em si mesmo: o de membro de família, e, enfim, o de cidadão; sob cada uma dessas três faces pode ser criminoso ou virtuoso, quer dizer, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo que criminoso como cidadão, e reciprocamente; daí as situações especiais que lhe são dadas em suas existências sucessivas. Salvo exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que têm uma tarefa comum reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado o objetivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita. Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provas que não resultam de atos da vida presente, porque já vos foi dito que é a quitação de dívidas do passado; por que não ocorreria o mesmo com as provas coletivas? Dissestes que as infelicidades gerais atingem o inocente como o culpado; mas sabeis que o inocente de hoje pode ter sido o culpado de ontem? Que tenha sido atingido individualmente ou coletivamente, é que o mereceu. E, depois, como dissemos, há faltas do indivíduo e do cidadão; a expiação de umas não livra da expiação das outras, porque é necessário que toda dívida seja paga até o último centavo. As virtudes da vida privada não são as da vida pública; um, que é excelente cidadão, pode ser muito mau pai de família, e outro, que é bom pai de família, honesto em seus negócios, pode ser um mau cidadão, ter soprado o fogo da discórdia, oprimido o fraco, manchado as mãos em crimes de lesa-sociedade. São essas faltas coletivas que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de talião, ou ter a ocasião de repararem o mal que fizeram, provando o seu devotamento à coisa pública, socorrendo e assistindo aqueles que outrora maltrataram. O que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, sem a preexistência da alma, se torna claro e lógico pelo conhecimento dessa lei. A solidariedade, que é o verdadeiro laço social, não está, pois, só para o presente; ela se estende no passado e no futuro, uma vez que as mesmas individualidades se encontraram, se reencontram e se encontrarão para subirem juntas a escala do progresso, prestando-se concurso mútuo. Eis o que o Espiritismo faz compreender pela equitativa lei da reencarnação e a continuidade das relações entre os mesmos seres. EX: TRAGEDIA DO CIRCO Naquela noite, da época recuada de 177, o “concilium” de Lião regurgitava de povo. Não se tratava de nenhuma das assembléias tradicionais da Gália, junto ao altar do Imperador, e sim de compacto ajuntamento. Marco Aurélio reinava, piedoso, e, embora não houvesse lavrado qualquer rescrito em prejuízo maior dos cristãos, permitira se aplicassem na cidade, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles. A matança, por isso, perdurava, terrível. Ninguém examinava necessidades ou condições. Mulheres e crianças, velhos e doentes, tanto quanto homens válidos e personalidades prestigiosas, que se declarassem fiéis ao Nazareno, eram detidos, torturados e eliminados sumariamente. Através do espesso casario, a montante da confluência do Ródano e do Saône, multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourvière, improvisara-se grande circo, levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena. As pessoas representativas do mundo lionês eram sacrificadas no lar ou barbaramente espancadas no campo, enviando-se os desfavorecidos da fortuna, inclusive grande massa de escravos, ao regozijo público. As feras pareciam agora entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguissedentas. Em razão disso, inventavam-se tormentos novos. Verdugos inconscientes ideavam estranhos suplícios. Senhoras cultas e meninas ingênuas eram desrespeitadas antes que lhes decepassem a cabeça, anciães indefesos viam-se chicoteados até a morte. Meninos apartados do reduto familiar eram vendidos a mercadores em trânsito, para servirem de alimárias domésticas em províncias distantes, e nobres senhores tombavam assassinados nas próprias vinhas. Mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas. … Naquela noite, a que acima nos referimos, anunciou-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do Imperador por se haver distinguido contra a usurpação do general Avídio Cássio, e que se inclinava agora a merecido repouso. Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter. Por esse motivo, enquanto lá fora se acotovelavam gladiadores e jograis, o patrício Álcio Plancus, que se dizia descendente do fundador da cidade, presidia a reunião, a pedido do Propretor, programando os festejos. – Além das saudações, diante dos carros que chegarão de Viena – dizia, algo tocado pelo vinho abundante –, é preciso que o circo nos dê alguma cena de exceção… O lutador Setímio poderia arregimentar os melhores homens; contudo, não bastaria renovar o quadro de atletas… – A equipe de dançarinas nunca esteve melhor – aventou Caio Marcelino, antigo legionário da Bretanha que se enriquecera no saque. – Sim, sim… – concordou Álcio – instruiremos Musônia para que os bailados permaneçam à altura… – Providenciaremos um encontro de auroques – lembrou Pérsio Níger. – Auroques! Auroques!… – clamou a turba em aprovação. – Excelente lembrança! – falou Plancus em voz mais alta – mas, em consideração ao visitante, é imperioso acrescentar alguma novidade que Roma não conheça… Um grito horrível nasceu da assembléia: – Cristãos às feras! cristãos às feras! Asserenado o vozerio, tornou o chefe do conselho: – Isso não constitui novidade! E há desfavoráveis. Os leões recém-chegados da África estão preguiçosos… Sorriu com malícia e chasqueou: – Claro que surpreenderam, nos últimos dias, tentações e viandas que o próprio Lúculo jamais encontrou no conforto de sua casa… Depois das gargalhadas gerais, Álcio continuou, irônico: – Ouvi, porém, alguns companheiros, ainda hoje, e apresentaremos um plano que espero resulte certo. Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristãs, guardando-as nos cárceres… E, amanhã, coroando as homenagens, ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas festivamente em público, incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos jogos… Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão muitos lances inéditos… – Muito bem! Muito bem! – rugiu a multidão, de ponta a ponta do átrio. – Urge o tempo – gritou Plancus – e precisamos do concurso de todos… Não possuímos guardas suficientes… E erguendo ainda mais o tom de voz: – Levante a mão direita quem esteja disposto a cooperar. Centenas de circunstantes, incluindo mulheres robustas, mostraram destra ao alto, aplaudindo em delírio. Encorajado pelo entusiasmo geral, e desejando distribuir a tarefa com todos os voluntários, o dirigente da noite enunciou, sarcástico e inflexível: – Cada um de nós traga um… Essas pragas jazem escondidas por toda a parte… Caçá-las e exterminá-las é o serviço da hora… Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subseqüente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria. Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento… Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo. Irmão X Fonte: XAVIER, Francisco C. Cartas e Crônicas. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002, cap. 6, p. 29-33. O CONSOLADOR 125 – Reconhecendo que os nossos amigos do plano espiritual estão sempre ao nosso lado, em todos os trabalhos e dificuldades, quais os maiores obstáculos que a sua bondade encontra em nós, para que recebamos o seu socorro indireto, afetuoso e eficiente? – Os maiores obstáculos psíquicos, antepostos pelo homem terrestre aos seus amigos e mentores da espiritualidade, são oriundos da ausência de humildade sincera nos corações, para o exame da própria situação de egoísmo, rebeldia e necessidade de sofrimento LIVRO DOS ESPÍRITOS 491 – Qual a missão do Espírito protetor? “A de um pai com relação aos filhos? a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.” Observação: O otimismo, a paciência e a ausência de irritação são também características obrigatórias dos espíritos protetores, a quem chamamos de anjos da guarda… Como imaginar um protetor impaciente? Um protetor que se irrite com o seu protegido por este demorar a aprender ou a cada pequena bobagem que ele cometa? Consolador 390 (ninguém vale na terra senão pela expressão de misericórdia divina que o acompanha) LE – 459 Os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A esse respeito sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem. (os maus influem pela distração e irritação) VELHO TESTAMENTO – ECLESIASTES CAP. 3 1 Tudo tem o seu tempo determinado,… 2 há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar 3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de edificar; 4 tempo de chorar e tempo de rir; … 5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar … 6 tempo de buscar e tempo de perder … 7 … tempo de estar calado e tempo de falar; 8 tempo de guerra e tempo de paz EX: “TUDO PASSARÁ” Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: ‘ISSO TAMBÉM PASSA’. Aí perguntaram para ele o porquê disso. E ele sem titubear disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos ruins, que eles iriam embora. Que iriam passar. E que ele teria que passar por aquilo por algum motivo. Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis também viriam novamente. E é exatamente disso que a vida é feita: MOMENTOS. Momentos os quais temos que passar sendo eles bom ou não, para o nosso próprio aprendizado. “NADA É POR ACASO”. Absolutamente nada. Por isso, temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da melhor forma possível. VELHO TESTAMENTO – ECLESIÁSTICO Cap. 2; v.1- 6 Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; Humilha teu coração espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; Na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, E os homens agradáveis a Deus, pelo caminho da humilhação. 2ªCARTA CORINTIOS 12:7 “Para que eu não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, foi-me dada uma doença dolorosa como se fosse um espinho na carne”. O CONSOLADOR 381: Muita gente procura o Espiritismo, queixando-se de perseguições do Invisível. Os que reclamam contra essas perturbações estão, de algum modo, abandonados de seus guias espirituais? A proteção da Providência Divina estende-a a todas as criaturas. A perseguição de entidades sofredoras e perturbadas justifica-se no quadro das provações redentoras, mas os que reclamam contra o assédio das forças inferiores dos planos adstritos ao orbe terrestre devem consultar o próprio coração antes de formularem as suas queixas, de modo a observar se o Espírito perturbador não está neles mesmos. Há obsessores terríveis do homem, denominados “orgulho”, “vaidade”, “preguiça”, “avareza”, “ignorância” ou “má-vontade”, e convém examinar se não se é vítima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de trabalho, fé, esforço e boa-vontade. LM 245 ….Os motivos da obsessão variam segundo o caráter dos Espíritos…como sofre, quer fazer os outros sofrerem, se comprazem em atormenta-los…além disso a impaciência que se demonstra os excita, porque é o seu objetivo, ao passo que desiste pela paciência……tenho necessidade muito grande de atormentar alguém;uma pessoa razoável me repeliria, eu me ligo a um idiota que não me opõe nenhuma virtude. LIVRO CELEIRO DE BENÇÃOS / Joanna de Angelis/ Divaldo P. Franco. “A paciência é de relevante importância para os cometimentos expressivos a que te propões. Sem ela, a irritação comanda os feixes nervosos, e de desequilíbrios imprevisíveis que irrompem na máquina física, comprometendo toda e qualquer realização.
Todo homem pode e deve cultivar a paciência. Diante das enfermidades , através de contínuos esforços consegue resignação ante a dor, que é uma das mais expressivas manifestações da paciência. Mediante exercícios regulares de reflexão e contenção dos impulsos da personalidade inferior, plasmarás condicionamentos íntimos, que imprimem calma e equilíbrio, culminando em harmonia interior, geradora da paciência. Não te deixes amargar pela revolta interior ou esmagar pela irritabilidade. Recorre à paciência, sempre e em qualquer situação, e ela te ajudará a servir, amar e aguardar amanhã o que hoje se te afigura improvável ou irreversível…
A paciência é, também, irmã da fé, porquanto, todo aquele que crê, espera e confia tranqüilamente. Não adianta ficar pensando “ah, depois que eu morrer, tudo vai mudar”. Ninguém muda depois de desencarnar. Só muda a vibração, a personalidade continua a mesma. Se eu não tenho paciência nesta vida como irei adquiri-la, da noite para o dia, no mundo espiritual? É nosso dever aproveitar cada pequena oportunidade que a vida nos oferece para fortalecer a nossa capacidade de tolerância. A fila do banco, o trânsito, parentela, a sala de espera do consultório médico etc. Convite à paciência é também o dinheiro que não dá para comprar tudo o que gostaríamos… Ao invés de nos irritarmos, devemos pensar: “que bom, estou tendo hoje mais uma oportunidade de exercitar a minha paciência”. Mesmo porque, a ciência já comprova, a cólera faz mal à saúde. ( A irritação demora de 5 a 6 horas para sair do organismo) EX: “O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA” Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido. Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar. Trataram de todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião… Assim que iniciou o jantar, como entrada, foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito. A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa. Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o. Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a copeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha. Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação. Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?… Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa. Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!… Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos… Todos pensaram que ele iria brigar… Suspense e silêncio total… Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!… Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura. Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente. O protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas. Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça. Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão. Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério. Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante. A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena a si mesma. E.S.E Cap. 9: 6 … Quem consegue se sentir bem depois de uma crise de cólera? Se nesses momentos pudesse o homem observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima”. O CONSOLADOR 181 – Como entender o sentimento da cólera nos trâmites da vida humana? – A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras. OS MENSAGEIROS – ANDRÉ LUIZ cap.44 pg 271 e 272 … Narcisa dizia ”André meu amigo, nunca te negues quanto possível, a auxiliar os que sofrem. Ao pé dos enfermos, não olvides que o melhor remédio é a renovação da esperança: se encontrares os falidos e os derrotados da sorte, fala-lhes do divino ensejo do futuro; se fores procurado, algum dia,pelos espíritos desviados e criminosos, não profiras palavras de maldição. Anima, eleva, educa, desperta, sem ferir os que ainda dormem. Deus opera maravilhas por intermédio do trabalho de boa vontade. ENCONTRO MARCADO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – EMMANUEL Quantos perderam as melhores oportunidades da reencarnação, unicamente por se haverem abraçado com o desespero! A impaciência é comparável à força negativa que, muitas vezes, inclina o enfermo para a morte, justamente no dia em que o organismo entra em recuperação para a cura. Não queremos dizer que será mais justo que te acomodes à inércia. Desejamos asseverar que impaciência é precipitação e precipitação redunda em violência. A casa nasce dos alicerces, mas, para completar-se, pede atividades e esforços de acabamento. Não te irrites. ALMAS EM DESFILE – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas… Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges……Então terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma. Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir. RUMO CERTO – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – EMMANUEL Nas horas que nos conscientizamos, acerca dos erros que nos sejam próprios, acalmemo-nos para pensar, ao invés de lastimar-nos sem proveito. Devemos examinar-nos com paciência e coragem que nos induzam a melhoria. Reconheçamos com sinceridade os obstáculos, mutilações morais, conflitos e deficiências que ainda nos caracterizam o modo de ser o que comumente nos fazem cair no chão do arrependimento. (falar sem pensar,ofender) Paulo I Corintios 11:28 Examine-se o homem a si mesmo. Entretanto, não nos permitamos permanecer estirados em angústia vazia e, sim, compreendendo os tesouros do tempo de que a Divina Providência nos enriqueceu, procuremos reerguer-nos, trabalhar, corrigir-nos e burilar-nos, tantas vezes quantas se nos façam necessárias, porque a impaciência, de qualquer modo, de nada nos serve e nem ajuda a ninguém. (sentimento de culpa) EX : PACIÊNCIA TEM RECOMPENSA No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem. Ela disse: Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador. Respondeu o homem – Um bonito garoto – e completou: – Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha. Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha. – Melissa, o que você acha de irmos? Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos! O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração. Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha: – Hora de irmos, agora? Mas, outra vez Melissa pediu: – Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos! O homem sorriu e disse: – Está certo! – O senhor é certamente um pai muito paciente – comentou a mulher ao seu lado. O homem sorriu e disse: – O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar… Em tudo na vida estabelecemos prioridades. Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável! “Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos.” (Provérbio Turco) JESUS NO LAR – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – NÉIO LÚCIO Naquela noite, Simão Pedro trazia à conversação o espírito ralado por extremo desgosto. Agastara-se com parentes descriteriosos e rudes. Velho tio acusara-o de dilapidador dos bens da família e um primo ameaçara esbofeteá-lo na via pública. Guardava, por isso, o semblante carregado e austero. Quando o Mestre leu algumas frases dos Sagrados Escritos, o pescador desabafou. Descreveu o conflito com a parentela e Jesus o ouviu em silêncio. Ao término do longo relatório afetivo, indagou o Senhor: E que fizeste, Simão, ante as arremetidas dos familiares incompreensivos? Sem dúvida, reagi como devia! — respondeu o apóstolo, veemente. – Coloquei cada um no lugar próprio. Anunciei, as más qualidades de que são portadores. Meu tio é raro exemplar de sovinice e meu primo é mentiroso contumaz. Provei, perante numerosa assistência, que ambos são hipócritas, e não me arrependi do que fiz. O Mestre refletiu por minutos longos e falou, compassivo: Pedro, que faz um carpinteiro na construção de uma casa? Naturalmente, trabalha — redargüiu o interpelado, irritadiço. Com quê? — tornou o Amigo Celeste, bem-humorado. Usando ferramentas. Após a resposta breve de Simão, o Cristo continuou: As pessoas com as quais nascemos e vivemos na Terra são os primeiros e mais importantes instrumentos que recebemos do Pai, para a edificação do Reino do Céu em nós mesmos. Quando falhamos no aproveitamento deles, que constituem elementos de nossa melhoria, é quase impossível triunfar com recursos alheios, porque o Pai nos concede os problemas da vida, de acordo com a nossa capacidade de lhes dar solução. A ave é obrigada a fazer o ninho, mas não se lhe reclama outro serviço. A ovelha dará lã ao pastor; no entanto, ninguém lhe exige o agasalho pronto. Ao homem foram concedidas outras tarefas, quais sejam as do amor e da humildade, na ação inteligente e constante para o bem comum, a fim de que a paz e a felicidade não sejam mitos na Terra. Os parentes próximos, na maioria das vezes, são o martelo ou o serrote que podemos utilizar a benefício da construção do templo vivo e sublime, por intermédio do qual o Céu se manifestará em nossa alma. Enquanto o marceneiro usa as suas ferramentas, por fora, cabe-nos aproveitar as nossas, por dentro. Em todas as ocasiões, o ignorante representa para nós um campo de benemerência espiritual; o mau é desafio que nos põe a bondade à prova; o ingrato é um meio de exercitarmos o perdão; o doente é uma lição à nossa capacidade de socorrer. Aquele que bem se conduz, em nome do Pai, junto de familiares endurecidos ou indiferentes, prepara-se com rapidez para a glória do serviço à Humanidade, porque, se a paciência aprimora a vida, o tempo tudo transforma.: Se não ajudamos ao necessitado de perto, como auxiliaremos os aflitos, de longe? Se não amamos o irmão que respira conosco os mesmos ares, como nos consagraremos ao Pai que se encontra no Céu? ALGUNS SEGUNDOS – WALDO VIEIRA O caminheiro solitário seguia, com fome, à margem do rio. Nervoso e impaciente, ia censurando a tudo e a todos, por achar-se em penúria. Caminhava devagar, quando viu algo na estrada chamando-lhe a atenção. Uma cédula! Abaixou-se e colheu o achado. Uma nota de mil cruzeiros, enrolada e manchada.. Contudo, para surpresa sua, era. somente a metade da cédula, que, apesar de nova, fora inexplicavelmente cortada. Ainda mais irritado, amarfanhou o papel e atirou-o à correnteza do rio, blasfemando. Deu mais alguns passos à frente, quando surpreendeu outro fragmento de papel no solo. Inclinou-se, de novo, e apanhou-o. Era a outra metade da cédula que, enervado e contrafeito, havia projetado nas águas. O vento separara as duas partes; ele, porém, não tivera a paciência de esperar alguns segundos, apenas… Há sempre socorro às nossas necessidades. No entanto, até para receber o auxílio da Divina Bondade, ninguém prescinde da calma e da paciência. PERDÃO E AUTOPERDÃO – JOANNA DE ÂNGELIS /DIVALDO P. FRANCO Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados conflitos que a mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente causa. Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade em torno dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem. Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar, inquietação, insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta. A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, e deve ser enfrentada com serenidade e altivez.. Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e naturalidade, enquanto que, noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem distúrbios e reações imprevisíveis. Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se, não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram. Uma reflexão em torno da humanidade de que cada qual é possuidor permitir-lhe-á entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria agir, a revidar, quando seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe cumpriria fazer o bem… A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo. Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha-se em estado de paz interior. O autoperdão é essencial para uma existência emocional tranqüila. Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso. Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver. Em face do autoperdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz. Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade. Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao mesmo nível em que ele se encontra. O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à Agricultura do seu país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir a odiá-lo. Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade. Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral constituem o antídoto para o ódio de fácil irrupção. são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e auto-realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua faixa moral inferior… Deixa que a compaixão tome os teus sentimentos e envolve-os na lã da misericórdia, quanto gostarias que assim fizessem contigo.Perceberás que um sentimento de compreensão, embora não de conivência com o seu erro, tomará conta de ti, impulsionando-te a seguir adiante, sem que te perturbes. Ninguém escapa, na Terra, aos processos de sofrimento infligido por outrem, em face do estágio espiritual em que se vive no Planeta e da população que o habita O eminente sábio da Grécia, Sólon, costumava dizer que nada pior do que o castigo do tempo, referindo-se às ocorrências inesperadas e inevitáveis da sucessão dos dias. Nunca se sabe o que irá acontecer logo mais e como se agirá. Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja cometido contra ti. O problema será sempre de quem erra, jamais da vítima, que se depura e se enobrece. Pilatos e Jesus defrontaram-se em níveis morais diferentes. A astúcia e a soberba num, a sua glória mentirosa e a sua fatuidade desmedida. A humildade real, a grandeza moral e a sabedoria profunda no outro, que era superior ao biltre representante do poder terreno de César. Covarde e pusilânime, Pilatos não lhe viu culpa, mas não o liberou, porque estava embriagado de ilusão sensorial, lavando as mãos, em torno da Sua vida, porém, não se liberando da responsabilidade na consciência. Estóico e consciente Jesus aceitou a imposição arbitrária e infame, deixando-se erguer numa cruz de madeira tosca, a fim de perdoar a todos e amá-los uma vez mais, convidando-os à felicidade. Perdoa, pois, e autoperdoa-te ! MUNDO MAIOR CAP.4 pg.74: Jesus Cristo tinha sobradas razões recomendando-nos o amor aos inimigos e a oração pelos que nos perseguem e caluniam. Não é isto mera virtude, senão Principio Científico de Libertação do Ser, de Progressão da Alma, de Amplitude Espiritual: . Época virá em que o amor, a fraternidade e a compreensão, definindo estados do espírito, serão tão importantes para a mente encarnada quanto o pão, a água, o remédio; é questão de tempo. MUNDO MAIOR Cap. 16 pg. 259 …“Quase podemos afirmar que noventa em cem dos casos de loucura, exceto aqueles que se originam da incursão microbiana sobre a matéria cinzenta, começam nas conseqüências das faltas graves que praticamos, com a impaciência ou com a tristeza, isto é por intermédio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos ao caminho daqueles que as acolhem e alimentam. Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a desintegração da harmonia mental; esta por vezes perdura, não só uma existência, mas várias delas. EX: O SÁBIO SAMURAI Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se. Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós? Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai. A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. — Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir! MÉDICO ESPIRITUAL 21/12 Quando estiver perdendo a paciência, achando que não tem mais jeito,… espere mais um pouquinho… A paciência amplia nossas forças. BRILHE VOSSA LUZ (André Luiz) “A resignação tem o poder de anular o impacto do sofrimento”. Aceita os outros como são a fim de que te aceitem como és, porquanto, de todos os patrimônios da vida, nenhum se compara à paz de quem procura fazer sempre o melhor, embora consciente de que esse melhor deixe muito a desejar. EX: ACEITE-ME COMO SOU Esta é a história de um soldado que, finalmente voltava para casa, depois de ter lutado no Vietnã. Ele ligou para os pais em São Francisco: – Mamãe, Papai, estou voltando para casa, mas antes quero pedir um favor à vocês. Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo. – Claro, eles responderam. Nós adoraríamos conhecê-lo também! Há algo que vocês precisam saber antes, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar. – Nossa!!! Sinto muito em ouvir isso, filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar para morar! – Não mamãe, eu quero que ele possa morar na nossa casa! – Filho, disse o pai, você não sabe o que está pedindo? Você não tem noção da gravidade do problema? A mãe concordando com o marido reforçou: Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. Temos nossas próprias vidas e não queremos uma coisa como essa interfira em nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo! Nesse momento o filho bateu o telefone e nunca mais os pais ouviram uma palavra dele. Alguns dias depois, os pais receberam um telefonema da polícia, informando que o filho deles havia morrido ao cair de um prédio. A polícia porém acreditava em suicídio. Os pais, angustiados voaram para a cidade onde o filho se encontrava e foram levados para o necrotério para identificar o corpo. Eles o reconheceram e, para o seu terror e espanto, descobriram algo que desconheciam: “O FILHO DELES TINHA APENAS UM BRAÇO E UMA PERNA!” Os pais nessa história são como nós, achamos fácil amar aqueles que são perfeitos, bonitos, saudáveis, divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou não nos fazem sentir confortáveis.Esta noite, antes de dormir, façamos uma prece a Deus, para que nos dê as forças que precisamos para aceitar, sem restrições, as pessoas como elas são, mesmo que diferentes de nós. Peçamos Deus para nos dar paciência. Deus responderá: Paciência é um subproduto das tribulações; Ela não é dada, é aprendida. Deus nos dá bênçãos; Felicidade depende de nós. Não peçamos a Deus para nos livrar da dor. Sofrer nos leva para longe do mundo e nos aproxima de Deus, Peçamos a Deus para nos ajudar a AMAR os outros, como Ele nos ama. “Para o mundo você pode ser uma pessoa, mas para uma pessoa você pode ser o mundo” André Luiz: A Paz é fruto do equilíbrio da Fé em Deus e confiança em si mesmo. FRANCISCO DE ASSIS: Senhor concede-me a SERENIDADE para aceitar as coisas que não posso modificar, CORAGEM para modificar aquelas que eu posso e SABEDORIA para perceber a diferença.
SEGUNDA CARTA DE PEDRO 1:5 “Por isso mesmo façam o possível para juntar à bondade à fé que vocês tem À bondade juntem o conhecimento Ao conhecimento, o domínio próprio Ao domínio próprio, juntem a perseverança e À perseverança, a piedade. À piedade juntem a paciência e À paciência, juntem o amor. Pois são essas as qualidades que vocês precisam ter. BOA NOVA CAP. 8 BOM ÂNIMO Apóstolo Bartolomeu eratriste… não quero senão acender o bom ânimo no espírito dos meus discípulos A vida terrestre é uma estrada pedregosa, O trabalho é a marcha. A luta comum é a caminhada de cada dia: Na atividade ou no descanso físico, a oportunidade de uma hora, de uma leve ação, de uma palavra humilde, é o convite de Nosso Pai para que semeemos as suas bênçãos sacrossantas ..(Bartolomeu) o Evangelho exige de nós a fortaleza permanente? Jesus: A verdade não exige: transforma, O Evangelho não poderia reclamar estados especiais de seus discípulos; porém, é preciso considerar que a alegria, a coragem e a esperança devem ser traços constantes de suas atividades em cada dia. Mestre: não será justificável a tristeza quando perdemos um ente amado? (mãe) Quem estará perdido, se Deus é o Pai de todos nós?… Ninguém fica verdadeiramente órfão sobre a Terra, como nenhum ser está abandonado, porque tudo é de Deus e todos somos seus filhos. Eis por que todo discípulo do Evangelho tem de ser um semeador de paz e de alegria!… BOA NOVA – A LIÇÃO DA VIGILÂNCIA CAP.21 …..Quem dizeis que eu sou?Simão Pedro respondeu:: Tu és o Cristo, o Salvador, o Filho de Deus Vivo. Bem-aventurado sejas tu, Simão – disse-lhe Jesus, porque não foi a carne que te revelou estas verdades, mas meu Pai que está nos céus. Neste momento, entregaste a Deus o coração e falaste a sua voz. … Está escrito que eu padeça, e não fugirei ao testemunho. Foi aí que Simão Pedro, modificando a atitude mental do primeiro momento e deixando-se conduzir na esteira das concepções falíveis do seu sentimento de homem, falou Mestre, convém não exagerardes as vossas palavras.. Onde estaria Deus, então, com a justiça dos céus? Pedro, retira essas palavras! – exclamou Jesus, com serenidade enérgica. Aparta-te de mim, pois neste instante falas pelo espírito do mal!. … Vigia o teu espírito ao longo do caminho. Basta um pensamento de amor para que te eleves ao céu; mas, na jornada do mundo, também basta, às vezes, uma palavra fútil ou uma consideração menos digna, para que a alma do homem seja conduzida ao estacionamento e ao desespero das trevas, por sua própria imprevidência! Nesse terreno, Pedro, o discípulo do Evangelho terá sempreimenso trabalho a realizar, porque, pelo Reino de Deus, é preciso resistir às tentações dos entes mais amados na Terra, os quais, embora ocupando o nosso coração, ainda não podem entender as conquistas santificadas do céu. EX: O AVÔ E OS LOBOS Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça: “Deixe-me contar-lhe uma historia. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que ‘aprontaram’ tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos”. E ele continuou: “É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta.” “Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! “Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito”. O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence, vovô?” O avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento mais frequentemente”. É difícil pensar em amar alguém que você não gosta, amar quem o prejudica ou alguém que o ofendeu. Mas por mais que tentemos, ou que queiramos, a verdade é que o ódio corrói nosso espírito, e somos os maiores prejudicados. Pense em como você pode amar a nosso semelhante, não importando o que ele fez, ou qualquer que tenha sido a atitude dele. Afinal, só o amor constrói. BOA NOVA CAP.15 – JOANA DE CUSA Marido alto funcionário de Herodes. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. É leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho. Amarrados a um poste o filho pedia para ela abjurar. Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus! … as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana de Cusa contemplou com serenidade. Os algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira: O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? … perguntou um dos verdugos. Não apenas a morrer, mas também a vos amar!… Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível: tem bom ânimo!… Joana Eu estou aqui!… FINAL UMA CRISE E UM DESAFIO : Carlos Abranches Revista Reformador Agosto de 2010 Quanto estão pagando pela vida ? Um dos grandes sinais da crise ética do ser humano, que se encontra atolado em uma psicosfera coletiva de estresse e de falta de paciência, é a ausência de tempo para consolidar algumas convicções éticas a cerca do que é viver. O resultado mais doentio e imediato dessa falta de habito em refletir sobre a existência é o desprezo e indiferença para ela. Mata-se qualquer pessoa por míseros dinheiros, o suficiente para garantir a droga do dia; destrói-se a arvore sem o menor escrúpulo de consciência; arranca-se a vida do animal pelo prazer mórbido de vê-lo esvair-se em sangue, no meio da rua. Rompimentos amorosos? Cuidado com eles. Aumenta a cada dia a quase incapacidade de homens e mulheres suportarem o fim do namoro ou do casamento,anunciado pelo parceiro. Este é o resultado dramático de uma geração que cresce sem saber ouvir “nãos” na hora certa. Raramente seus desejos foram impedidos de ser expressos. Quase nunca essas adultas-crianças aprenderam que a vida nem sempre reponde com um :sim” ou que elas gostariam de fazer imediatamente. São filhos do “quero já”, do “não foi educada pra esperar”. E a pressa imposta pelo prazer a todo custo acaba gerando uma carga de desvinculações, de sofrimentos a mais para quem acaba desgastando as emoções. é por isso que a gente vê cada vez mais pessoas que revelam em si mesma os defeitos das perdas sutis de sensibilidade amorosa. Dores da alma, que quem só cuida do corpo e de sua sensações não consegue entender nem apreender. Na contrapartida do caos, uma postura nova para o ser. No final da década de 1970, uma ioguina indiana, Dadi Janki, de 86 anos, foi considerada pelo Instituto de Pesquisas Médicas e Cientifica da Universidade do Texas, como a mente mais estável do mundo porque mesmo testada em situações tensas e perigosas, seu eletroencefalograma marcou a presença constante de ondas delta, as ondas mais positivas e lentas produzidas pela atividade cerebral. Ela recebeu da ONU o título muito raro de ser concedido, de Guardiã do Planeta, por seu trabalho em prol de mentes mais livres e pacificas. Quando lhe perguntaram em sua visita a São Paulo, a receita de uma mente tão tranquila e sem pesos, ela respondeu : “muito Amor no coração por todos e nenhum apego por ninguém, tentar não prejudicar pessoa alguma e eliminar da mente qualquer pensamento negativo, fazendo um exercício diário e ter a certeza de que não estamos aqui à toa, mas para cumprir o destino da evolução. Que somos caminhantes, sem dependência ou estabilidades (…)” Dadi Jank afirmou ainda que aquele que “não percebe isso se torna escravo do desnecessário e polui a mente”. A questão da sintonia é tema recorrente nas reflexões espíritas. Emmanuel propõe o seguinte, a esse respeito: Quando colérico e irritadiço, agressivo e ásperos para com os outros, criamos por atitude reflexa o desalento e a intemperança, a crueldade e a secura para nós mesmos, e quando generosos e compreensivos, prestimosos e úteis para com aqueles que nos cercam, criamos,consequentemente, a alegria e a tranquilidade, a segurança e o bom animo para nos próprios. Meu desejo, com este artigo, é lembrar que precisamos colocar alguma coisa no lugar da confusão em que se pode transformar a mente e o coração do ser humano. Em vez das guerrilhas mentais contra as adversidades, a disciplina da meditação suave e generosa, através da prece e da leitura evangélico-doutrinária. Alguns minutos por dia, todos os dias. Na contramão da impaciência, a mudança do padrão respiratório. Ser mais pleno e intenso no uso dos pulmões, todos os dias. Ao contrario da raiva, experiências pequeninas e progressivas como o perdão. Um pouco a cada dia. Todos os dias. O desafio esta posto. O que nos falta para começar? TEXTO SOBRE A DEPRESSÃO – Dr. Miguel Chalub Uma das maiores autoridades brasileiras em depressão, o médico diz que, hoje, qualquer tristeza é tratada como doença psiquiátrica. E que prefere-se recorrer aos remédios a encarar o sofrimento. Chalub afirma que muitos médicos se rendem aos laboratórios farmacêuticos e indicam antidepressivos sem necessidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema. Para o psiquiatra mineiro Miguel Chalub, 70 anos, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. “Não se pode mais ficar triste, entediado, porque isso é imediatamente transformado em depressão”, disse em entrevista à ISTOÉ. “Hoje, brigar com o marido, sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Mas o sofrimento não significa depressão“Há a tendência de achar que o medicamento vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade”. A que se deve essa mudança? Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz. Muitas vezes, a depressão, por exemplo, é ansiedade. Mas as pessoas não querem conviver com a ansiedade, que é uma coisa desagradável, mas que também faz parte da nossa humanidade. Felicidade, para mim, é estar bem consigo mesmo e com o outro. Estar bem consigo mesmo é também aceitar limitações, sofrimento, incompetências, fracassos. Ou seja, felicidade também é ficar triste de vez em quando. Bauru, 26/01/2011 Pesquisa realizada por Sueli Padilha /Centro Espírita Dr.Leocádio Correa